Matérias | Entrevistão


Waldemar Cezar Neto

"O prefeito da cidade morreu enforcado num quartel na Ditadura”

Jornalista

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]



Quem frequenta Balneário Camboriú já ouviu falar de Waldemar Cezar Neto, o popular Mazinho ou Marzinho. Dono do jornal, agora portal na net, Página 3, ele tem um senso crítico aguçado e um humor ácido. Isso lhe rende muitos amigos, mas também desafetos, como o ex-prefeito Edson Periquito. Em Entrevista à jornalista Franciele Marcon, na semana que Balneário Camboriú completou 59 anos, Mazinho contou sua trajetória na cidade onde reside há 35 anos. Ele fez um raio-x das administrações que já passaram por BC, lembrou dos empresários que ajudaram a construir a cidade e deu até nota ao atual governo. Criticou a falta de educação e memória do povo brasileiro e a extrema direita que, segundo ele, não conhece nem a história de Balneário Camboriú, onde um prefeito já foi assassinado pela Ditadura Militar. As imagens são de Fabrício Pitella. A entrevista completa, em áudio e vídeo, você confere no Portal DIARINHO.net e em nossas redes sociais.

 

 

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DIARINHO - O senhor é gaúcho, mas já viveu no RJ e há 30 anos escolheu BC. O que o fez mudar para Santa Catarina e escolher Balneário três décadas atrás?

Mazinho: Trinta e cinco anos a gente está em Balneário. Até hoje é assim, as pessoas querem morar em Balneário Camboriú. Não sei por quanto tempo vai continuar sendo assim, porque o crescimento é predatório também. Aquela história do paraíso perdido está indo embora… Isso dá para perceber claramente em Porto Belo e Bombinhas, mais acelerado do que em Balneário Camboriú. Mas Balneário era muito bom de morar, continua sendo, mas era muito bom. E como a gente morava no Rio de Janeiro, estava complicada a questão de segurança, tinha duas filhas pré-adolescentes. A gente resolveu sair de lá. Meus pais já veraneavam em Camboriú. Meu irmão morava em Camboriú. A empresa que eu trabalhava no Rio de Janeiro tinha uma filial em Blumenau e eu era o gerente das filiais. Eu me nomeei em Blumenau, mas morava em Balneário, desde o começo já. Ia para Blumenau e voltava duas, três vezes por semana. [Por que era bom morar em BC?] Por exemplo, uma vez a polícia guinchou meu carro porque tava com o vidro aberto na frente de casa, à noite. Cheguei na delegacia, o delegado era o Toninho. Eu digo: “Toninho, vocês roubaram o meu carro”. Ele ficou com vergonha, devolveu a chave. Meu carro estava na frente da delegacia. Eu soube pelo Elias Silveira que falava no “Bote a boca no trombone” de manhã cedo. O carro podia ficar aberto na rua. Acho que se trabalhava menos, era menos acelerado. Eu trabalhei um tempo em Balneário também, depois que eu saí dessa empresa do Rio de Janeiro porque era sofrido ir para Blumenau todos os dias. Eu trabalhei com computadores, que era minha profissão no Rio de Janeiro. Analista de sistemas, programador de computadores, gerente de uma empresa de computação grande que existia na época. Aqui eu dei aula nas empresas, não tinha tanto acesso. Foi uma época boa, dava para ganhar dinheiro e ser feliz.

 


O Spernau que mudou a história da cidade com um planejamento moderno”

 

DIARINHO - O senhor citou duas características: segurança e o fato de a cidade ter crescido. Quais as outras mudanças que percebeu em BC?

Mazinho: Antigamente se entrava no supermercado em Balneário Camboriú e era raro não conhecer alguém. Hoje, não se conhece ninguém. A segurança continua boa. Balneário continua uma cidade segura. Acho que também a gente vai ficando velho, tem menos vontade de sair. Teve a Festa dos Amigos, eu não fui. Faz anos que não vou. Perdeu a graça. Eu gostava nos primeiros anos. Um dia o Spernau era o prefeito e falou assim: “Mazinho, vamos a Blumenau, pode ir junto comigo?”. Eu digo “o que tu quer fazer lá, alemão?”. “Vamos ver a festa dos amigos para ver se a gente traz para cá”. Dito e feito. A gente foi lá, e dois, três meses depois foi realizada a primeira Festa dos Amigos. Era dos amigos mesmo. Não tinha esse negócio de vender camisa. Era uma cidade menor. Uma cidade pequena que as pessoas se conhecem. Isso não tem mais.

DIARINHO - O Página 3 foi um jornal que fez história na cidade. O que lhe fez fundar um jornal em BC? Hoje ele continua digital... Como foi essa mudança?


Mazinho: A mudança é óbvia. Quer dizer, não se vendia mais papel e produzir papel é muito caro. Eu vejo a batalha de vocês aqui produzindo papel. Acho que é um dos últimos que produz papel. Mas vocês tinham uma base boa de assinantes, isso ajuda a pagar os custos que são muito altos. Fundar o jornal não foi uma decisão minha, foi uma decisão da minha mulher e do Bola Teixeira. O Bola era assessor do Pavan, a Marlize era da sucursal do Santa em Balneário. Os dois decidiram abrir o jornal. Convidaram a Geusi Voight, que era comercial do Santa. No começo eram três. Logo em seguida a Geusi saiu e ficaram dois. Eu trabalho no jornal desde o primeiro dia e era funcionário não remunerado. Havia pouquíssimos computadores em BC. Eu tinha e levei para ajudar a montar o jornal.

DIARINHO - Qual avaliação o senhor faz do jornalismo com as novas tecnologias? Quais os avanços e os retrocessos na profissão?

Mazinho: Para a produtividade melhorou muito. Antigamente, para montar um jornal semanal, meu Deus… eram horas, horas e horas de trabalho. Hoje tu faz isso com extrema facilidade. A gente produz jornal minuto a minuto, com três, quatro pessoas. A produtividade melhorou muito. Por outro lado, hoje todo mundo “faz jornalismo”. Qualquer pessoa dotada de um celular hoje é “jornalista”. Isso cria uma série de questões, a falta de informação e fonte confiável. O problema é este, ter muitas fontes de informação e 99,99% não são confiáveis. [E geralmente o leitor vai atrás da fonte que ele gostaria de ouvir, que se sente representado]. É sempre isso. Tu vais conversar com quem te fala coisa boa. E não é quem tá te ajudando, necessariamente. Quem tá te ajudando é quem te fala coisas que tu não gostaria de escutar. Então é educação na veia! Os caras não entendem o que estão lendo. Tem um garçom onde a gente faz happy hour, ele sabe tudo de tudo, é uma enciclopédia, mas se informa pela TV Jovem Pan. Então não adianta discutir com ele, porque ele não acredita nas coisas. Mesmo que você mostre, ele não acredita. As pessoas acreditam em comunismo ainda. Eu vi esses dias uma mulher falando que Bolsonaro vai se associar com o governo do Paraguai para acabar com o comunismo nos dois países. Quer dizer, não dá para viver assim.

 


Está cheio de extrema-direita alimentando paralisação de estradas e afins, que enriqueceram com a coisa pública”

 

DIARINHO - O senhor sempre esteve muito ligado à política. Como analisa os últimos prefeitos de BC?

Mazinho: Jornalista que não está no meio dos políticos não é jornalista. Eu sempre tive uma relação de amor e ódio com eles todos. O Spernau, por exemplo, ele é meu amigo pessoal, e vivia bravo comigo. Ele entendia que era o meu trabalho. Já o Periquito queria palanque, e me chamava de bandido: “esse jornalista bandido”. Eu continuo sendo jornalista e ele não pode mais ser político. Os direitos políticos dele foram cassados. O Fabrício, o povo aprova a gestão dele. Eu só acho ele muito apaixonado por ele mesmo. Era um rapaz mais simples, pé no chão. Agora ele anda muito deslumbrado. Um dia desses um político do partido do Fabrício disse: “eu tô bravo com o Fabrício porque o Fabrício não faz as coisas que eu quero”. Eu queria deixar claro que eu tô bravo com o Fabrício porque ele faz as coisas que ele não deveria fazer. [Cita uma?] Eu acho, Fabrício, que tu não deverias te associar ao bolsonarismo, não é a tua história. Tu não foste eleito para isso. Tu não precisas disso.

 

O crescimento da cidade é predatório também. Aquela história do paraíso perdido está indo embora”


 

DIARINHO - O legislativo de BC fez história em SC ao eleger, por exemplo, o primeiro vereador do PV do estado. Qual a visão atual da Câmara e dos Vereadores?

Mazinho: Virou uma geleia geral, assim como o Congresso. Todos eles estão no colo do prefeito. A gente só tinha uma corrente de oposição, que era o MDB; o PT aqui é muito fraquinho. Uma cidade precisa de oposição, não pode ser tudo governo. Uma oposição responsável e centrada, que provoque a alternância de poder. Não sei quem foi que falou que políticos e fraldas devem ser trocados com frequência – e pelo mesmo motivo.

 

“Mas as pessoas não se deram conta que Bolsonaro é um capitão do Exército que queria dar um golpe militar, instituir uma ditadura, que ele seria o rei”

 

DIARINHO - O senhor já exerceu cargos de assessoria na área pública, como na Câmara de Vereadores, e teria o desejo de assumir a comunicação da prefeitura de BC. Realmente gostaria?

Mazinho: Não gostaria. Nunca recebi esse convite e não gostaria. Eu tive a experiência na câmara, durou cinco meses e foi bem ruim. Eu acordo 4h, às vezes antes. Começo a trabalhar muito cedo e vou até tarde. Lá na câmara eu chegava 7h, 7h30, e não tinha ninguém. Só a faxineira e eu. O trabalho era inútil. Empresa pública não é o meu perfil. Eu não tenho vontade de voltar à coisa pública nunca mais. (...) Uma pré-candidata a prefeita me procurou esses dias. Eu falei: chama o Auri Pavoni. O Auri também tem ideias precisas sobre educação. A importância da educação para uma cidade como BC cabe para Itajaí também. Todo prefeito, inclusive o atual, eles colocam no plano de governo que vão fazer isso, isso e aquilo na educação profissionalizante. O nosso [Fabricio] não fez nada. São seis anos e meio. Não tem nada. Qual o futuro de um garoto, classe média baixa, que está estudando em BC na escola pública? Qual o futuro profissional dele? Vai ser porteiro, é isso? Não é esse futuro que a gente quer para os nossos jovens. O município poderia estar dando ensino formal, profissionalizante. E por que não fazem? Não fazem porque não dá voto. Eles querem asfaltar ruas e essas bobagens. Prometeram uma nova vertente econômica com base tecnológica. Onde está? Governar a cidade não é só asfalto. Ao contrário, você desenvolve a cidade de outra forma.

 

 

“Governar a cidade não é só asfalto”

 

DIARINHO - BC teve governos mais ligados à centro-esquerda. Nos últimos anos, todos os candidatos se mostraram mais ligados à direita. O prefeito Fabrício se elegeu por um partido de centro-esquerda, o PSB, e nos últimos anos deu uma guinada à direita, chegando ao PL. Como o senhor avalia esse movimento?

Mazinho: Por voto! O eleitor é predominantemente de direita e o caras são bem cafetinos, eles trocam. O Fabrício era PSDB. Depois foi para um partido socialista e hoje virou bolsonarista. Foi para a direita por voto, por utilitarismo político. Se amanhã o PT se tornar tão popular quanto foi no passado, e o bolsonarismo for maldito, eles vão voltar, vão virar de esquerda de novo.

 

“Esses extrema-direita doentes, os caras ligam lá para o jornal, ameaçam. Esse tipo de gente tem que ir para a cadeia”

 

DIARINHO - BC se demonstrou uma das cidades com a população mais conservadora, que deu maciço apoio ao ex-presidente Bolsonaro. Por que a cidade se identifica tanto com o discurso da extrema-direita?

Mazinho: Porque ela enriqueceu. A cidade não tem pobre. BC tem pouco pobre. [Mas todo rico tem que ser direita, então?] A maioria é. Extrema-direita é uma aberração nacional. Uma pequena quantidade. São pessoas doentes. Bater continência para pneu, esse tipo de coisa, é coisa de doente. O cara ser de direita é uma opção legítima dele. Só que o Bolsonaro não é de direita, é de extrema-direita. [BC deu a maioria de votos para um candidato de extrema-direita!] Mas as pessoas não se deram conta que o cara é um capitão do Exército que queria dar um golpe militar, instituir uma ditadura, que ele seria o rei. Será que é tão difícil as pessoas entenderem isso? Para mim, é tão transparente. Nós, como jornalistas, não podemos perder a perspectiva. Por exemplo, o Collor eu publicava na capa do jornal: “Fora Collor”, toda santa edição tinha lá. Com o Lula, a gente dizia: “lugar de larápio é na cadeia”. Nós publicávamos isso dentro do jornal, e ninguém nunca veio incomodar. Nesse governo Bolsonaro, esses extrema-direita doentes, os caras ligavam lá para o jornal, ameaçavam. Esse tipo de gente tem que ir para a cadeia! Isso que o Xandão [Alexandre de Moraes, ministro do STF] está fazendo, colocando na cadeia. Como você vai tocar fogo em Brasília?! Não gostar do PT, tudo bem. Ser de direita, conservador, acreditar na bíblia, tudo isso é um direito, tem que ser respeitado. O que não pode é ser de extrema-direita – que é o caso de alguns. Depois, está cheio de extrema-direita alimentando paralisação de estradas e afins, que enriqueceram com a coisa pública. Contratos com a Petrobras milionários, financiamento com a indústria de pesca. [E as pessoas que têm os filhos matriculados na rede de escola pública, usam o sistema público de saúde e pedem a privatização de tudo…] É! O que o último governo federal fez por Itajaí, por exemplo? Não fez nada. Não deu uma palha por Itajaí e ainda deixou o porto fechado. O que ele fez por BC? Não fez nada. [E por Santa Catarina?] Santa Catarina, não sei. Mas eu sei o que acompanho. A “maldita” Dilma Roussef deu para BC o Centreventos, que era um sonho de 50 anos. Foi ela que deu. Nunca foi a BC, nunca pediu um voto lá. O “Fernando Henrique, o comunista”! Essa gente está maluca, FHC deu para BC a Interpraias. Uma estrada de 16 quilômetros, a maioria dos municípios não tem isso. Uma estrada na beira da praia com 16 quilômetros, nos deu de presente para comprar a reeleição. Os bons da boca [governo Bolsonaro] deram o que para nós? Onde nos ajudaram a nos desenvolver?!

 

“Fabrício, tu não deverias te associar ao bolsonarismo, não é a tua história. Tu não foste eleito para isso. Tu não precisas disso”

 

DIARINHO - Os candidatos que se destacam para as eleições municipais de 2024 têm um discurso de extrema-direita, muito ligado ao bolsonarismo e à pauta religiosa e de costumes. Como o senhor avalia esse cenário?

Mazinho: Esse é o modelo dominante entre o eleitorado neste momento. Pode ser que daqui a pouco não seja. Vai depender do que vai surgir do rescaldo do bolsonarismo. O Bolsonaro está inelegível. Pode ser que mais adiante ele se transforme em réu. A história que vai dizer a força dele como líder destes movimentos de direita. O eleitor, por enquanto, é direita. Mas eles são direita meio gozada. [O senhor acredita que no Brasil exista mesmo uma direita e esquerda?] Não tem esquerda. Tem algumas pessoas que se posicionam contra a extrema-direita e eu sou uma delas. Eu detesto extremos de qualquer tipo – seja direita ou esquerda. A maioria das pessoas não conhece a história da Ditadura. Se conhecesse, seria muito cautelosa  em relação a essas brincadeiras de ir para frente de quartel. Basta ler! Pega os cinco livros do [Elio] Gaspari, tem 500 páginas, é a história do Brasil, tem que ler. A história que estava se desenhando no Brasil é muito parecida com a da Venezuela. Um milico de baixo escalão dá um golpe, instaura uma ditadura e era isso que estava acontecendo no Brasil de Bolsonaro seis meses atrás. Um sujeito que foi convidado a se retirar do Exército por ser um mau militar, e estava dando um golpe militar para se perpetuar no poder. A história da Venezuela é essa. [Por que não deu certo o golpe do Bolsonaro?] Porque a democracia ainda é mais forte. Os militares também estão escaldados com a ditadura. O grosso dos militares carrega esse peso das bobagens que os antecedentes fizeram. Como foi ruim o que ocorreu no Brasil. Em BC é curioso porque o prefeito da cidade morreu em um quartel na Ditadura. Está provado que não fez nada. Ele não roubou, ele foi dedurado por um dedo duro. Higino Pio morreu enforcado em um vão mais baixo que a altura dele. Ficou provado que foi uma simulação de suicídio; ele foi morto pela Ditadura.

DIARINHO - O Renan Bolsonaro se ligou a empresários da região e ensaia uma candidatura no ano que vem. Qual sua opinião sobre essa possibilidade?

Mazinho: Ele tem o direito de se candidatar ao que quiser, até Mister Músculo, mas seria um absurdo eleger um guri desse para dirigir uma cidade. Ele não tem experiência nenhuma. O pai dele pelo menos tinha 30 anos de política – 30 anos de política medíocre, mas tinha. Renan tem 25 anos, qual é o estofo que ele tem para governar uma cidade como Balneário Camboriú? Ele sequer é da cidade, não conhece. Tá em um emprego que é um emprego arranjado pelo senador Seif.

DIARINHO - Na sua visão qual o melhor prefeito que BC teve e por que?

Mazinho: São dois. O Pavan, porque Balneário era uma vila quando o Pavan pegou e mudou a história da cidade. O Spernau que mudou a história com um planejamento moderno. O Spernau é uma descendência do Pavan, porque o Spernau já era o planejador na época do Pavan. Quando o Pavan saiu, o Spernau que tocou. Mas foram esses dois, os dois melhores, eu acho. O Pavan fez todos os postos de saúde da cidade. O Spernau fez, pelo menos que eu me lembre, três grandes colégios: Nova Esperança, o Ariribá e o Santa. O Fabrício não fez nenhum e derrubou um. Se ele não se cuidar vai passar para a história como o único prefeito de Balneário Camboriú que não fez nenhum colégio e derrubou um que existia, o Ciep. Na verdade, eu tô sendo injusto com o Fabrício. Não há necessidade de construir. BC não precisa de mais colégios porque o número de alunos em escola pública está estabilizado.

DIARINHO - BC teve perdas recentes de empresários como Júlio Tedesco, Nelson Nitz e Jorge Caseca. Todos em algum momento foram vistos como visionários. O que BC ficou devendo a eles?

Mazinho: O Júlio foi o maior investidor de turismo na história da cidade. Balneário deve muito ao Júlio. Ele investiu em turismo, além de ter sido o rei do turismo de férias durante 20, 30 anos. Eu estava pensando esses dias… há uns três anos eu fui pescar lá no município de Mostarda, Tavares, já chegando perto do Uruguai. Tava comigo o Edson da Casan, que já morreu. O Nelson Nitz, que morreu. O Ruy da Casan, que teve um AVC agora, tá bem doente. Eu olho para os lados e me cuido. Até parei de pescar. Eu sinto muita falta deles.

DIARINHO – Qual a sua avaliação dos governos Lula e Jorginho?

Mazinho: No governo do Bolsonaro, todos os dias era um sobressalto. Parecia um estado de beligerância permanente, que era o estilo dele. Sempre ter um inimigo, um dragão, uma coisa para matar. No governo Lula, a gente respira muito mais aliviado. Eu, pelo menos, respiro muito mais aliviado. Acho que a gente agora está numa normalidade democrática. O Jorginho, eu nunca gostei. Sempre achei ele um péssimo político. Me lembro que ele era muito ligado ao PT. Agora ele é muito ligado ao outro lado. Vamos ver o que vai fazer. Para mim, até agora, não fez nada. Tô esperando. Eu tinha muita esperança que, como o Jorginho é tão amigo do Fabrício, que pelo menos eles mandassem uma grana lá para o custeio do Hospital Ruth Cardoso, que atende toda a nossa região aqui... [E qual nota dá ao governo Fabrício?] Eu acho que 7,5 tá bem dado. O que o Fabrício fez foi embelezar a cidade. Ele alargou e poluiu a praia. Nós não tivemos balneabilidade no verão, não vamos ter na próxima temporada, provavelmente. Talvez não tenhamos nem na outra. Serão mais cinco, seis anos, sem balneabilidade.

 

 

Raio X

 

Nome: Waldemar Cezar Neto

Natural: Porto Alegre (RS)

Idade: 68 anos

Estado civil: casado

Filhos: duas; cinco netos

Formação: Cursou TI, Economia e Jornalismo

Trajetória profissional: gerente de empresas no Rio de janeiro e Santa Catarina; especialista em informática da empresa Burroughs. Colaborou na fundação, há 32 anos, do Jornal Página 3. Ex-diretor de comunicação da Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú, consultor em comunicação e soluções de TI.




Comentários:

juarez rezende araujo

21/07/2023 22:29

Este cara tem a História da Cidade de Balneário Camboriú na mão.Mas dar 7,5 pro prefeito tamanduá foi muito.O maldoso demoliu o Ciep,faz dois anos que não da o piso nacional do magistério e dia sim e outro também viaja pra Dubai,diz que vai trazer algo pra cidade. ..

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