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Na área da panificação, além da sujeirada os policiais viram baratas, ratos e um gato passando pela área de produção, entre outras irregularidades de higiene.

Na área da panificação, além da sujeirada os policiais viram baratas, ratos e um gato passando pela área de produção, entre outras irregularidades de higiene.

Ao constatar a gravidade da situação, a PM acionou imediatamente a equipe de Vigilância Sanitária. “Encontramos um local totalmente impróprio e com sérios riscos à saúde pública. A fábrica foi interditada e seguimos atuando para garantir que nenhum produto irregular continue em circulação”, explicou o diretor da Vigilância Sanitária, João Íris Romera.

O local funcionava sem qualquer licença sanitária e em condições extremamente insalubres. Durante a inspeção, foram constatadas infrações como ausência de alvará, armazenamento impróprio de ingredientes, ambiente inadequado para produção de alimentos e manipulação sem supervisão técnica.

O responsável pelo local chegou a ser detido e responderá, a princípio, por crime contra a saúde pública.

O depósito foi limpo pela equipe da prefeitura nesta segunda-feira e todo o material apreendido está sendo descartado de forma segura, impedindo que produtos em condições inadequadas continuem circulando.

Abastecia mercados

Segundo a equipe de fiscalização, o espaço abastecia mercados e comércios sem qualquer controle de qualidade ou condições mínimas de higiene. As buscas continuam para rastrear os produtos já distribuídos e avaliar a responsabilidade dos mercados que receberam os produtos.

Até o momento, os mercados e pontos de venda são tratados como vítimas, mas a situação será apurada pelas autoridades competentes, conforme informou a prefeitura.

Funcionários vivendo no chão sujo

Conforme relatório da PM sobre a ocorrência, dois funcionários estavam morando no galpão. Eles dormiam em colchões no chão, numa sala ao lado da fábrica de gelo e trabalhavam na produção de gelo e de pães. “Assim que a guarnição teve acesso à área onde residiam os funcionários foi confirmada a situação insalubre, camas de casal ao solo, sujas e com odores, geladeira suja, além de fogão e panelas impróprios para utilização. Todos os fatos anexados em fotos e vídeos”, informou a PM.

Na verificação, também foi questionado sobre a carteira de trabalho dos funcionários. O responsável respondeu que eles não trabalhavam registrados e recebiam apenas os pagamentos de “diárias”. A situação será apurada pelo Ministério do Trabalho.

A prefeitura de Itapema orienta que denúncias sejam encaminhadas pelos canais oficiais da Vigilância Sanitária ou pela Ouvidoria Municipal. O secretário de Saúde, Fabrício Lazzari, o Fafá, também se manifestou: “Não vamos tolerar esse tipo de prática na nossa cidade. Saúde pública é coisa séria. Nossa equipe agiu com responsabilidade para proteger a população. Quem coloca vidas em risco será responsabilizado”, comentou.