Na coluna “Seu Bolso” desta semana discutiremos sobre investimentos.
A realidade do mundo está mudando e a do Brasil não é diferente. Com a pandemia da covid 19 e agora a invasão da Rússia na Ucrânia, as mudanças ficaram ainda mais evidentes. Podemos citar, por exemplo, como o trabalho em home office cresceu e também como o custo de vida ficou mais caro. Com isso, todos nós precisamos nos adaptar e rever alguns hábitos e prioridades.
Falando sobre o Brasil e o brasileiro, é fácil perceber que aprendemos como a estabilidade e a segurança financeira são importantes e necessárias. Uma prova disso é como a população modificou o uso e o investimento do seu dinheiro. Há pessoas que investem em imóveis, negócio próprio e estudos, e outras, que inclusive são a maioria, colocam seus recursos em produtos financeiros como ações, poupança e fundos.
De acordo com a pesquisa Exame/Ideia realizada em novembro e dezembro de 2021, cresce cada vez mais o número de brasileiros que gostariam de investir. Dos 1200 entrevistados, 33% pretendem guardar dinheiro e investir em 2022. Outro dado interessante mostra que 40% das pessoas com intenção de investir estão na faixa etária de 35 a 44 anos.
Para corroborar com a pesquisa da Exame/Ideia, trago os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). No primeiro trimestre de 2022, o volume investido pelos brasileiros em valores mobiliários e títulos chegou à marca de R$ 2 trilhões. Esse superávit representa um crescimento de 6,5% ou R$ 123,5 bilhões em relação aos três meses anteriores.
A 5ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro trouxe novidades, incluindo a classe D/E no levantamento, além dos comportamentos financeiros por raça, sexualidade e geração.
A poupança continua sendo a queridinha dos brasileiros, com aplicações de 23% da população, mas as criptomoedas estão ganhando espaço, chegando ao total de 2% dos investimentos realizados em 2021, porém são mais populares entre as gerações Z e Millenials.
Os homens ainda são maioria em relação às mulheres quando se fala em investir, sendo o principal limitador as condições financeiras. O público LGBTQI+ e o heterossexual entendem a segurança e a reserva financeira como vantagens, mas aplicam o dinheiro de forma diferente. Já em relação a raça, os pretos/pardos que declararam não guardar dinheiro são de 63% enquanto os brancos representam 56%.
E os investimentos para 2023? Acredita-se que os próximos dois anos serão de taxas muito altas no Brasil como a inflação e os juros. Com esta perspectiva, os investimentos em renda fixa se tornam cada vez mais atraentes.
E aí? Preparado para começar a investir?
Obrigado, e até a próxima edição!
* Professora de música e estudante de jornalismo Daniele Cordoni
Instituto ION Soluções Integradas
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