A 1ª tenente Fernanda Corrêa Reck, lotada no 7º Batalhão de Bombeiros Militar de Itajaí, é a primeira oficial do comando de Santa Catarina habilitada como piloto de avião multimotor. Foi uma conquista obtida a duras penas, mas também a realização de um sonho de Fernanda, que quebra mais um paradigma nas forças de segurança do estado. Isso porque essa era, até hoje, uma função tipicamente masculina.
Ela também abre uma porta para outras mulheres que queiram seguir o seu exemplo. Foram mais de dois anos de treinamento: ela realizou curso inicial de piloto privado particular para pilotar o avião multimotor, e mais uma qualificação no Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Comando dos Bombeiros Militares de Santa Catarina (CBMSC). Fernanda conta que o grande desafio foi conciliar o seu trabalho no Batalhão de Itajaí com o curso, que realizou em Florianópolis, e sua vida pessoal. Embora ainda não seja mãe, a oficial é casada com um também bombeiro e tem uma casa para chamar de sua.
“Quando decidi que queria fazer a formação, coloquei como objetivo chegar ao final do curso e a partir do momento que tomei essa decisão soube que deixaria momentos em família para trás, que os finais ...
Ela também abre uma porta para outras mulheres que queiram seguir o seu exemplo. Foram mais de dois anos de treinamento: ela realizou curso inicial de piloto privado particular para pilotar o avião multimotor, e mais uma qualificação no Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Comando dos Bombeiros Militares de Santa Catarina (CBMSC). Fernanda conta que o grande desafio foi conciliar o seu trabalho no Batalhão de Itajaí com o curso, que realizou em Florianópolis, e sua vida pessoal. Embora ainda não seja mãe, a oficial é casada com um também bombeiro e tem uma casa para chamar de sua.
“Quando decidi que queria fazer a formação, coloquei como objetivo chegar ao final do curso e a partir do momento que tomei essa decisão soube que deixaria momentos em família para trás, que os finais de semana estariam comprometidos. Mas quando a gente tem um objetivo precisa ter foco, conciliar horários, abrir mão de algumas coisas”.
Fernanda diz que além da satisfação e da alegria de ter realizado esse sonho e do sentimento de gratidão por fazer parte do grupo de pilotos do BOA, tem pleno conhecimento da responsabilidade que está assumindo. “Não basta ingressar na atividade, tem que permanecer nela. Meu desejo é evoluir e me aperfeiçoar nos estudos para continuar contribuindo na atividade e nas escalas do BOA”, acrescenta.
Hoje o Batalhão de Operações Aéreas conta com dois helicópteros e duas aeronaves monomotor Cessna, modelos 210N e 206H, nas operações.
Em parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Secretaria de Estado da Saúde e com a SC Transplantes, essas aeronaves realizam transportes aeromédicos, de órgãos, vacinas, equipes de apoio, entre outras demandas.
Força feminina
Fernanda está há 10 anos no CBMSC e diz que, se hoje está na posição de ser a primeira mulher a pilotar um avião de uma unidade aérea pública militar de Santa Catarina, é porque há muitos anos outras mulheres vêm abrindo os caminhos e conquistando espaços.
“Agora essa porta está aberta para o universo feminino e espero que o meu ingresso no BOA possa incentivar as mulheres que pensam em seguir os caminhos da aviação”, pontua Fernanda. Mas, ao mesmo tempo, a piloto ressalta que é preciso muito esforço e dedicação porque o caminho não é dos mais fáceis. “Mas conquistar nossos objetivos é extremamente gratificante”, arremata.