Memórias & Fatos
Por Memórias & Fatos -
S O S Idosos
Bem diz o ditado que ‘quanto mais se vive mais se aprende’... Na minha carreira de escritor, desde o primeiro livro editado sempre banquei o custo gráfico para assim obter um melhor resultado na empreitada. Embora com muito sacrifício, mas por minha paixão pela literatura, consegui ultrapassar a casa de 30 obras editadas. A saída lenta e o estoque acumulado exigem um equilíbrio muito acentuado. Nas livrarias só se deixa em consignação...
De modo que somente ao longo do tempo é que se vai sendo ressarcido do capital empatado. Nos últimos tempos tenho recorrido ao empréstimo compulsório para cobrir despesas com as edições. De modo que 20 ou 30% dos meus proventos de aposentadoria ficam comprometidos mensalmente. Mas estou feliz por estar em plena atividade e contribuindo com a nossa cultura. Nesse ritmo eu venho há anos e com o propósito de continuar produzindo com registros importantes para a história e legando conhecimentos a estudantes de todas as classes. O que eu não pensava era que encontraria barreiras intransponíveis nesse caminho de sonhos... Com um novo livro a editar, fui ao banco para obter um crédito consignado e fui barrado de imediato... Disseram-me: - Você não tem mais o direito de fazer empréstimo porque já fez 80 anos... Para quem tem essa idade o banco não libera mais. Argumentei que era consignado, descontado automaticamente da aposentadoria... A resposta foi não. De acordo com a lei, não pode. Saí frustrado, não entendendo essa discriminação com o idoso. Um descaso preconceituoso como se a pessoa idosa não fizesse mais parte da sociedade. Onde está o direito constitucional? Apelo aos senhores congressistas para que revoguem esta lei. Para bem dos idosos que passam por esses vexames. Devolvam o direito ao cidadão de 80 anos para que seja igual aos demais em todos os sentidos. A pessoa idosa tem experiência de vida. E se está em atividade, prova que é capaz.