Filho do Nicolau, irmão do Janga e do Tonho, marítimo por vocação, líder na produção pesqueira. É um dos pioneiros na pesca da Castanha – uma espécie de corvina que vive em cardumes nas águas profundas, própria dos mares do sul, que migra em rumo norte na época de desova. Entre os meses de julho e novembro, Zé Natal viaja até o limite das águas territoriais brasileiras com as do Uruguai, juntamente com outros barcos para fazer a safra da Castanha. Prático no sistema moderno de captura – que é monitorado por computador – em apenas um lanço completa a carga do barco que é descarregado no porto do Rio Grande, logo sai para nova etapa. O cardume é localizado por sinais luminosos na tela instalada junto à cabine de comando – sinais emitidos pelas câmeras no fundo do barco e no calão da rede. Uma boa safra pode render até oitocentas ou mil toneladas. Em média cada barco consegue a metade dessa quantia. Fora da época da Castanha, Zé Natal forma uma parelha de arrastão com outro barco da mesma empresa e passa a trabalhar na costa catarinense que é abundante em corvina, pescada e misturas de boa qualidade. Investindo em seu próprio negócio, Zé Natal entrou no ramo hoteleiro e hoje se destaca com o seu bem estruturado HOTEL NATAL, um dos mais bem equipados da região.

Localizado bem próximo ao Parque Beto Carrero, é bastante preferido pelos turistas do Brasil e dos países vizinhos como Uruguai, Paraguai e Argentina. Outra importante capacidade do Zé Natal foi quando jogava futebol. Embora nunca tenha jogado profissionalmente foi um dos melhores atacantes e goleadores da região na sua época. Há vários anos Zé Natal é embarcado no barco Primavera XVII - que pertence à empresa ‘Lusitana’, sediada em Navegantes, que tem cais próprio nas proximidades da ponte sobre o rio Itajaí-Açu na BR 101. Seu nome completo é José Natal dos Santos, pois fora nascido no dia 25 de dezembro. Por todos os seus feitos ao longo de sua vida profissional como mestre de barco pesqueiro, sem dúvida, ele pode ser considerado um verdadeiro campeão.