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Um ano de pandemia

Ocupação da UTI chegou ao limite na região

Hospitais ativaram 124 leitos, dos quais só 14 estavam vagos no fim de semana. Itajaí e Balneário Camboriú cobram mais recursos

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Desde agosto de 2020 não há ampliação de leitos intensivos na região {Foto: João Batista}


Passados um ano do início da pandemia, 124 leitos de UTI para covid-19 foram criados na região da Amfri. Do total, 70 deles estão ativados no hospital Marieta Konder Bornhausen e seis no hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, e outros 30 no centro Municipal de Covid de BC e 18 no hospital da Unimed Litoral, em Balneário Camboriú. No final de semana, só 14 desses leitos estavam vagos.

O hospital Marieta começou a pandemia destinando 10 leitos de UTI para atendimento exclusivo aos pacientes de coronavírus, em março de 2020. Depois a quantidade dobrou e chegou a 30 em maio, com nova ampliação. Em junho de 2020, outros 20 novos leitos intensivos foram ativados. A última ampliação foi em agosto do ano passado, com mais 20 leitos, somando os atuais 70 disponíveis contra a covid-19.



Além das UTIs exclusivas para pacientes com coronavírus, o hospital Marieta conta com 25 leitos de UTI geral e 27 leitos de enfermaria. Conforme o boletim do último sábado, a UTI covid estava 94,28% ocupada, com 66 pessoas internadas e apenas quatro leitos vagos. No hospital Pequeno Anjo, que conta com seis leitos intensivos para coronavírus, havia uma criança internada com caso suspeito da doença.

O município cobra do estado a ampliação de novos leitos intensivos. A abertura seria no complexo hospitalar Madre Teresa, junto ao hospital Marieta. Na semana passada, o prefeito Volnei Morastoni (MDB) destacou que a unidade tem capacidade pra abrigar mais 40 leitos de UTI e 60 de enfermaria.


Em setembro do ano passado, a promessa do governo estadual era abrir aos menos 20 novas UTIs em uma das alas do complexo. Com a queda nos casos de covid na época, a ativação não foi feita.

Além das obras, o prefeito ressaltou que o estado também precisa investir na contratação de novos profissionais da saúde. “Mesmo que hoje sejam ativados leitos de UTIs e de enfermaria no hospital Marieta, o hospital está no seu limite máximo. Precisaríamos de recursos humanos complementares”, disse Volnei. 


Centro de covid passou de cinco pra 30 leitos

O centro Municipal de Covid-19 de Balneário Camboriú foi aberto em 20 de março de 2020 para atender infectados de coronavírus, mantendo os pacientes isolados dos outros atendimentos do hospital Ruth Cardoso.

A unidade começou a operar com cinco leitos de UTIs e, em pouco mais de um mês, ampliou a capacidade para 20 leitos intensivos. Em junho, o centro ganhou mais seis leitos e a última ampliação foi feita em agosto, com quatro novos leitos, chegando aos 30 atuais, além de 20 leitos clínicos.

No sábado, a unidade estava com a UTI 90% ocupada, restando três leitos vagos. Além da estrutura no centro de covid, o município conta com 16 leitos de UTI geral ativos no hospital Ruth Cardoso. De acordo com a diretora do hospital, Syntia Sorgato, pra abrir novos leitos de covid seria preciso fechar alguma ala clínica da estrutura, já que o espaço físico está todo ocupado.

O município pediu recursos pra abrir 10 novos leitos de UTI, mas o estado ainda não sinalizou com a ajuda. Syntia informou que foi sugerida ao estado a abertura de leitos intensivos em hospitais da região que tem centros cirúrgicos, como o de Itapema e de Camboriú,  levando em conta que as cirurgias eletivas estão suspensas.


No hospital da Unimed, 10 leitos de UTI foram ativados pra covid no início da pandemia. Hoje, a unidade conta com 18 leitos intensivos. A ocupação era de 93% na manhã de domingo.

Enfermeiro desabafa sobre situação nos hospitais

Um enfermeiro do hospital Marieta Konder Bornhausen desabafou sobre o protesto favorável à volta das aulas e contra as novas restrições no estado e em Itajaí, onde o prefeito recuou da suspensão das aulas presenciais pressionado por pais de alunos e escolas particulares.

Ao DIARINHO ele ressaltou que as pessoas deveriam estar cobrando mais UTIs e mais doses da vacina, além de valorizar o trabalho dos profissionais de saúde nos hospitais. “Agora se aglomerar para pedir voltas às aulas? O pessoal ainda não se tocou do que é uma pandemia e do que é uma calamidade pública?”, questiona.

O enfermeiro observa que o agravamento da pandemia se estende pelo estado e pelo país, com o mundo também em colapso. No entanto, ele avalia que as pessoas não estão dando importância pra essa gravidade.


“Nunca vimos hospitais tão cheios, tantas mortes, profissionais da saúde tendo que se desdobrar para poder fazer mais que sua escala, visto que vários colegas estão morrendo e se contaminando com a covid-19”, relata.

Para o enfermeiro, apesar de a educação ser importante, nesse momento há outras coisas mais prioritárias, incluindo a imunização e a ampliação da capacidade hospitalar. “Estamos no nosso limite, dando nosso sangue e o pessoal só se importa com aquilo que poderia esperar”, opina.

Em Itajaí, são 2049 profissionais da linha de frente da covid entre os grupos prioritários para a vacina. Cerca de mil foram imunizados. No total, o município vacinou 4420 pessoas, sendo 1284 delas com a segunda dose. A prefeitura espera novas doses, enquanto pretende comprar vacinas direto dos laboratórios pra agilizar a imunização.

SC tem 835 leitos de UTI covid

A taxa de ocupação dos leitos públicos de UTI era de 91,5% no sábado, em Santa Catarina, segundo boletim do estado. Da estrutura de 1579 leitos existentes, 135 estavam livres. Na comparação com o boletim de 18 de maio de 2020, quando o governo começou a divulgar a taxa de ocupação total, eram 1210 leitos, com 60% deles ocupados.

Conforme o painel de leitos do estado, hoje são 835 leitos de UTIs exclusivos pra covid. Em 21 abril do ano passado, quando a separação entre UTI geral e UTI Covid passou a ser feita, eram 381.

Ontem, o governo do estado anunciou a abertura de 170 novos leitos de UTI em Santa Catarina, além de 322 novos leitos clínicos, mas nenhum deles fica na nossa região. Os leitos intensivos vão atender hospitais de Chapecó (49), Concórdia (4), Florianópolis (28), Criciúma (20), Jaraguá do Sul (5), Gaspar (10), Indaial (10). Joinville (18), São José (12), São Miguel do Oeste (10) e Xanxerê (4).

Para a região da Amfri, apesar da ocupação hospitalar no limite, a secretaria estadual de Saúde não respondeu sobre qualquer previsão de abertura.




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