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Coluna Exitus na Política

Por Sérgio Saturnino Januário - pesquisa@exituscp.com.br

Curtir a cidadania


Nada mais proveitoso do que se divertir em momentos de lazer e ouvir sua música preferida, aquele gênero musical ou cantor que você considera excelente! Em sua festa de aniversário, em qualquer evento específico, você convida seus amigos ou colegas para “curtir” suas preferências. Ali você é o “dono do pedaço”! O seu convidado “gosta do que você gosta”! O lugar escolhido também deve ser apropriado.

 

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A polícia foi chamada por um morador porque o vizinho estava ouvindo música em volume além do que era conveniente. Na casa ao lado não havia festa, nenhum fato especial que pudesse justificar [o que não significa aceitar] o comportamento. O volume da música ouvida pelo vizinho perturbava os moradores e a intervenção policial se fez necessária. O bem-estar coletivo vem antes das preferências individuais, argumentava o policial.

Num condomínio de classe média, em outro ponto da cidade, a despeito das regras relativas à boa convivência, um morador exaltado ouvia TV tão alto que era impossível aos vizinhos se concentrarem em qualquer atividade, mesmo as mais simples. O volume da TV era perturbador e foi necessário que o síndico pudesse intervir para ajustar a interação entre os moradores. O bem-estar coletivo vem antes das preferências individuais, argumentava o síndico.

Leves e fáceis de carregar, com volume potente e baixo custo, as caixinhas de som se popularizaram. Ultimamente, há o incômodo fato de que algumas pessoas [poucas são suficientes] levam suas caixas de som para a praia ou parques com o objetivo de ouvir “sua” música preferida enquanto estão em atividade de lazer e descanso. Outras pessoas frequentam os mesmos lugares e não são “convidadas” para a festa.

Naquele ambiente público e coletivo, como praias, praças e parques o espaço é para todos ao mesmo tempo. Cada um pode ocupar um “território” que não é seu, num reino que não é particular. Não há motivo nem direitos sociais para você impor sua preferência para outros. Como o ambiente é público e coletivo, não são os incomodados que devem se retirar, mas os incomodantes que devem se ajustar. Em circunstâncias públicas e coletivas o individualismo e as particularidades não podem vir antes do conjunto dos outros. E basta um se sentir incomodado pela interferência alheia para que o incomodante siga compassos adequados às interações coletivas em ambientes públicos. Ali você não é o “dono do pedaço”.

Algumas cidades já expuseram, em leis, vetos ou limites para uso de caixas de som em ambientes públicos e coletivos. Quando falta cidadania [reconhecimento de que o outro vem antes de mim e regula minhas atividades públicas e coletivas], quando eu me interesso exclusivamente por mim e o individualismo provoca confronto e conflito, quando o egoísmo [minhas preferências] tem erupções narcisistas, é preciso lei para regular a vida social.

A lei serve para organizar nossa vida social, como fundamento filosófico, e para punir os infratores que transgridam seus limites e colocam em “desvios” as regularidades sociais. Na versão de não poder tolerar a intolerância, as mãos pesadas da lei e seu faro canino apresentam, sem muitos contornos, nossa falta de cidadania política.

As silhuetas de nossa cidadania surgem assim, de muitos lugares diferentes. Inclusive no ato de votar. O voto, como a caixa de som, é seu, mas deve ser usado por respeito aos outros. Cidadania!


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