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Itajaí

Família que perdeu os filhos eletrocutados passa necessidade

Casal está desempregado e tem duas filhas pequenas pra sustentar

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Tatiane, com a filha de três anos e outra ainda bebê, precisa de doações enquanto aguarda decisão da justiça (Foto: Arquivo pessoal)


Em 2017, a família de Tatiane Cidade Serpa e Marcelo Serpa sofreu uma triste tragédia em Itajaí. Os três filhos do casal morreram ao receberem um choque elétrico após um fio energizado arrebentar e cair sobre uma poça que eles pisaram. O casal atualmente vive no bairro Espinheiros com suas duas filhas, uma de três anos e outra de cinco meses. Elas nasceram após a tragédia.

Tatiane e Marcelo estão desempregados e não recebem Bolsa Família.

Até o final do ano passado, eles contaram com o Auxílio Emergencial, mas não conseguiram o benefício neste ano e pedem ajuda à comunidade. Marcelo faz tratamento psiquiátrico contra depressão e esquizofrenia.



Por conta desses problemas de saúde ele não pode trabalhar e o benefício do INSS lhe foi negado. A casa em que vivem no residencial São Francisco de Assis é financiada. Por estar desempregado, o casal atrasou as parcelas do financiamento.

Neste ano, os dois tentaram receber o auxílio emergencial devido à pandemia, mas o benefício não foi concedido. O motivo é que Tatiane não atendia a um dos critérios pra receber a ajuda.

De acordo com Amanda Schmidt, assessora do centro de Referência e Assistência (CRAS) do Imaruí, ela chegou a atualizar o cadastro, mas ainda não foi inserida na base de dados para receber o benefício.


Enquanto isso, a única ajuda que a família recebe é o Cartão Emergencial disponibilizado pelo CRAS no valor de R$ 150 para usar em compras de supermercado. Mas essa quantia não está sendo suficiente para as despesas do lar.

Tatiane e Marcelo pedem ajuda com qualquer quantia em dinheiro, cesta básica ou artigos para bebê, como fralda e leite. Para ajudar: PIX (47) 9 97763869.

Ação na Justiça

A morte dos filhos do casal chocou a região no dia 26 de abril de 2017 e ganhou repercussão nacional. A família vivia na época na rua João Dalmolin, no bairro Carvalho, em uma área de ocupação irregular. No início da manhã, após um temporal com ventania que atingiu a região, a fiação da rede elétrica caiu no chão, em frente à casa da família.

Tatiane, na ocasião grávida de dois meses, e os filhos Gabriel Lins Pereira, 15 anos, Thaynara Thalita Cidade Serpa, 10, e Ana Vitória Cidade Serpa, três, saíram do local com medo que a moradia fosse derrubada pelos ventos. Eles pisaram  numa uma poça d´água onde havia caído o fio energizado e sofreram o choque elétrico.


O menino morreu na hora e as meninas chegaram a ser levadas pro hospital Pequeno Anjo, mas não resistiram. A mãe dos menores também levou o choque e foi internada no hospital Marieta, onde se recuperou. Na ocasião da tragédia, Marcelo já tinha saído de casa cerca de uma hora antes para trabalhar numa empresa de coleta de lixo. A família move uma ação de indenização na Justiça, que ainda aguarda decisão.

Celesc condenada a pagar indenização de R$ 240 mil e pensão vitalícia

Vinicius, de três anos, tentava salvar o cão

Para a família do pequeno Vinicius Caetano, que morreu em 2005 aos três anos, após um choque elétrico na chácara em que morava em Canoinhas, a justiça veio após 16 anos. Decisão publicada nesse mês condenou a Celesc a pagar uma indenização aos pais da criança.


Na ocasião, o menino estava brincando perto de fios elétricos que estavam soltos.  O cachorro dele encostou na  fiação e Vinicius, ao tentar salvar o bicho, sofreu o choque. Ele morreu no hospital. Uma empresa privada fazia uma obra na rede elétrica na chácara da família. O serviço tinha sido autorizado pela Celesc, que alegou ter desligado a rede para a execução da obra.

Como os fios deveriam estar desenergizados, a Justiça considerou que houve responsabilidade da concessionária. O valor da indenização prevê multa de R$ 240 mil, mais juros, além de pagamento de pensão de dois terços do salário mínimo até a data em que a vítima completaria 72,7 anos de idade ou até que a morte dos pais.

 

Investigações apuraram culpa da Celesc

A fiação que provocou a morte das crianças era da rede pública da Celesc. Embora houvesse ligações clandestinas naquela área, o sistema deveria ter cortado a energia no momento do rompimento do cabo. A empresa investigou a possibilidade de falhas e um inquérito policial foi aberto pra apurar as responsabilidades.

“Foram abertas investigações, tanto policial como dentro da Celesc e todas foram encerradas sem achar falhas no sistema”, afirmou o gerente regional da Celesc, Pedro Molleri. O caso na polícia foi encaminhado ao fórum e ainda tramita na Justiça, segundo informou o delegado Regional de Itajaí, Márcio Colatto. Ele disse não saber do desfecho.


As famílias que viviam na área de ocupação às margens do rio Canhanduba e da BR-101 foram retiradas do local pela prefeitura e os barracos foram demolidos. A maior parte das famílias foi atendida pelo programa habitacional do residencial São Francisco de Assis, no Espinheiros.

Por meio de nota da assessoria de imprensa, o departamento jurídico da Celesc não repassou detalhes do andamento do processo judicial. “Não há decisão da Justiça com relação ao processo que ainda está tramitando”, se limitou a responder a companhia.

Conforme dados da associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) o número de mortes por contato com a rede elétrica aumentou no Brasil nos últimos anos. Levantamento de 2019 mostrou uma alta de 3% nos acidentes e de 5,8% nas fatalidades.

Em Santa Catarina, de 2013 a 2019, foram 37 acidentes com mortes na área de concessão da Celesc. Trabalhos em construção e reforma, ligações clandestinas, operações com guindastes, poda de árvore, brincadeira de pipa, cabos energizados no solo e reparos em antenas estão entre as situações de risco.

 

 




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