A escola municipal de Arte Culinária Laci dos Santos Leite, de Penha, está sem poder tocar suas aulas de culinária por conta da falta de alimentos para a produção dos pratos. A denúncia é do pai de um estudante da rede municipal de ensino de Penha, que teria ido participar das aulas duas vezes e foi dispensado após as cozinheiras denunciarem a falta dos alimentos.
“Não podia fazer bolo, nem doces, nem salgados, porque está tudo em falta, ou quando tem, falta algum complemento”, conta o pai ao DIARINHO. O que deixou o morador mais revoltado foi saber que cozinheiras do local estão comprando alimentos do próprio bolso para que as aulas não parem. “Isso é inaceitável”, disse.
A situação acabou também sendo denunciada à Câmara de Vereadores de Penha. O vereador Luiz Fernando Vailatti, o Ferrão (União Brasil), foi procurado por moradores. “A escola não pode virar ...
“Não podia fazer bolo, nem doces, nem salgados, porque está tudo em falta, ou quando tem, falta algum complemento”, conta o pai ao DIARINHO. O que deixou o morador mais revoltado foi saber que cozinheiras do local estão comprando alimentos do próprio bolso para que as aulas não parem. “Isso é inaceitável”, disse.
A situação acabou também sendo denunciada à Câmara de Vereadores de Penha. O vereador Luiz Fernando Vailatti, o Ferrão (União Brasil), foi procurado por moradores. “A escola não pode virar um faz de conta”, critica Ferrão.
Segundo ele, a estrutura onde está instalada a escola custa, só de aluguel, R$ 11.948,89. “Não se pode admitir irresponsabilidade com os profissionais que querem trabalhar e, principalmente, com as pessoas que precisam desse importante equipamento”, disse Ferrão.
O vereador foi até a escola na semana passada e constatou a falta dos alimentos. “Não pensem em perseguir servidores. Não foram eles que denunciaram à imprensa ou aos vereadores”, discursou o parlamentar. “E não basta ter espaço adequado para as aulas, mas faltar alimento numa cozinha é como ter um carro na garagem, mas sem gasolina”, criticou.
A prefeitura confirmou o problema ao DIARINHO – de fato, faltou alimento para as aulas. Mas, segundo a prefeitura, os trâmites administrativos da livitação avançaram e “todo o alimento foi comprado” para que a “situação normalize em breve”.
Modelo inéditp
Prestes a completar um ano no dia 28 de abril, a escola é o primeiro modelo do tipo em Santa Catarina e fica na rua Nilo Anastácio Vieira, no centro. O setor sedia cursos profissionalizantes com uma chef e três cozinheiras, aulas para adultos, idosos e crianças com foco na inclusão social, e também há parceria com a escola especial Henny Coelho, da Apae.
Os cursos têm duração média de 200 horas, com certificados pros alunos no final. A marca da cozinha são as aulas práticas, ensinando e aprimorando técnicas de corte, mise en place – conceito de como arrumar e preparar a cozinha para confeccionar os pratos – e também a alta gastronomia.
A escola homenageia Laci dos Santos Leite, viúva do popular Gervásio Pescador e voluntária católica falecida em 2020. Dona Laci, que atuava na Capela São João Batista, em Armação do Itapocorói, era mestre em culinária popular.