Loch
Tradição de mais de 42 anos na joalheria
Endereço tradicional fica na avenida Brasil
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O mercado de Balneário Camboriú teve muitas joalherias nesses seus 57 anos de história. Algumas não sobreviveram aos percalços do mercado, outras surgiram com a instalação do Balneário Shopping [inclusive marcas de desejo no mercado de luxo] nos últimos 14 anos. Mas a pioneira Joalheria e Ótica Loch continua no mercado há 42 anos, na avenida Brasil, no mesmo local onde foi instalada no ano de 1979. Precisou se repaginar algumas vezes para se adequar às mudanças do mercado.
O empreendimento sempre foi um sonho do ourives Orlandino Loch, 79 anos, que ingressou na ourivesaria aos 15, quando foi contratado como auxiliar na oficina de José Nazato, em Rio do Sul. Ele tinha, desde a infância, a “vontade de fazer anel”. Chegou até a estudar, por oito anos, em um seminário, mas acabou trocando o sacerdócio pela milenar arte de confeccionar joias.
Orlandino mudou-se para Lages, onde cursou economia, e trabalhou, por 13 anos, como ourives em uma joalheria tradicional na cidade. Em Curitibanos, gerenciou outra conceituada joalheria por mais seis anos, até optar por se mudar para Balneário Camboriú, para montar seu próprio negócio.
Conquistar clientela foi a etapa mais desafiadora, pois concorria diretamente com o mercado de Itajaí. E, como pouco se conhecia de marketing e network naquela época, para se relacionar com a população e atrair o público, Orlandino participava de eventos sociais pela região. Costumava, inclusive, ser jurado em concursos de miss, presenteando as vencedoras com uma peça da joalheria. Essa era sua ação de marketing no início da década de 1980.
Mesmo com o crescimento da concorrência, a Joalheria e Ótica Loch segue como referência do segmento em Balneário Camboriú. “É uma questão de confiança e identidade com a nossa família”, diz a esposa Marilete Loch, hoje à frente dos negócios.
Uma porta para o mundo
Assim como a Joalheria e Ótica Loch e a Luciene Calçados têm histórias peculiares, a trajetória de muitos outros comércios de Balneário Camboriú não foi diferente. São cases que possibilitaram aos jornalistas Adão Pinheiro e Luciana Zonta escrever a obra “Uma porta para o mundo – memórias do comércio de Balneário Camboriú”. O livro foi editado com o apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Balneário Camboriú e traz uma minuciosa retrospectiva da história do comércio local.
São memórias de comerciantes que têm ou tiveram suas trajetórias atreladas à história do município em diversos segmentos do varejo. A maioria deles ainda está em operação, se reinventando e repaginando para seguir a dialética do comércio de um dos maiores destinos turísticos do sul do Brasil. Afinal, resiliência também é uma característica do povo de Balneário Camboriú.