Ao ler a mensagem impressa no pacote, A.N. ligou para o Procon da cidade, que a orientou a registrar o caso na ouvidoria do município. “Achei muito grave o descaso com a denúncia. Não se pode afirmar que o papel é fruto de uma licitação do município de Navegantes, mas achei que o órgão teria ao menos interesse em fiscalizar o caso”, disse. 

Ao DIARINHO, a coordenadora do Procon, Janice Freygang, a Kika, disse que tomou conhecimento do caso e, com as informações iniciais, acredita se tratar de uma possível fraude.

Kika orienta a consumidora a procurar o órgão com a nota fiscal da compra para que a suspeita seja investigada. A denúncia pode ser feita no e-mail procon@navegantes.sc.gov.br/, no telefone 151 ou pessoalmente das 7h às 13h na rua Arnaldo Passos, no centro.

Já a comunicação da prefeitura informou que não recebeu nenhuma denúncia até o momento. O dono da papelaria alegou ao DIARINHO que todo  produto que vende tem nota fiscal. Ele desconhece a venda de produtos destinados à licitação. E comenta que a Chamex é fornecedora da papelaria.

“Meu pai que toca a papelaria. A gente ganha papel de conhecidos, mas esses são só para uso interno, para as impressões. Só vendemos papel de fornecedores e com nota fiscal”,  disse, enviando à reportagem as notas fiscais da compra de papel.

O proprietário também ficou de pedir para o pai fazer um levantamento na papelaria para identificar se há mais resmas com esta informação à venda.