Novos tempos
Itajaí cresceu: construção civil atende todos os segmentos
Itajaí passou de 86,5 mil moradores para 223 mil em cerca de 40 anos
Especial Construção Civil [construcaocivilsc@gmail.com]
O desenvolvimento econômico de Itajaí pode ser dividido em ciclos. As atividades portuárias e logísticas sempre tiveram peso na composição da matriz econômica, ao lado da pesca, prestação de serviços e indústria, nas últimas décadas. Atrelado a esse cenário, a construção civil cresce a passos largos e diversifica seu mercado. Uma tendência que veio para ficar devido ao avanço na população que passou de 86,5 mil [em 1980] para cerca de 223 mil moradores [em 2020], segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O presidente do Sinduscon da Foz do Rio Itajaí-Açu, Bruno Pereira, diz que a cidade oferece hoje empreendimentos para todos os padrões e gostos. “Desde o público do programa Casa Verde Amarela [antigo Minha Casa, Minha Vida], até o padrão mais alto, em regiões nobres e que atendem o público de maior poder aquisitivo,” explica.
Cresceu a demanda por empreendimentos com espaços sociais e compartilhados [salões de festas, academias, piscinas, churrasqueiras, spas, salões de jogo e espaços verdes], independentemente da localização do empreendimento. “A experiência completa de viver bem e viver em um padrão confortável é o conceito adotado atualmente por diversas construtoras,” completa.
Essa nova realidade ampliou os limites de ocupação na cidade. Bairros e localidades afastados do centro agora são vistos com potencial construtivo [a exemplo do São Vicente, Itaipava e Rio do Meio]. “Itajaí ainda tem muito a crescer e há muitos locais com potencial para a construção civil se desenvolver. Esperamos que os investimentos no desenvolvimento urbano e mobilidade da cidade sigam crescendo de forma ordenada”, acrescenta.
O professor de arquitetura Carlos Alberto Barbosa de Souza defende que os bairros e localidades rurais que estão no radar da indústria da construção civil sejam contemplados com obras de mobilidade, saneamento e infraestrutura básica e também a continuidade das obras de urbanização e revitalização das áreas centrais. “Itajaí tem uma região de porto que pode muito bem sofrer intervenções de arquitetos e urbanistas. Isto poderia qualificar e dar um uso mais intenso e interessante para uma região da cidade que já conta com toda a infraestrutura,” opina.