SEGUNDA DOSE
Postos de saúde de Itajaí não têm mais AstraZeneca
Município recebe novas doses e a vacinação será reestabelecida na segunda-feira
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
Os itajaienses, que tentaram tomar a segunda dose do imunizante AstraZeneca, na sexta-feira, gastaram gasolina ou sola de sapato em vão.
Não havia imunizante disponível para a aplicação da dose de reforço em, pelo menos, 15 postos de saúde.
Segundo atualização da prefeitura, na tarde de sexta, o estoque da AstraZeneca estava zerado nos postos: Imaruí, Bambuzal, Murta, Nossa Senhora das Graças, Rio bonito, na sala Volante do centreventos, Itaipava, centro-Vila, Votorantim, Costa Cavalcante, Espinheiros, Cordeiros, Limoeiro, Praia Brava, Cidade Nova 1 e São Judas.
O posto de saúde da Fazenda ainda tem doses, mas não tem vacinador no período da tarde para atender a população. A prefeitura aguarda o envio de novas doses pelo governo do estado a fim de regularizar a aplicação da segunda dose a partir de segunda-feira.
O município informa que chegou a receber novas doses, na quinta-feira, mas, nessa sexta-feira de manhã, elas já tinham esgotado.
Novas doses foram recebidas na sexta-feira e, na próxima segunda-feira, os 30 postos de saúde da cidade e o Centreventos estarão abastecidos com AstraZeneca.
Itajaí começa a vacinar jovens de 12 anos na segunda
Itajaí começará a vacinar adolescentes de 12 anos ou mais a partir de segunda-feira. Adolescentes com comorbidades, deficiência ou de grupos prioritários também podem receber a vacinação contra a covid-19. O imunizante aplicado nos adolescentes será Pfizer, conforme determinação do Ministério da Saúde.
Além disso, idosos de 70 anos ou mais, que tomaram a segunda dose há mais de seis meses, poderão receber a dose de reforço na próxima semana. A vacinação ocorre nas 30 unidades de saúde, conforme horário de cada uma, e no Centreventos, das 8h às 17h.
STF determina que estados e municípios podem decidir sobre vacinação de adolescentes
A decisão de vacinar adolescentes sem comorbidades contra covid-19 cabe aos estados e municípios, determinou, nesta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. O ministro julgou uma ação do PSB contra o Ministério da Saúde, que orientou, na última semana, que adolescentes sem comorbidades não devem ser vacinados.
No entendimento do ministro, a orientação da pasta da Saúde não tem embasamento técnico e científico. Os gestores estaduais e municipais devem seguir o que dizem as orientações de especialistas, dos fabricantes de vacinas e da agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Para a Anvisa, não há evidências que justifiquem a alteração da recomendação para uso da vacina da Pfizer em adolescentes de 12 a 17 anos.
O ministro do Supremo também se baseou no posicionamento de agências de saúde estrangeiras, que são favoráveis à vacinação do grupo, e destacou que a imunização dos adolescentes é importante para a volta às aulas presenciais, de maneira segura, para estudantes e profissionais da educação.
Segundo Lewandowski, os municípios e estados podem seguir as diretrizes do plano de vacinação, desde que informem à população das medidas adotadas. O ministro também apontou que mudanças, repentinas e sem embasamento, podem prejudicar as políticas públicas de saúde.