O município de Penha  tem uma população de aproximadamente 33 mil habitantes e projeta estar ainda este ano com mais de mil câmeras de monitoramento interligadas ao Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops). O projeto Penha Conecta foi lançado nessa quarta-feira e engloba uma plataforma digital de armazenamento de imagens e toda a estrutura de monitoramento de praticamente todas as ruas de Penha. O trabalho é em tempo real.

O projeto é do município, em parceria com as polícias Civil e Militar e entidades da sociedade organizada.

“O projeto possibilita que, além das câmeras das polícias Civil e Militar espalhadas no município, que hoje somam 150, possamos também usufruir das imagens de câmeras instaladas em estabelecimentos comerciais e de residências. Essas imagens ficam salvas em nuvem por 15 dias e serão de grande utilidade em investigações policiais”, destaca o prefeito Aquiles Schneider da Costa (MDB).

A plataforma utilizada no programa foi desenvolvida pela empresa Urbanii, de Joinville. Já o custo mensal para manter o sistema gira em torno de R$ 25 mil, englobando desenvolvimento e manutenção de softwares, manutenção da sala de monitoramento e a remuneração dos dois agentes que operam o Ciops. “Um excelente custo benefício”, explica o prefeito Aquiles.

O prefeito lembra que a ideia do programa Conecta Penha surgiu por meio de uma parceria entre o município com a Câmara Técnica de Segurança do Programa de Desenvolvimento Econômico Local (DEL). A ideia é reunir as polícias Civil e Militar, a Associação Empresarial de Penha (Acipen), Conselho de Segurança de Penha (Conseg), legislativo municipal e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL)], para dar início a uma intensa campanha de conscientização dos proprietários de estabelecimentos comerciais e também da comunidade como um todo.

Próximas etapas

O start do programa foi dado. Agora o desafio é fazer com que os empresários e moradores se interliguem à plataforma. “Nosso primeiro passo é conscientizar os empresários associados da Acipen para interligarem as câmeras de seus estabelecimentos à plataforma, ampliando o volume de imagens e proporcionando uma melhor segurança para todos”, destaca o presidente da entidade Cionei Larotti. “A implementação desse sistema é fundamental para a melhoria da segurança como um todo, porque a maior fatia do município deve ficar coberta. Inclusive as saídas. No entanto, ainda são necessários muitos investimentos na conscientização da população”, acredita o presidente do Conseg, Emerson Augusto Souza.

Para o vereador Maurício da Costa (MDB), além da função preventiva, o programa terá um importante papel na investigação das ocorrências policiais. Rubem Henrique, da Urbanii, informa que as imagens podem ser solicitadas a qualquer momento, tanto pelas forças de segurança, como por comerciantes e moradores. “Investir em segurança é possibilitar o exercício da cidadania”, acrescenta Henrique. A plataforma conta ainda com um aplicativo para telefones celulares para facilitar o acesso dos usuários às imagens.

Cidade mais segura

“É um projeto arrojado, de grande magnitude e inovador, que busca fazer com que Penha seja a cidade brasileira com maior número de câmeras de monitoramento interligadas.  Mas para isso precisamos fazer com que as pessoas que já têm suas câmeras se conectem ao nosso sistema”, acrescenta Aquiles. Segundo a assessoria, hoje a cidade com maior número de equipamentos operando integrados tem 512 câmeras.

O prefeito destaca que a violência assola a região como ocorre na grande parcela dos municípios litorâneos. “Isso gera um árduo trabalho para as polícias Civil e Militar e com a adesão da população a plataforma, os bons resultados surgirão. Inclusive, a interligação de todos esses sistemas de monitoramento vai inibir que pessoas de outros municípios venham cometer delitos em nossa cidade,” planeja. O prefeito concorda que a meta é ambiciosa, mas a considera totalmente possível de se tornar realidade.