Os professores da rede estadual de ensino de Santa Catarina estão reunidos em Florianópolis, nesta quarta-feira, para votar as propostas apresentadas pelo governo do estado. 

Segundo o coordenador local do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), João Vecchi, de Itajaí, cerca de 122 ônibus com professores chegaram à capital para participar da votação. Há 120 profissionais de Itajaí. Segundo o governo do estado, há 4,6% de adesão à greve em todo o estado. 

Ainda na terça-feira, o governo divulgou as seguintes propostas para que haja o fim da greve: 

- Antecipação do aumento do vale-alimentação para R$ 25 por dia a partir de novembro de 2024, o que representa um total de R$ 80 milhões 

- Aplicação de 1/3 da hora-atividade a partir de 2025; investimento de R$ 45 milhões

- Lançamento de edital de concurso público da Educação em junho de 2024, que deve ser o maior da história em SC, com chamamento de professores e profissionais aprovados a partir de 2025

- Estudos para avaliação de impactos, por grupo técnico das secretarias de Educação, Administração e Fazenda, para a descompactação da tabela salarial “que hoje não é possível atender”, segundo o estado.

As propostas serão votadas em assembleia nesta quarta-feira. Não há um horário determinado para que saia o resultado. O governo de SC explicou que as condições apresentadas só serão válidas com o fim da greve e o retorno imediato às atividades.

Greve federal

Nesta terça-feira, os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) entraram em greve. Os professores listam 13 pontos de reivindicações, sendo os principais relacionados com os salários e valorização de carreira. Os profissionais também pedem por investimentos na infraestrutura da universidade, orçamento que teve seguidas reduções entre 2019 e 2022. 

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos disse em nota que a reestruturação de carreiras na área de Educação é um compromisso prioritário, e ressaltou as propostas de reajustes já apresentadas, de 9% a partir de 2025 e mais 3,5% a partir de maio de 2026.