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Por Coluna esquinas -

50eDoisMil


Nos anos 80 o mundo foi sacudido por notícias de uma doença transmitida pelo ato sexual. Os usuários de drogas injetáveis e homossexuais foram o principal grupo de risco no começo da AIDS que deixou registrados 74,9 milhões de pessoas infectadas, com 32 milhões de mortes até hoje.

Os perigos de novas epidemias são conhecidos desde então. Catástrofes revelam que somos fracos de memória e, ao que tudo indica, não aprendemos. Epidemias como Hendra em 1994, Nipah em 1998, Sars em 2003, Mers em 2012 e 2014 mostram que não conseguimos suportar a ideia de que é urgente reduzir o ritmo de produção industrial e consumo para controlar os vírus que surgem.

Moramos em um planeta com recursos finitos e usamos o (pouco) tempo que temos para convencer outros humanos do óbvio: uma vida vale mais do que uma porta de loja aberta. Vírus novos estão se tornando os predadores mais cruéis da raça humana. Nós, autodenominados Homo Sapiens, não demonstramos qualquer sinal de empatia ou humildade quando a pandemia pode ensinar que o outro é compromisso nosso.

E, se observarmos as datas indicadas acima, teremos isolamentos, quarentenas e distanciamentos em muitas outras pandemias, mais cedo do que pensamos.

No começo do século 20, o mundo passou pela gripe espanhola que matou ¼ da população mundial na época. Logo vieram as duas grandes guerras mundiais. O século XIX acabava ali. Com a Covid-19 viramos o século, muita coisa pode mudar. Mas não é o calendário que muda comportamentos, são as experiências humanas que constroem o tempo. Essa pandemia tem mostrado que temos limites e só há uma escolha dentre duas opções: ou admitimos nossos limites ou seremos extintos se mantivermos o status quo vigente.

51.246 mortos no Brasil. Não são apenas estatísticas. Morreu ali a menina sorridente, o pai que fazia um risoto como ninguém, aquele velho senhor que tinha uma memória intocável, o filho que a empregada teve que levar junto porque tinha que trabalhar, a adolescente com planos futuros, o professor que irradiava alegria com seus alunos, a enfermeira no batalhão de frente. Morreram pequenas histórias que fazem deste um país de humanos corajosos.

Ouvindo cientistas sociais (que tantos crucificam no caos político em que o país foi jogado) algumas lições podem ficar: o conceito de que possuir menos bens é benéfico ao planeta e morar perto do trabalho reduz o estresse. Novas experiências culturais imersivas chegarão, aumentará o êxodo urbano e trabalhos coletivos crescerão. Novas realidades que podem chegar ou partir na mesma rapidez e podem mudar aquilo que ainda insistimos em chamar de “normalidade”. 

Quando as crises afetam a estrutura das sociedades há também um tensionamento e mudanças chegam. Sejam elas individuais ou coletivas.

Mas como é possível esperar que a humanidade ouça sobre tamanho problema, se nem sequer consegue compreender que a história serve para não repetirmos erros?


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