O guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, morreu nessa segunda-feira aos 74 anos,  nos Estados Unidos. Olavo foi vítima de complicações da covid-19.   Desde o início da pandemia, ele foi um negador do novo coronavírus, que assegurava “não passar de uma farsa”.

O escritor faleceu em Richmond, Virgínia, oito dias após ser diagnosticado com a covid-19. Com várias comorbidades, o professor era paciente de risco – era portador da Doença de Lyme, uma infecção transmitida por carrapato e cardiopata. Também era fumante.

Nascido em Campinas, São Paulo, Olavo Luiz Pimentel de Carvalho dizia ser professor de filosofia. Ficou conhecido por livros e vídeos de difusão do conservadorismo político – mas acabou mais popular mesmo com a ascensão do bolsonarismo radical. Defendia ideias como a de que refrigerantes eram feitos a partir de fetos abortados e que o cigarro fazia bem para a saúde. 

Apesar do apoio, Olavo sempre reaparecia na mídia criticando o governo federal e o presidente Jair Bolsonaro (PL). O palavreado vulgar, as expressões chulas e agressivas também eram suas características.

Olavo deixa a esposa, oito filhos e 18 netos. A família manifestou-se agradecendo as notas de pesar. Já Heloisa Carvalho Martin Arribas, filha dele, residente no Brasil, lamentou a morte do pai, mas deixou mensagens críticas ao escritor.

“Comemorar a morte de qualquer pessoa é assinar o atestado de total falta de humanidade”, disse, mas reforçando que pediu que Deus perdoasse todas as “maldades” que o pai cometeu. Ela estava rompida com Olavo desde 2017.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou durante a madrugada lamentando o falecimento. “Nos deixa hoje um dos maiores pensadores da história do nosso país”, escreveu em seu perfil no Twitter.