A Escola Victor Meirelles é a unidade escolar da rede estadual com maior adesão à greve dos professores em Itajaí. A direção estima que 13 professores estão fora das salas de aula, o que corresponde a um percentual de 20% dos profissionais.
A direção do Victor Meirelles afirma que a unidade está sendo afetada pela greve, mas reitera que as aulas não foram suspensas. “O período noturno não foi afetado, só dois professores estão fazendo a greve, então não está alterando nada. O que afetou um pouco mais foi a manhã e a tarde”, explica a direção.
Por ora, as adaptações são nos horários das aulas. A escola divulgou um comunicado através das redes sociais, na manhã desta quarta-feira, informando que os horários especiais serão divulgados ...
A direção do Victor Meirelles afirma que a unidade está sendo afetada pela greve, mas reitera que as aulas não foram suspensas. “O período noturno não foi afetado, só dois professores estão fazendo a greve, então não está alterando nada. O que afetou um pouco mais foi a manhã e a tarde”, explica a direção.
Por ora, as adaptações são nos horários das aulas. A escola divulgou um comunicado através das redes sociais, na manhã desta quarta-feira, informando que os horários especiais serão divulgados nos grupos das turmas, e que as aulas dos professores que não aderiram à greve seguem normais, com chamada e notas.
As turmas que tiverem apenas uma aula no dia serão dispensadas. Nos demais casos, os alunos não serão dispensados mais cedo.
Região
A Secretaria de Estado da Educação está em fase de levantamento de dados sobre a taxa de adesão dos servidores à greve, um dia após o início da paralisação. Na terça-feira, foi registrado que cerca de 157 profissionais aderiram à greve na região da Foz do Rio Itajaí, segundo o Coordenador Regional de Educação, Rafael Batista. Em Itajaí, foram 38 professores, de um total de 15 escolas. O coordenador diz que das 45 escolas estaduais da regional, o percentual de adesão dos servidores à greve não chegou a 5%.
Já o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) alega que cerca de 20% dos professores da Foz do Rio Itajaí aderiram à greve. Mesmo com a mobilização, todas as escolas estaduais da região seguem abertas e em funcionamento.
Além da Victor Meirelles, adesões maiores também foram registradas na escola Escola Estadual Prefeito Leopoldo José Guerreiro, de Bombinhas, na Escola de Educação Básica Anita Garibaldi, em Itapema e na Escola Estadual Básica Tiradentes, em Porto Belo, segundo o Sinte.
Após os protestos registrados nas ruas centrais da cidade e em frente às escolas estaduais, na terça-feira, as movimentações ocorreram de forma interna nesta quarta.
“Tivemos a reunião do comando de greve pela manhã. Hoje [quarta-feira] apenas organizando-se internamente. Agora estamos organizando visitas nas escolas para conversar com os colegas que estão trabalhando”, adianta João Vecchi, coordenador regional do Sinte.
Governo só vai negociar quando a greve acabar
O secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, afirmou que o governo de Santa Catarina pode voltar a negociar com os professores, desde que eles retomem as atividades imediatamente nas salas de aula. Vânio afirma que três das quatro reivindicações feitas pelos professores já foram atendidas no final de 2023, quando o governo do estado anunciou um novo concurso, reajuste do vale-alimentação e iniciou a redução progressiva sobre a cobrança de 14% na previdência dos aposentados.
A descompactação do plano de cargos e salários, uma das principais reivindicações dos servidores, segundo o governo, não é viável economicamente para o estado. “A proposta feita pelo sindicato faria com que o estado ultrapassasse em muito o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Nós pretendemos retomar as negociações assim que todos os servidores voltarem aos seus postos de trabalho”, explica o secretário.