Fazendo de bobo
Doação fake de móveis causa confusão em Barra Velha
Anúncio falso no Facebook levou dezenas de pessoas para um endereço que nem existe
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Desde a última segunda-feira, dia 25 de março, moradores da rua Paulo Silveira, no bairro Icaraí, em Barra Velha, estão se confrontando com uma situação inusitada: uma verdadeira romaria de pessoas pedindo doações de móveis, eletrodomésticos e utensílios que estariam à doação nesta mesma rua, no número 132.
Acontece que este número nem existe e os moradores do local disseram que já passaram pelo menos 40 interessados pela via pública em busca das doações do mobiliário e utensílios. De acordo com a proprietária de iniciais I. B.G., a situação é preocupante, porque os moradores estão perdendo a tranquilidade de tanta gente que vai até o local em vão.
Segundo ela, não há casa ou apartamento de número 132, mas houve uma postagem no Marketplace, espaço de compras, vendas e doações da rede social Facebook. “Só que os produtos oferecidos são reais; aqui na nossa rua, não”, observa.
Desde segunda, várias pessoas começaram a ir até a Paulo Silveira, na busca pelo número 132 para ganhar as doações. De acordo com I., veio até interessados de cidades vizinhas.
A postagem no Marketplace, segundo a moradora, foi feita em nome de Paulo e Elizete Nogueira, mas a proprietária acredita que podem ser nomes falsos. A postagem seguiu dias a fio, o que fez com que mais pessoas acreditem no álbum de fotos destes objetos para doação.
O que os moradores têm feito, segundo ela, é orientar aos interessados que registrem boletim de ocorrência na Polícia Civil. “É o máximo que pode ser feito”, diz.
Dona I. ainda destacou ao DIARINHO que não acredita que se trate de um golpe, porque não pede dinheiro, não apresenta números de pagamentos, de pix ou de contas bancárias, apenas anuncia a doação. “Acho que pode ser uma pegadinha, um trote, algo de muito mau gosto”, considera.
Um senhor interessado nos móveis chegou a abrir o celular para I. e seu esposo, mostrando a relação de móveis – há fotos de utensílios e mobílias completas, uma casa inteira que estaria para doação. “Nada disso é verdade. Essas pessoas não têm o que fazer na vida”, desabafa.
