Depois de tanto que já se escreveu sobre esta tão querida cidade, decidi juntar minha própria convivência de tantos anos com ela e fazer um novo livro inserindo mais personagens à sua história. Personagens antigos e contemporâneos com ênfase ao desenvolvimento e progresso. A história que conhecemos fala dos seus colonizadores, fundadores e administradores do tempo do Império, um pouco do velho tempo da República, porém menos da era do século 20. Sabe-se que foi a partir da segunda metade do século 19 que o mundo entrou na fase do desenvolvimento. A fase do petróleo, da eletricidade, da tecnologia em geral. Nas primeiras décadas do século 20, quando Itajaí já tinha feito o primeiro centenário de fundação, começou de fato o seu próprio crescimento. Tudo partiu da canalização da barra. Até aí o rio Itajaí-Açu ia desaguar na praia sem a dimensão do seu canal. A construção dos molhes da barra exigiu muito esforço para levar pedras suficientes até alcançar a profundidade desejada onde as embarcações pudessem adentrar sem a preocupação com o calado. Para o lado de Navegantes foi feita uma linha férrea até na localidade de Pedreiras, trazendo dali os vagões com as pedras até o local que se denominou Pontal – pontal da barra. Do lado de Itajaí as pedras foram retiradas do próprio morro da Atalaia e partes interligadas que se estendem até o Bico do Papagaio. O rochedo que forma a semelhança do pássaro comenta-se que é resultado das explosões que ali eram efetuadas para a retirada de pedras para a construção do molhe. O fato é que Itajaí cresceu e foi pela ação do seu próprio povo. O porto foi e é a base principal do progresso da cidade, do município e de toda a região do Vale do Itajaí-Açu. O livro ITAJAÍ NOS MEUS APONTAMENTOS é especialmente dedicado a todos que têm interesse em conhecer a história antiga e contemporânea desta terra que por Ordem Imperial foi colonizada oficialmente a partir de 1820.