O sindicato dos Servidores Públicos Municipais da Foz do Rio Itajaí-açu (Sindifoz) enviou ofício ao prefeito Volnei Morastoni (MDB) e à secretaria de Educação pedindo a suspensão imediata das aulas presenciais na rede municipal. O sindicato alegou que há um crescente número de casos de covid-19 com contaminados na rede municipal de Educação.
O sindicato explica que, desde o início do ano letivo, em 3 de fevereiro, tem recebido queixas sobre positivados nas unidades escolares, em servidores e trabalhadores terceirizados [veja abaixo]. Crianças também já estariam sendo diagnosticadas com o vírus. O sindicato não informou o número de profissionais e nem de crianças supostamente infectados na rede municipal.
O sindicato alega que há déficit de servidores da educação, como professores, agentes de atividade em educação, agentes de apoio em educação especial e especialistas em educação. Também ...
O sindicato explica que, desde o início do ano letivo, em 3 de fevereiro, tem recebido queixas sobre positivados nas unidades escolares, em servidores e trabalhadores terceirizados [veja abaixo]. Crianças também já estariam sendo diagnosticadas com o vírus. O sindicato não informou o número de profissionais e nem de crianças supostamente infectados na rede municipal.
O sindicato alega que há déficit de servidores da educação, como professores, agentes de atividade em educação, agentes de apoio em educação especial e especialistas em educação. Também há o afastamento de pessoas do grupo de risco ou trabalhadores com sintomas.
Os afastamentos acabam sobrecarregando a equipe e o processo de contratação de ACTs é burocrático e demorado.
Para afastamentos inferiores a 30 dias, não há a possibilidade jurídica de contratação de ACTs, sendo que os afastamentos de covid são de cinco a 14 dias.
O Sindifoz também destacou no ofício que, quando as aulas presenciais foram iniciadas, no começo de fevereiro, a taxa de ocupação das UTIs estava em 44%. Atualmente, ela está em 94%. “É fundamental frear o nível de transmissão do vírus na cidade, e uma das medidas necessárias é suspender o ensino presencial e retornar às atividades remotas, assim como desempenhadas em 2020”, defende o Sindifoz.
A prefeitura de Itajaí diz que está analisando o pedido.
Papo do dia
O presidente do Sindifoz, Francisco Johannsen, foi entrevistado no podcast "Papo do Dia" do DIARINHO. Ouça: https://diarinho.net/podcast/61.
Queixas sobre as aglomerações e casos positivos
O retorno das aulas presenciais tem provocado polêmicas. Um familiar de aluno da rede municipal entrou em contato com o DIARINHO para denunciar a situação no CEI Eduardo Dadinho Canziani, no bairro Cidade Nova, em Itajaí. Segundo ele, duas alunas teriam testado positivo para a covid-19, e mesmo assim, as aulas seguiram normalmente. Os profissionais não foram afastados, e uma professora, inclusive, teria sintomas da doença, segundo o denunciante.
Já no bairro da Murta, a reclamação é de aglomerações na entrada da escola Maria José Hulse Peixoto. Em um vídeo, pais e alunos aparecem aglomerados em frente a entrada da escola. Uma funcionária do colégio chama a turma do 9° ano, enquanto o restante dos alunos e familiares aguarda a vez de entrar, sem fazer distanciamento.
A secretaria de Educação de Itajaí afirmou que a denúncia referente ao CEI Eduardo Dadinho Canziani não procede. A mãe de um aluno teria informado que o filho estaria contaminado, mas ainda não encaminhou o exame comprovando o resultado positivo. De acordo com a secretaria, a criança teria frequentado o CEI na última semana, e por conta da suspeita, uma empresa realizou a desinfecção da unidade na sexta-feira à noite. “O CEI segue observando seus alunos e funcionários e está realizando os afastamentos de acordo com os atestados médicos apresentados,” afirma a secretaria.
Em relação a escola Maria José Hulse Peixoto, a secretaria de Educação informou que o colégio está seguindo todas as determinações. A unidade estaria organizando a entrada por escalonamentos, começando pelos alunos mais velhos, do 9º ano, até chegar aos alunos do 1º ano.
“Pais e responsáveis só podem ficar do lado de fora da unidade e devem ficar atentos às normas de prevenção à covid-19, como distanciamento e uso de máscaras,” explicou, em nota, a secretaria de Educação.