A polícia Civil de Itajaí cumpriu ordens de busca e apreensão no hospital Marieta Konder Bornhausen e na casa do médico Gustavo Deboni da Silva, que ocupou o cargo de gerente Médico do hospital Marieta.
Deboni não estava em casa nessa sexta-feira. Ele mora no condomínio Brava Beach, na Praia Brava. O médico foi intimado a comparecer na delegacia para prestar depoimento ao delegado responsável pela DIC de Itajaí.
As buscas aconteceram porque houve uma suspeita de hackeamento no sistema de informática do hospital Marieta. A polícia quer descobriu se a tentativa de invasão está ligada a investigação que ...
Deboni não estava em casa nessa sexta-feira. Ele mora no condomínio Brava Beach, na Praia Brava. O médico foi intimado a comparecer na delegacia para prestar depoimento ao delegado responsável pela DIC de Itajaí.
As buscas aconteceram porque houve uma suspeita de hackeamento no sistema de informática do hospital Marieta. A polícia quer descobriu se a tentativa de invasão está ligada a investigação que apura a conduta do médico. No Marieta, a polícia apreendeu “logs” do sistema do hospital e alguns documentos.
O delegado Rafael Lorencetti pediu e a justiça autorizou o afastamento de Deboni do exercício da medicina. Ele também está proibido de dar aulas, ocupar cargos de gestão ou administração de hospitais por tempo indeterminado.
O delegado tinha pedido também a prisão de Deboni, mas o pedido foi negado pela justiça. O delegado pretende encerrar a investigação até o final do mês de janeiro.
A direção do Marieta confirmou a busca e apreensão da polícia Civil e também a tentativa de hackear o sistema. Só que o hospital não quer comentar a investigação da polícia Civil.
O advogado de defesa do médico, Erial Lopes de Haro, diz que a operação da polícia Civil é um desdobramento natural de investigação criminal, tendo em vista a alegação do ministério Público sobre o suposto hackeamento dos computadores do hospital. “Estamos tranquilos em relação a isto e a inocência do doutor Gustavo será provada”, informou.
As denúncias
Desde o final do ano passado, a polícia investiga, a pedido do ministério Público, a suspeita de que o médico teria abreviado a vida de pacientes enquanto foi o responsável pela ala de pacientes graves do hospital.
Em agosto, o Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM) e a justiça chegaram a afastar o médico do exercício da medicina. Em dezembro, o conselho Federal de Medicina (CFM) anulou a interdição cautelar do CRM-SC e o médico pode voltar a trabalhar. Agora, novamente, por decisão judicial, Deboni está impedido de exercer a profissão.