Claudia dos Santos, viúva do pedreiro Valdir Alves da Rosa, 47 anos, morto por engano pela polícia Militar, no bairro Tabuleiro, em Camboriú, em janeiro de 2017, receberá R$ 100 mil de indenização do estado de Santa Catarina.

Valdir dormia na sacada do apê, onde morava com a mulher, dois enteados e um neto de três anos, quando foi baleado e morto pela PM. Ele recebeu tiros nas costas e no peito, na barriga e no pescoço. Os policiais militares teriam confundido o pedreiro com criminosos que estavam perseguindo.  Os PMs ainda tentaram incriminar a vítima, colocando uma arma perto do corpo.

O estado argumentou que os PMs, envolvidos na ocorrência, foram absolvidos nas esferas administrativa e criminal, e os inquéritos arquivados pelo Ministério Público. Só que o juiz 2ª Vara Cível de Camboriú entendeu  que “um inocente foi morto em uma circunstância trágica”.

“Não há, portanto, razão para usar a condenação por danos morais como punição ao Estado, a fim de dissuadi-lo a reiterar a conduta. Afinal, as circunstâncias foram excepcionais e não se tem notícia de que já tenham acontecido antes e/ou voltarão a ocorrer depois. O aspecto verdadeiramente relevante aqui é compensar a dor dessa família, que se viu privada do convívio de seu ente querido, morto aos 47 anos”, sentenciou o juiz. O estado ainda pode recorrer da decisão à segunda instância.