PRAIA BRAVA
Galera protesta por liberação de Brava Mix
Por falta de alvará, Brava Mix não rolou na avenida
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
Uma manifestação pacífica aconteceu na manhã de domingo, na avenida Carlos Drummond de Andrade, em frente ao restaurante Drummond, na praia Brava, em Itajaí. Feirantes e comerciantes protestaram contra a falta de autorização da prefeitura de Itajaí para a realização do evento Brava Mix – feira de rua que acontecia aos domingos, das 9h às 18h, desde o início de janeiro.
A manifestação teve início às 11h. “A Brava Mix, espaço de muito amor, arte, cultura e gastronomia, que mudou os domingos na Praia Brava, está ameaçada. Nossa luta é a favor do direito ao trabalho. Estamos coletando assinaturas das pessoas para mostrar que a feira tem apoio dos comerciantes e da comunidade”, informou a presidente da AC BRAVA, Daniela Occhialini.
Os responsáveis pelo Yellow Bus, ônibus-lanchonete que fica estacionado em um terreno da avenida, cederam o estacionamento para os feirantes provisoriamente. “O Yellow Bus cedeu o estacionamento pra absorver 25% da feira. Recebemos o apoio de muitos comerciantes e, de modo geral, as pessoas estão decepcionadas com o fato de a feira não estar ocorrendo na avenida”, explica Daniela.
A feira reúne cerca de 50 famílias, que expõem produtos artesanais. A presidente da AC Brava informou que os feirantes vão até a prefeitura, esta semana, em busca de respostas.
A Brava Mix foi liberada através de uma liminar judicial que determina à prefeitura a liberação de alvará de funcionamento provisório. Só que a autorização dada pela prefeitura expirou no fim de junho.
Há mais de um mês, segundo Daniela, a organização da feira buscava a renovação do documento junto à secretaria de Urbanismo. Até sexta-feira, dia 2 de julho, a prefeitura não deu resposta ao requerimento.
Ao DIARINHO, a prefeitura informou que uma ação popular contra o evento é movida pelo comerciante Ricardo D’Aquino, que é dono do restaurante Drummond.
A ação não foi julgada, mas a secretaria de Urbanismo decidiu que só vai liberar novo alvará se houver a concordância de todos os comerciantes estabelecidos na avenida.
Daniela acredita que a negativa seria uma de “retaliação” da secretaria pelo posicionamento da associação contra a liberação de prédios na orla da Brava.