Uma menina de três anos morreu de covid-19 no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. A morte foi no dia 11 de abril e confirmada nesta semana pela prefeitura. Segundo a Vigilância Epidemiológica, a criança tinha asma, que é uma das comorbidades para o coronavírus, e não tinha sido vacinada contra a doença.

Essa foi a segunda morte de uma criança por covid-19 em Florianópolis desde o início da pandemia. O primeiro caso foi em 2022. “Reforçamos que, desde janeiro de 2024, a vacinação contra a covid-19 foi incorporada na rotina no Calendário Nacional de Vacinação Infantil para crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade”, informou o município.

No comunicado, a vigilância alertou que, segundo dados do InfoGripe, há sinal de crescimento de doenças respiratórias virais graves (SRAG) nas regiões Sudeste e Sul por covid-19, além ...

Essa foi a segunda morte de uma criança por covid-19 em Florianópolis desde o início da pandemia. O primeiro caso foi em 2022. “Reforçamos que, desde janeiro de 2024, a vacinação contra a covid-19 foi incorporada na rotina no Calendário Nacional de Vacinação Infantil para crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade”, informou o município.

No comunicado, a vigilância alertou que, segundo dados do InfoGripe, há sinal de crescimento de doenças respiratórias virais graves (SRAG) nas regiões Sudeste e Sul por covid-19, além do aumento dos casos de gripe influenza nestas regiões.

De acordo a Secretaria de Estado da Saúde, no hospital Joana de Gusmão, que é da rede própria do estado, 70% das internações na UTI são causadas por doenças respiratórias. A pasta informou que o hospital tem registrado um aumento nas internações por doenças respiratórias nos primeiros meses de 2024.

Entre os casos atendidos estão a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que engloba condições como bronquite, bronquiolite, covid-19 e pneumonias. Desde o início do ano até 16 de abril, 592 crianças foram internadas no hospital devido a essas complicações, ocupando tanto os leitos de enfermaria quanto os de UTI.

A situação reforça a importância de priorizar a vacinação contra gripe e outras doenças respiratórias, especialmente em crianças e idosos, pois são mais suscetíveis a complicações que levam às hospitalizações.

“Nesse momento, nós, equipes de saúde, fazemos esse apelo: vacinem as crianças. Sabemos que nem todas as doenças possuem ainda uma vacina, mas para aquelas que já estão disponíveis é fundamental que os pais e responsáveis levem os pequenos para fazer a imunização”, disse a diretora do hospital, Tatiana Titericz.

SC teve 36 mortes por covid este ano

Conforme o último boletim da covid-19 da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC), o estado registrou este ano 13.053 casos da doença, com 403 hospitalizações e 36 mortes. O documento mostra uma alta de casos. Apesar da subida em todas as idades, houve alta de 80% na incidência entre crianças de 0 a 4 anos.

Na região da Amfri, foram registrados 70 casos da doença, segundo dados do Ministério da Saúde até 13 de abril, sem confirmações de mortes, com 60 dos casos em Itajaí.

A cobertura vacinal está em 78% para duas doses no estado. Em Itajaí, a cobertura é de 68% para duas doses, 31% para três doses e 8% para quatro doses.

O monitoramento da Dive destaca que a vacinação teve um papel importante na redução dos impactos da covid, controlando a transmissão do vírus e reduzindo os casos graves, e que as medidas preventivas devem continuar. “Alcançar uma alta cobertura vacinal, incluindo a aplicação de doses de reforço quando necessário, parece ter sido eficaz na proteção da população e na estabilização das internações em níveis mais baixos”, informa.

Mais doses da Pfizer a caminho

Novas doses da vacina contra covid-19 devem chegar na próxima semana para distribuição aos estados, segundo o Ministério da Saúde. O processo de compra da farmacêutica Pfizer teve início em 2023 e as doses estão atualizadas para proteger contra a variante XBB da covid-19. Com a nova remessa, haverá uma campanha nacional de vacinação.

Segundo o ministério, alguns municípios podem estar sem estoque, mas a maior parte das redes de saúde dos estados ainda tem doses da Coronavac e da Pfizer, para adultos que precisam completar o esquema vacinal. A pasta reforça que as vacinas disponíveis nos postos seguem efetivas contra as formas graves da doença.

A rede também continua abastecida com as vacinas para o público infantil que, segundo o ministério, é um público prioritário em razão da baixa cobertura vacinal. Entre os jovens com menos de 14 anos, apenas 11,4% receberam as três doses do imunizante. O esquema vacinal básico é de pelo menos duas doses.

Hora da vacina

Em Santa Catarina, a campanha de vacinação contra a gripe teve início no dia 18 de março. Segundo os dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal das crianças de 6 meses a 5 anos está em apenas 14,88%. Este ano, a vacina da covid foi incluída no calendário nacional para crianças de 6 meses a 4 anos. Até quarta-feira, a cobertura da covid estava em 7,8% do público com as duas doses da vacina e de 2,71% com as três doses.