Durou 18 horas o mistério sobre o desaparecimento de Mariane Kelley dos Santos, 35 anos, atendente de uma cafeteria e esposa de um pastor evangélico de Itajaí. Ela foi brutalmente assassinada. A polícia investiga a suposta participação de uma vizinha e não descarta que haja o envolvimento do marido da vítima no bárbaro crime.
Mariane desapareceu no final da tarde de quinta-feira quando encerrou o turno de trabalho numa cafeteria do bairro São João. O corpo dela só foi encontrado no início da tarde de sexta-feira, com as mãos amarradas, boiando no rio Itajaí-açu. Ela teria levado uma pancada na cabeça, segundo a polícia.
Mariane é esposa de Joedson dos Santos, 40, o pastor Jota. O marido comunicou o desaparecimento de Mariane à polícia ainda na quinta-feira. Ele publicou o caso nas redes sociais, falou ...
Mariane desapareceu no final da tarde de quinta-feira quando encerrou o turno de trabalho numa cafeteria do bairro São João. O corpo dela só foi encontrado no início da tarde de sexta-feira, com as mãos amarradas, boiando no rio Itajaí-açu. Ela teria levado uma pancada na cabeça, segundo a polícia.
Mariane é esposa de Joedson dos Santos, 40, o pastor Jota. O marido comunicou o desaparecimento de Mariane à polícia ainda na quinta-feira. Ele publicou o caso nas redes sociais, falou com jornalistas e registrou um boletim de ocorrência na polícia.
Segundo ele, Mariane sumiu depois do trabalho, às 18h53, ao supostamente entrar em um carro de aplicativo para ir para casa.
O pastor Jota mobilizou amigos e colegas do centro Evangelístico de Itajaí (CEI), do bairro São Vicente, atrás da mulher, mas a procura só teve fim por volta das 14h de sexta-feira, quando o corpo de Mariane foi resgatado por um pescador, no bairro Volta Grande, em Navegantes. Ela ainda vestia o uniforme da cafeteria em que trabalhava e estava com a aliança de casamento. As mãos da vítima estavam amarradas e havia marcas de um trauma na cabeça.
Marido mentiu
A polícia Militar conseguiu identificar o veículo que levou Mariane da saída do trabalho. Ela embarcou no carro de uma vizinha e não num veículo de aplicativo, como afirmou o marido à polícia.
O pastor, que esteve no local onde o corpo foi localizado, foi levado pela equipe do delegado Angelo Fragelli para prestar esclarecimentos.
Na delegacia, o pastor confirmou que a esposa pegou carona com uma vizinha, que tem um carro prateado. O carro já foi usado por ele mesmo, muitas vezes, segundo apurou a investigação. A vizinha não foi encontrada pela polícia Civil até o fechamento desta matéria. O pastor foi liberado da delegacia após prestar depoimento. “Como não localizamos ou tomamos o depoimento da vizinha, não pode-se afirmar que ela praticou o crime, mas a participação não está descartada”, informou o delegado. Ele também não descarta a participação do pastor no crime.
O delegado repassou o inquérito policial para a divisão de Investigação Criminal (DIC) de Itajaí. O delegado Sérgio Sousa tocará a investigação a partir de agora O laudo do Instituto Geral de Perícia (IGP) vai confirmar a causa exata da morte de Mariane.
Joedson e Mariane eram casados há 20 anos. Eles moravam na rua Cosme Bussarello, no bairro Cordeiros. Nascidos na Bahia,viviam na região há nove anos. O casal tem uma filha de 16 anos.
Joedson, além de pastor do CEI, coordenou um centro de recuperação de dependentes químicos. Ele foi demitido do local há cerca de um mês.
“Era uma menina doce e responsável”, diz dona de cafeteria
Mirela Raupp, dona da cafeteira onde Mariane trabalha, estava bastante emocionada quando conversou com a reportagem do DIARINHO. Mariane trabalhava há três anos no local e era uma funcionária exemplar.
Mirela contou que a vítima “era uma menina doce, responsável, que sempre chegava no horário, nunca se atrasou, nunca faltou o trabalho. Uma pessoa super do bem,” elogiou.
A comerciante informou que Mariane era bastante reservada e não falava nada da vida pessoal. “Ela não merecia isso. Ela era uma pessoa muito doce, trabalhadora, alguém que não tinha tempo ruim, se precisasse ela estava lá,” elogiou Mirela.