Camboriú
Professores cruzam os braços por um dia
A paralisação visa repor as perdas inflacionárias do último ano
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
Cerca de 400 servidores das escolas municipais aderiram à paralisação dos serviços públicos municipais de Camboriú. Os braços foram cruzados por conta da falta de reposição salarial. Após garantir a reposição dos 4% de 2020 após reuniões com o prefeito Elcio Kuhnen (MDB), a briga agora é pelas perdas inflacionárias de 5,2% e de 12,84% referentes ao magistério no último ano.
Durante toda a quarta-feira, a paralisação ocorreu na praça das Figueiras. O funcionalismo estuda entrar em greve caso o executivo não chame a categoria para negociar. Além do reajuste salarial, outra reivindicação é sobre a reforma no CamboriúPREV, o Instituto de Previdência dos Servidores, que deve ser alterado na câmara de Vereadores. Documento do sindicato dos Servidores Municipais de Camboriú (Sisemcam) pede que não haja alteração no tempo de serviço e na idade para aposentadoria, que seria a proposta do executivo. “Temos os piores salários da Amfri e reajuste em atraso”, diz a presidente do Sisemcam, Luciana Sobota.
Na tarde de quarta-feira, o procurador do município, Hélio Cardoso Derene Filho, e o secretário de Administração, Eduardo Pugatsch, se reuniram mais uma vez com o sindicato.
A prefeitura explica que já enviou à câmara e foi aprovado um reajuste de 4% pro quadro geral em janeiro de 2022. O movimento pediu mais 2% para fevereiro do ano que vem. "Ficou acordado na reunião que será realizado pela prefeitura um estudo de viabilidade , dentro da lei de Responsabilidade Fiscal. No dia 4 de novembro, eles voltam a se reunir para tratar da proposta encaminhada pelo sindicato sobre a Reforma da Previdência e sobre o pedido de reajuste para fevereiro", informou, em nota, a prefeitura. O estado de greve será mantido até a próxima reunião, mas nesta quinta-feira os professores voltam para a sala de aula.
O procurador diz que em junho ficou acordado que o ‘reajuste salarial’ de 2021 seria retomado em janeiro de 2022. “Ficou acordado que será apresentada uma proposta, com base em estudos realizados pelo Executivo, de aumento real para o quadro geral de servidores, menos favorecidos, uma vez que foi identificada uma defasagem salarial antiga em diversas categorias”, finaliza Derene.