ETA São Roque
IMA libera licença pra estação que dará destino ao lodo
Estação de tratamento de lodo reduzirá a poluição do manancial de Itajaí e Navega
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
Na sexta-feira, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Santa Catarina liberou a licença Ambiental de Instalação (LAI), autorizando o Semasa, autarquia de água de Itajaí, a instalar uma Estação de Tratamento de Lodo (ETL), no bairro São Roque. A construção da ETL contribuirá para a redução da poluição no canal retificado do rio Itajaí-Mirim e está orçada em R$ 8 milhões.
Toda a água coletada no rio precisa passar por diferentes níveis de tratamento para ser considerada potável e distribuída à população de Itajaí. Os processos físico-químicos, para tornar a água potável, ocorrem em ETAs, porém, o processo também gera um “lodo”, ou seja, um resíduo que deve ser devidamente tratado pra evitar que ele polua o meio ambiente.
O Semasa tinha requerido ao IMA a instalação de uma ETL na ETA São Roque. Com a liberação ambiental, a ETL tratará o lodo da ETA, que atende os municípios de Itajaí e Navegantes, antes dele ser lançado no rio Itajaí-mirim.
A operação da ETL evita a poluição do rio e também aumentará a oferta de água em até 119.000 L/h (litros por hora), o que equivale ao abastecimento de até 14.000 pessoas/dia, segundo o IMA.
O engenheiro Ambiental Wagner Cleyton Fonseca, do IMA, responsável pela análise do processo de licenciamento, explicou que a obra contribui pra preservação do meio ambiente. “A iniciativa do Semasa, em tratar o lodo, é louvável, e merece todo apoio do órgão ambiental, pois esta obra permitirá a redução da poluição no próprio manancial, além de aumentar a oferta de água para os municípios de Itajaí e Navegantes”, pontuou.
Victor Valente Silvestre, diretor de Saneamento do Semasa, informou que, na próxima semana, a autarquia vai ser reunir com a empresa Habitark, que venceu a licitação para tocar a obra. O objetivo é iniciar a ETL ainda em julho. O prazo é de 18 meses, com estimativa de conclusão em janeiro de 2023. A obra está orçada em R$ 8 milhões.
“Com a implantação desta estação de tratamento de lodo, o material sólido, extraído da água bruta, não retornará mais para o rio. Vamos poder, inclusive, estudar o seu reaproveitamento ou o destino para um aterro sanitário. Esse lodo contém cerca de 95% de água e ,com o tratamento, toda essa água será recuperada e voltará para ser tratada”, comemorou Victor.