Após nove anos à frente da UniAvan, a antiga Faculdade Avantis, Mohamed Hussein Abou Wadi deixou o comando da instituição na última terça-feira. A destituição do cargo ocorreu após uma queda de braço pelo comando que vinha ocorrendo desde o falecimento do fundador da instituição, Artenir Werner, em dezembro de 2020, por complicações da covid-19. Mohamed confirmou a saída em um post nas redes sociais.

Com a saída de Mohamed, o vice-presidente Arnoldo Werner Neto assumiu a presidência. A decisão de destituir Mohamed foi tomada em uma reunião na segunda-feira, com todos os membros do ...

Com a saída de Mohamed, o vice-presidente Arnoldo Werner Neto assumiu a presidência. A decisão de destituir Mohamed foi tomada em uma reunião na segunda-feira, com todos os membros do Conselho da Administração. Na próxima segunda-feira acontecerá a escolha do novo vice-presidente.

Através de uma nota, Arnoldo reafirmou o compromisso de dar continuidade ao sonho de seu pai e transformar a UniAvan em uma das melhores instituições de ensino do país. “Promover uma gestão voltada aos princípios da governança corporativa e exclusivamente em favor dos interesses da companhia”, declarou como objetivo.

Arnoldo tem sua carreria profissional ligada ao ramo do varejo, com mais de 20 lojas do segmento têxtil. “Em virtude de seu olhar aguçado para os negócios e experiência em expansão de empresas, foi convidado a integrar o time de gestão da UniAvan que, à época, começava a expandir nacionalmente o ensino à distância”, informou a UniAvan, em nota. 

Mohamed enalteceu números da Uniavan

Já Mohamed se pronunciou sobre sua saída por meio de um texto publicado no Instagram [veja íntegra no site DIARINHO.net] e destacou os números que a universidade conquistou. “A Avantis, antes pequena, abandonada e pouco relevante, transformou-se na UniAvan, centro universitário com nota máxima do MEC, e passou a valer milhões, além de se tornar uma das grifes educacionais mais importantes de Santa Catarina, crescendo a passos largos contra a maior crise econômica e política que já existiu no país”, disse.

O ex-presidente reforça que a morte de Artenir Werner foi um divisor de águas. “Infelizmente, esse sonho começou a virar um pesadelo com o falecimento do meu querido amigo e sócio Altenir Werner, que dentre todas as opções que ele tinha, por ser majoritário na sociedade, me escolheu para ser o presidente da instituição, e diante da realidade, determinou a confecção de um acordo de acionistas me mantendo no cargo caso ele nos deixasse. O fato, entretanto, é que após o falecimento do Sr. Artenir começou uma disputa pela cadeira da presidência da UniAvan...”, revelou.

Mohamed ainda reforça que a UniAvan não pertence apenas aos seus acionistas, mas também aos seus alunos, professores, colaboradores e comunidade de Balneário Camboriú e região.

“Independentemente do que o futuro me reservar, independentemente da cadeira que vou ocupar, irei agir nos termos da lei para fiscalizar de perto eventual nova gestão. Meus votos, por certo, serão destinados para o engrandecimento da companhia e para o bem coletivo, assim como eu sempre agi e continuarei agindo”, finalizou.