Viroses, síndromes respiratórias e outras doenças de verão têm levado uma grande quantidade de pessoas a procurar atendimento médico de emergência na UPA do centro Integrado de Saúde (CIS), no bairro São Vicente, em Itajaí. Nesta segunda-feira, os pacientes procuraram a reportagem do DIARINHO para relatar demora de quase 10 horas no local.  

A mãe de C.E.B.S. chegou na UPA, com o filho, de 18 anos, às 14h desse dia 27. Às 21h, ela procurou o DIARINHO relatando que ainda não tinha sido atendida. “Isso está uma loucura, tem mais de 100 pessoas aqui dentro e gente esperando desde às 11h da manhã”, narrou.

Na pré-consulta,  quando passou pela triagem, o filho recebeu a fita verde, que indicava a classificação de risco sem urgência. Ele estava vomitando, fraco e com muita dor de cabeça, mas até às 21h não tinha passado pela consulta médica. 

A secretaria de Saúde justificou que a demora nos atendimentos nas UPAS do CIS foram causados pela alta demanda de pacientes. Em média, a unidade tem atendido cerca de 700 pacientes ao dia. Comparado ao mesmo período no ano passado, foi registrado um aumento de 29%. A partir desta terça-feira, segundo a prefeitura, o fluxo de atendimento no CIS será reorganizado para agilizar  as consultas de pacientes com sintomas respiratórios.

Novo acesso

A unidade instalou uma estrutura na parte externa e fez mudanças no acesso e saída de veículos e ambulâncias. Com as alterações, a entrada do portão principal na avenida Adolfo Konder ficará em mão dupla para embarque e desembarque dos pacientes. 

Já as ambulâncias, poderão acessar a UPA através do portão principal na avenida Adolfo Konder e devem contornar o prédio da secretaria de Saúde até a entrada de emergências - que fica atrás da recepção. Outra opção de acesso é pelo portão na rua Estefano José Vanolli ou pela rua São Vicente, que manterá o portão aberto apenas para entrada e saída de ambulâncias.

Desde o início de dezembro foram realizados 18.668 atendimentos de pacientes adultos e crianças e, deste total, 5296 foram classificados como casos urgentes ou muito urgentes e 12.344 como casos leves. “Essa reorganização no atendimento na UPA irá proporcionar mais segurança a todos. O objetivo é garantir que o fluxo de entrada de saída de ambulâncias não interfira no trânsito normal dos veículos dos pacientes”, disse, através de nota oficial, o secretário municipal de Saúde, Emerson Duarte.