Balneário camboriú
Grupo de 50 golfinhos dá show na praia Central
Animais estão de passagem pela região e encantam quem assiste a cena
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
A praia Central de Balneário Camboriú recebeu a visita de um grande grupo de golfinhos na tarde de quinta-feira. A fiscalização da secretaria do Meio Ambiente avistou mais de 50 golfinhos bem na altura da rua 3500.
O empresário Adriano Gatto, que mora num prédio da avenida Atlântica, fez vídeos lá do alto. A equipe de fiscalização também filmou a visita inesperada. Especialistas identificaram os mamíferos como sendo da espécie de nome científico Stenella Frontalis, conhecidos como golfinho-pintado-do-Atlântico.
Segundo o professor da Escola do Mar, Ciência e Tecnologia da Univali, André Barreto, essa espécie costuma escolher áreas um pouco mais afastadas, no meio da plataforma continental. “É relativamente comum, mas não costuma vir para regiões rasas, perto das praias. Na semana passada, houve um registro de um grupo grande, parecido com esse, mas na Praia Brava. É possível que seja o mesmo grupo que está explorando a área e se alimentando de peixes na região”, opina Barreto.
Segundo o professor, que também é coordenador-geral do Projeto de Monitoramento de Praias, esse golfinho é encontrado em boa parte da costa brasileira, mas é mais comum nas áreas com águas quentes.
Baleias-francas se aproximam de surfistas
O período de passagem das baleias-francas pelo litoral catarinense rendeu mais uma cena marcante no sul do estado na última segunda-feira. Surfistas que estavam na praia do Rosa Norte foram surpreendidos pela aparição de um filhote do mamífero, seguido pela mãe. Os dois chegaram bem perto da costa e por pouco a mãe não encalhou na praia.
As imagens foram registradas por visitantes da praia e por especialistas em observação de baleias. Os surfistas tiveram cerca de uma hora de interação com as gigantes do mar.
O Instituto Australis, que acompanha o período de reprodução das baleias, não estava no local. Baseada nas imagens divulgadas, Karina Groch, diretora de pesquisa do projeto Pro Franca do instituto, conta que o filhote foi nadando pro raso, talvez por curiosidade pelos surfistas, e a mãe dele não gostou da iniciativa.
"O medo dela é que o filhote pudesse encalhar ou que ele fosse interagir com algo estranho para as baleias, que são os humanos. Ela foi lá pra tirar o filhote, mas ele insistia em voltar. Ela foi lá no instinto de proteção e defesa e quase ficou encalhada. Todo o movimento forte que ela fez com a calda, batendo no fundo, mostra que ela estava em local bem raso”, analisa Karina.