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Coluna esquinas

Por Coluna esquinas -

Entre a pluma e a montanha


Li uma frase oriental sobre a morte e meus pensamentos foram levados para longe:            “Morrer é mais leve que uma pluma. Viver é um fardo tão pesado quanto uma montanha.” Morte?  Assunto tabu em rodas de conversas. Evitamos falar querendo afastá-la dos nossos dias.

Entre levezas e fardos, povos do mundo demonstram atitudes diversas em se tratando da morte. Quando falo de atitudes diante da morte penso também que as singularidade e beleza da morte estão em nossa atitude em senti-la como parte da vida.

Morremos todo dia e escrever é um dos redutos em que aprendemos sobre a arte de morrer. Escrevo aqui toda semana e já no dia seguinte meu texto enrola peixes no mercado ou envolve os restos do almoço.

Nossa atitude social diante de idosos abandonados em asilos, deficientes físicos excluídos, afros vistos como suspeitos ou obesos ridicularizados em programas de TV inviabilizam a vida, mas não são vinculadas à morte. Inviabilizamos a vida sendo intransigente com um humano rindo de suas diferenças e cegos para as nossas estranhezas.

Percebam que olhamos a morte como o fim e dia após dia matamos o que há de melhor na vida. Gentileza, generosidade, simplicidade compõem essa vida e fazem dela o mais singular dos momentos. Morte é um tabu para aqueles que vivem excluindo, julgando ou negando a diferença.

A vida é um fardo sim, afinal ouvimos demais sobre os encantos capitalistas e suas promessas efêmeras. Não morra antes de perceber o humano que habita em você.

Conta uma história grega de que um rei, cansado de ver os olhos invejosos de seus conselheiros, convidou a todos para um banquete.  Com mesa bem decorada, perfumes e um manjar requintado regado com bom vinho, os convidados sussurravam sobre o privilégio de uma vida como rei. Certa hora, o rei pede a todos que olhem para o teto do palácio. Sobre suas cabeças estava uma afiada espada suspensa. Imediatamente todos pararam de comer com tremedeiras de medo.

O que aprendo com essa história? Não são os bens, luxo ou regalias que fazem de nossas vidas um surpreendente espetáculo e sim o gosto prazeroso de estar vivo, pulsando.

Fica a dica:

O filme O Escafandro e a Borboleta (Ano 2007. Direção: Julian Schnabel). Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) tem 43 anos, é editor da revista Elle e um apaixonado pela vida. Mas, subitamente, tem um derrame cerebral. Vinte dias depois, ele acorda. Ainda está lúcido, mas sofre de uma rara paralisia: o único movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Bauby se recusa a aceitar seu destino. Aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto, e forma palavras, frases e até parágrafos. Cria um mundo próprio, contando com aquilo que não se paralisou: sua imaginação e sua memória.


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