Alguém já se perguntou por que comemoramos em 01 de maio o Dia do Trabalho?
O dia 1º de maio foi escolhido como o Dia do Trabalho, uma homenagem aos operários a uma greve ocorrida na cidade de Chicago (EUA) no ano de 1886, onde milhares de trabalhadores reivindicavam a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.
Os desafios para se alcançar o trabalho decente e crescimento econômico, parecem ser assunto sempre recorrente e por isto este tema foi escolhido como um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 o ODS 8 - Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos.
Dentre as principais metas do ODS 8 estão: a sustentação do crescimento econômico per capita de 7% ao ano, a elevação da produtividade de forma inovadora e sustentável, promover políticas que incentivem o empreendedorismo, a erradicação do trabalho forçado e análogo ao escravo a criação de empregos de forma sustentável e inclusiva, em especial, para jovens, mulheres e pessoas com deficiência.
Apesar de todos os esforços empreendidos para o alcance deste objetivo e de suas metas, um levantamento da Agência de Avaliação e Risco Austin Rating, aponta que o Brasil deve alcançar a marca de 13,7% de pessoas desempregadas em 2022, quase que o dobro da média da população global que é 7,7%, estes números levam o nosso país a ocupar o 9º lugar no ranking de países com mais pessoas sem emprego no mundo.
Ainda segundo a mesma Agência de Avaliação, na última década, o PIB brasileiro cresceu em média 0,4% ao ano, percentual bem inferior a expectativa proposta pela Agenda 2030, e estes desafios se tornam ainda maiores após o advento da pandemia.
Ainda mais desafiador que a elevação do PIB é a forma que se deseja este crescimento, ou seja, respeitando os limites dos recursos naturais e promovendo prosperidade e inclusão social, pois a sustentabilidade econômica é um dos pilares para se alcançar o chamado desenvolvimento sustentável.
Será necessário a adoção de uma nova perspectiva e um modelo de transição que considere o conceito da sustentabilidade sob o paradigma da economia ecológica, a qual não compete somente ao mercado ou ao Estado determinar o rumo do desenvolvimento sob a ótica de seus próprios interesses, mas aquela que considere o conceito de cidadania plena e o cuidado com o planeta.
Dentre as estratégias para esta transição estão: a distribuição de riqueza e renda de forma equitativa, a limitação do uso de recursos naturais e geração de resíduos, a mudança na maneira de medir o progresso, mudar o comportamento de consumo, repensar o comércio e desenvolver novos modelos de negócios que incorporem os conceitos de sustentabilidade.
Parafraseando Ludwig von Mises, a economia não trata de coisas tangíveis, mas dos homens, de seus desejos e ambições que dela derivam.