Morador de Itajaí
Nadador César Cielo se revela um “peixeiro de coração”
Medalhista olímpico, Cielo deixou de lado o alto rendimento para ter uma vida tranquila na cidade
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Único medalhista de ouro da natação brasileira em Jogos Olímpicos, Cesar Cielo decidiu trocar São Paulo por Itajaí há mais de um ano e não se arrependeu. Em entrevista recente ao portal UOL, o paulista Cielo não poupou elogios a vida no litoral catarinense e explicou porque deixou de lado a rotina de atleta de alto rendimento por uma vida mais tranquila com a família.
"Vi qualidade de vida, oportunidades de negócio, custo de vida infinitamente menor do que em São Paulo. Tenho tudo que quero aqui, moro a três quilômetros da Praia Brava. É quase o Havaí do Brasil. Moro a um quilômetro da balsa que vai para o aeroporto. Custo mais baixo, qualidade de vida mais alta", contou à reportagem especial que o portal fez com ele.
Além da mudança de ares, Cielo viu em Itajaí uma oportunidade de continuar atuando na natação, mas de outra forma. Principal referência olímpica da modalidade no Brasil, ele é padrinho do projeto Nadar, um dos maiores projetos comunitários de natação do país, e mantém os seus treinamentos no Itamirim Clube de Campo. A camisa do Marcílio Dias, clube que tem parceria com o Nadar, também é usada constantemente pelo atleta em entrevistas mundo afora.
"Eu dei um passo para o lado, decidi trabalhar com natação mais como mentor e menos na alta performance. Só que tudo pode mudar. Meu corpo ainda aguenta muito. Meu parâmetro de treino, que é quando fui campeão do mundo, é um parâmetro altíssimo, e não me vejo passando por isso de novo. Mas por que não? Se daqui três anos der na cabeça que quero alguma coisa... Ainda assim, aqueles resultados que a gente viu já estão no meu passado. Vai muito do preço que a gente está disposto a pagar", afirma.
À reportagem do UOL, Cielo revelou que pretende se estabilizar em Itajaí. A família tem planos de permanecer na cidade até que o filho Thomas, de seis anos, se forme no ensino médio. “Consigo ter tempo para fazer as coisas. Até brinquei com meu pai que a minha vida está chata. Não pego trânsito, não tem violência, ninguém colocou faca no vidro do meu carro", comenta, comparando Itajaí à cidade de Auburn, onde morou nos Estados Unidos.
Além do ouro nos 50m livres de Pequim, em 2008, Cielo ainda tem um bronze nos 100m livres da mesma Olimpíada e um bronze no 50m livres em Londres, em 2012. César Cielo ainda é o recordista mundial dos 50m livres e 100m livres, marcas que há mais de uma década não são superadas por nenhum nadador do mundo. Durante as Olimpíadas de Tóquio, Cielo é o comentarista das provas de natação no canal SporTV.
Primeiras medalhas saem no judô e skate
As duas primeiras medalhas do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio saíram neste domingo. O primeiro a conquistar uma medalha foi o skatista Kelvin Hoefler, que ficou com a prata na modalidade skate street. Já o judoca Daniel Cargnin ficou com o bronze na categoria peso-meio-leve.
Modalidade estreante nos Jogos de Tóquio, o skate street teve uma final digna de Olimpíadas no masculino durante a madrugada. O paulista Kelvin Hoefler chegou a liderar a decisão, somando 36,15 pontos, mas acabou ultrapassado pelo japonês Yuto Horigomi, que somou 37,18. O americano Jagger Eaton completou o pódio com uma nota geral de 35,35.
Na manhã deste domingo, foi a vez do gaúcho Daniel Cargnin subir ao pódio do judô na categoria peso-meio-leve (até 66kg). Ele garantiu a medalha de bronze ao vencer o israelense Barush Shmailov com um waza-ari. Cargnin, de 23 anos, chegou até a disputa do bronze depois de vencer dois combates, mas cair na semifinal diante do japonês Hifumi Abe.