Confusão em Canto Grande
Construtor paga R$ 18 mil de fiança para deixar a cadeia
Rodrigo Wippel foi colocado em liberdade após audiência de custódia no fórum
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
A justiça de Porto Belo arbitrou a fiança de 15 salários mínimos para o empresário Rodrigo Wippel, dono da construtora Prime, de Itajaí, deixar a prisão na tarde de segunda-feira. Rodrigo foi preso na tarde de domingo por resistência à prisão, porte ilegal de arma e ameaça aos vizinhos. A confusão começou porque o empresário pilotava uma lancha em alta velocidade, na área de banhistas, na praia de Canto Grande, em Bombinhas.
A audiência de custódia foi realizada às 13h de segunda-feira, na comarca de Porto Belo, com homologação do flagrante e deferimento de liberdade provisória com o pagamento da fiança de R$ 18.180,00. Após o pagamento, a justiça expediu o alvará de soltura. Rodrigo Wippel foi proibido de manter contato com os vizinhos, vítimas e as testemunhas.
O caso assustou vizinhos e frequentadores de Canto Grande. Segundo testemunhas, o empresário estava visivelmente alterado e pilotava uma lancha de 28 pés, próximo de banhistas, inclusive de crianças. Ele encalhou a lancha por duas vezes na orla, além de pilotar a embarcação a cinco metros da areia da praia, com crianças quase sendo atropeladas.
Populares foram tomar satisfação com Rodrigo e o agrediram fisicamente. O empresário correu para dentro de casa e pegou uma espingarda 12, de cano longo, voltando à orla para fazer as ameaças de morte.
Amigos que estavam na casa de Rodrigo tentaram acalmar a situação. Um deles conseguiu desarmar o empresário e o levar pra dentro de casa antes da chegada da polícia.
Resistiu à prisão
Os policiais militares que atenderam a ocorrência apreenderam a arma e levaram Rodrigo preso em flagrante. Como ele resistiu à prisão, os PMs tiveram que usar o uso progressivo da força e também algemaram Rodrigo. Ele foi indiciado por porte ilegal de arma e resistência à prisão, mas responderá em liberdade.
Em seu depoimento na delegacia, Rodrigo deu sua versão dos fatos. Ele alegou que pilotava a lancha e que se aproximou da areia da praia, quando passou a ser xingado pelas pessoas.
O empresário conta que parou a embarcação e foi caminhando para a areia onde foi agredido com um soco. Ele confirmou que entrou em casa e pegou uma arma longa, mas afirmou que a espingarda estava sem munição. Ele disse que só queria assustar o homem que lhe deu o soco.