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Coluna Exitus na Política

Por Sérgio Saturnino Januário - pesquisa@exituscp.com.br

Era uma vez...


O mundo ao nosso redor é muito interessante. Viver é uma sensacional aventura. Observar uma criança brincando de “Faz de conta” é muito extraordinário. “Era uma vez” é uma experiência que ocorre fora de nós e, com o tempo, passamos a colocá-la para dentro do corpo [in-corporar]. As crianças brincam de faz de conta de forma interessada porque aquilo ali não ocorre com ela. A forma pedagógica organiza o mundo imaginário, e a condição pedagógica põe as ênfases em jogo para atrair as emoções. “Faz de conta” é uma fantasia que ocorre ao longe.

 

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Para a criança, os primeiros passos de socialização são carregados de situações externas ao ser e, ao mesmo tempo, fornecem as primeiras estruturas sociais para formar e instruir as interações entre as pessoas. Na maioria das vezes, o faz de conta é apresentado em situação de conflitos, egoísmos e maldade de um lado. Outros personagens são os representantes de proteção e salvamento diante da pureza e bondade original. Para as crianças o mundo vai sendo construído assim: bem contra o mal num mundo de “faz de conta”.

O amadurecimento logo exige da criança que ela se posicione e seja protagonista da história que vive. A etapa de socialização segundo a qual a criança vira personagem de si mesma, age e sente as condutas que experimenta para si, a coloca no meio de um conjunto de regras e valores, de coisas concretas, de experiência direta. Tarefas escolares, arrumar o quarto, a integração entre tempo e ação [quando se deve fazer algo: “hora de comer”, “hora do banho”, hora de acordar”, “hora de dormir”] passam a conduzir a vida. O mundo do faz de conta vai deixando de existir.

O amadurecimento adulto vai passar a exigir que a outrora criança possa dar conta da maioria de suas condutas e tarefas. Ao passar do tempo os adultos não precisariam mais indicar as condutas. As pessoas devem assumir suas tarefas de acordo com os valores sociais e regras culturais que foram incorporadas em seu ser. Suas experiências anteriores estarão na formação da identidade social e moral. A qualidade do respeito, da empatia, das emoções foi moldada e forjada antes. Se não foi bem-feita, as dores virão. Gritos e acusações serão expressão da fraqueza da formação social quando criança. Não dá mais para viver de fantasias, e nem se agarrar em contos de fadas para gerar um mundo que caiba em sua mente. A vida é real, a maior parte está fora de você, e sua interação explodirá de acordo com sua formação incorporada. Precisamos ser capazes de pensar o que dizer ao outro porque agora somos protagonistas de cada palavra dita, gritada, sofrida, erguida.

A Política é um dos caminhos para os adultos gerarem conteúdos [promessas] para criar cenários futuros e projetar os encantos dos desejos.  O Político, em processo de eleição e de gestão – cada um a seu tempo, tal qual a formação da criança – é o encarregado de contar uma história de aspiração, reter as emoções dos espectadores e atrair sentidos para o enredo. Depois, caso eleito, será o protagonista da história contada. A “oposição” e a “situação”, longe de pensar no conjunto das necessidades das pessoas, se entrelaçam em disputas do “bem” contra o “mal”.

A Política é a arte de projetar o depois, organizar o futuro, selecionar cenários. A vida real é a referência ao futuro. Passo a passo, não haverá varinhas de condão para transformar, com magias surpreendentes, a realidade de viver a vida. Fantasias estarão sempre aquém das lutas do dia a dia. Apesar de tudo, a Política é o caminho dos desejos plausíveis, sem “faz de conta”.


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