Itajaí
Menino morde crianças em creche municipal, denuncia mãe
Denunciante quer que a escola contrate um monitor
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Uma mãe está preocupada com as duas filhas que voltaram para casa, várias vezes, com mordidas após as aulas no Centro de Educação Infantil Sagrada Família, em Itajaí. O fato, embora seja comum entre crianças pequenas, tem ocorrido com frequência. A mãe das pequenas quer uma providência da escola, pois está preocupada com o bem estar das bebês durante a estadia na creche.
A mãe já comunicou à escola e à secretaria de Educação de Itajaí, mas de acordo com os profissionais não há o que fazer. "Acho que a escola precisa tomar uma atitude urgente para que a situação pare de acontecer, pois é um caso bem especial", acredita a denunciante. "Nem as professoras estão dando conta de controlar o garotinho", revela. Outras mães já teriam feito a mesma reclamação. Na última semana, suas duas filhas, gêmeas, foram mordidas novamente.
A secretaria de Educação de Itajaí está por dentro do caso e confirma que a criança que morde as meninas tem Transtorno do Espectro Autista - TEA-, que se caracteriza por atraso na linguagem, agitação, agressividade, estereotipias e interesse restrito. "Na educação infantil, quem convive com os pequenos sabe que morder é um comportamento comum entre eles, especialmente nessa idade e associado a um quadro de TEA, a mordida pode indicar um número variado de intenções, principalmente pela dificuldade de comunicar verbalmente suas frustrações e anseios", explicaram os profissionais da secretaria. "Diante dessas dificuldades a escola age no sentido de reduzir esses comportamento, mesmo que, muitas vezes, o ato de morder possa expressar um sentimento, possa comunicar a falta de espaço ou simplesmente satisfazer a necessidade oral", concluem.
A escola também buscou apoio, encaminhando o estudante para acompanhamento do Cemespi - Centro Municipal de Educação Alternativa de Itajaí. "A nossa unidade de ensino proporciona uma educação de qualidade, podendo contribuir de forma significativa para melhorias notáveis no desenvolvimento dos nossos estudantes, proporcionando uma educação inclusiva", justificaram os responsáveis pela escolinha. "A educação é um direito que deve ser garantido a todos os cidadãos, conforme estabelecido pela Constituição Federal de 1988. Além disso, a Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013, garante que creches e pré-escolas também devem ofertar educação infantil para as crianças diagnosticadas com o transtorno do espectro autista e outros problemas de aprendizagem", finalizam.