Dois orçamentistas que trabalhavam num prédio da avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, aparecem feridos em vídeos que circularam nas redes sociais na quarta-feira e atribuem a agressão aos policiais do 12º Batalhão da Polícia Militar.
Um deles ficou sem poder enxergar temporariamente devido ao gás de pimenta lançado em seu olho; o segundo foi filmado com o peito ensanguentado, teve o nariz quebrado e precisou ser atendido por auxiliares de enfermagem.
A Guarda Municipal acompanhou a ocorrência, mas não se envolveu no episódio. “Fizemos um orçamento no prédio, acabamos nosso serviço, e aí viemos aqui, entrar no mar para tirar a sujeira ...
Um deles ficou sem poder enxergar temporariamente devido ao gás de pimenta lançado em seu olho; o segundo foi filmado com o peito ensanguentado, teve o nariz quebrado e precisou ser atendido por auxiliares de enfermagem.
A Guarda Municipal acompanhou a ocorrência, mas não se envolveu no episódio. “Fizemos um orçamento no prédio, acabamos nosso serviço, e aí viemos aqui, entrar no mar para tirar a sujeira. A polícia desceu, espancou, quebrou o nariz do Bruno, e toda a população está aqui pressionada, pois ela assistiu tudo”, detalhou um dos trabalhadores, referindo-se ao nome de seu colega de trabalho.
A agressão teria sido de três policiais militares fardados, e ocorreu na região da Barra Sul, no final da tarde de quarta-feira.
Os PMs estavam de moto e teriam abordado a dupla com agressividade. Os dois orçamentistas fizeram exames em um hospital da cidade.
Em nota assinada pelo tenente-coronel Daniel Nunes à imprensa, a PM alega que os trabalhadores estavam em “atitude suspeita” e que teriam resistido à abordagem. A nota reconhece que foi usado o “uso progressivo da força” contra os acusados, mas chama o fato de “suposta agressão”. O objetivo seria a “contenção ativa dos agentes, os quais teriam conseguido fugir, não sendo qualificados”.
O tenente-coronel ainda frisa que será instaurado Inquérito Policial Militar (IPM), e após finalizado, será encaminhado ao Ministério Público, para análise dos fatos. “O 12° BPM, como unidade transparente, é o maior interessado em esclarecer a verdade dentro dos ordenamentos jurídicos”, considerou o tenente na nota pública.