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Alarmante

70% das denúncias sobre locais com risco de dengue são confirmadas em Itajaí

Só em 2024 já são 990 denúncias de moradores. Há 6831 casos confirmados da doença, com 23 mortes neste ano

Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

A prefeitura pede ajuda da comunidade para eliminar água parada e combater a dengue (Foto: Marcos Porto)


O Programa de Combate à Dengue de Itajaí recebeu 990 denúncias sobre locais com água parada só em 2024. São quase 300 denúncias a mais do que no ano de 2023 inteirinho, quando foram registrados 704 casos. Das solicitações deste ano, somente cerca de 30% não se confirmaram. O restante é batata: tem risco de proliferação do mosquito ou já tem foco do Aedes.


As denúncias se refletem nos números alarmantes vividos em Itajaí. São 6831 casos confirmados da doença, com 23 mortes neste ano. O município já ultrapassou as 26 mil notificações, com ...

 

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As denúncias se refletem nos números alarmantes vividos em Itajaí. São 6831 casos confirmados da doença, com 23 mortes neste ano. O município já ultrapassou as 26 mil notificações, com 21 mil casos prováveis. Os números preocupantes da dengue em Itajaí incentivaram o coordenador do programa de Combate à Dengue, Lúcio Vieira, fazer um apelo desesperado: “a população precisa nos ajudar!”.



Segundo Lúcio, os agentes de endemias têm percebido que muitos moradores, em vez de fazer a sua parte e eliminar os focos da dengue, têm acionado a prefeitura. “A população tem que se ajudar. Nós da saúde temos o nosso limite, nós fazemos aquilo que podemos e atendemos a todas as denúncias, mas a população tem que entender que ela também é parte fundamental na eliminação dos criadouros, no controle da dengue. Precisa olhar o seu quintal e agir!”, explica.

Lúcio comenta que o programa chegou ao ponto de receber denúncia até de proprietário da casa onde há risco de proliferação do mosquito. “Falta envolvimento. Muitas vezes a população está batendo a foto de um pote de água lá no terreno e mandando para nós. A gente pede que a população também nos ajude a eliminar esses locais com água parada. O mais engraçado é que estão denunciando dentro da própria casa. O proprietário denunciando o inquilino...”, desabafa. “É a minha residência, eu tenho que cuidar do meu bem-estar, da comunidade, da saúde, da coletividade... Está muito individualista, está todo mundo pensando somente em si”, completa.


Lúcio lamenta que muitos vizinhos prefiram fazer denúncias do que se ajudar. “Não tem mais contato. O vizinho está denunciando a vizinha, mas um não pode falar com o outro. Falar com o vizinho, não chamando a atenção, mas orientando, que tem um local com água parada. Estão esperando que a prefeitura faça tudo. Nós aqui da saúde realizamos todas as atividades sabendo que, muitas delas, o próprio morador pode realizar, pode nos ajudar... Isso aumenta a demanda e a gente também fica em uma situação que precisamos atender as prioridadse.  “Precisamos trabalhar com a certeza neste momento”, explica.

 


Onde o risco de proliferação de dengue é real

Terreno com mato alto não significa risco de dengue; mosquito precisa de um recipiente para depositar os ovos até eles eclodirem (foto: leitor)

Terreno com mato alto não significa risco de dengue; mosquito precisa de um recipiente para depositar os ovos 

 

Segundo o Programa de Combate à Dengue, as equipes da saúde verificam uma média de 20 denúncias por dia. Do total de denúncias, entre 20% e 30% são situações que não têm risco para proliferação do aedes aegypti e geralmente são denúncias de mato alto, água empoçada em calçadas ou no chão, terrenos com valas com água, entre outras. “Isso se torna um problema, pois deslocamos um agente que poderia estar em outro local onde realmente há risco à saúde. Por isso, a importância de uma denúncia clara e com foto do possível criadouro”, completa Lúcio.

O coordenador do programa destaca que a fêmea do mosquito só põe ovos em locais onde há uma parede artificial, ou seja, uma borda, pois é no contato com a água que os ovos eclodem e geram as larvas que darão origem ao mosquito. “As situações mencionadas, como mato alto, água parada no chão, água suja, etc., podem favorecer a proliferação do pernilongo comum, mas não têm risco para o Aedes. Essa diferença precisa ficar clara para a população”, explica.


O canal de denúncias é o aplicativo Conecta.í. “A solicitação deve ser a mais objetiva possível, com foto do possível foco/criadouro e endereço completo do local. No próprio aplicativo, o morador pode acompanhar o andamento de sua denúncia”, explica.

Mato no Fayal

Uma das denúncias que não se confirmou nesta semana foi a do terreno do colégio Fayal, na rua Almirante Barroso, no centro, que está com mato alto e segundo a denúncia com “risco de dengue”. “O mato alto está aumentando a quantidade de mosquitos naquela região”, diz a denunciante.

Via aplicativo Conecta.í, a denúncia foi feita à prefeitura e houve retorno no app após a checagem. Os fiscais fizeram a checagem, mas concluíram que o local não oferece risco para proliferação do mosquito da dengue, porque não tem recipiente ou outro local para o mosquito depositar os ovos. O mato alto, conforme a denúncia, aumentou os casos de pernilongos comuns.

Piscina abandonada no São Vicente preocupa


 

Agentes da prefeitura vão checar denúncia de piscina sujona na rua Olavo Bilac (foto: leitor)
Agentes da prefeitura vão checar denúncia de piscina sujona na rua Olavo Bilac (foto: leitor)

 

Outro criadouro do aedes aegypti preocupa moradores do bairro São Vicente. Uma piscina estaria com água parada há meses na rua Olavo Bilac. A água, que deveria ser tratada regularmente, está verde.

Um dos moradores revela que os proprietários só limpam a piscina quando vão  usar. Para o denunciante, o local encontra-se num estado “deplorável”.

O morador conta que tentou fazer a denúncia pelo aplicativo Conecta.í, mas não conseguiu. Segundo ele, o aplicativo não estava funcionando.

O Programa de Controle da Dengue confirmou que recebeu a denúncia da piscina e em breve fará uma vistoria no local. Já sobre o app, a prefeitura informou que está funcionando normalmente. Caso o denunciante encontre alguma dificuldade com o celular ou tenha algum problema, pode recorrer à ouvidoria do município.




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