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Olho no mar

Começa a temporada das baleias

Baleias-franca chegam para reprodução e amamentação; este ano também foram avistadas várias jubarte

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Este ano, grandonas foram vistas mais cedo, com dois registros em junho, de quatro animais, sendo um filhote (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Julho marca oficialmente o mês de abertura da temporada das baleias-franca no litoral de Santa Catarina. O período vai até novembro, representando a temporada de reprodução da espécie, que migra em busca de águas mais quentes e tranquilas para acasalamento, parto e amamentação dos filhotes.

O primeiro registro da chegada das baleias-franca ao estado foi confirmado no dia 12 de junho pela equipe do projeto ProFranca/Instituto Australis, que monitora a migração das grandonas em Santa Catarina. O avistamento foi de duas baleias-franca adultas, que estavam nadando juntas na costa na praia da Gamboa, em Garopaba. O registro com drone foi feito quando elas já estavam na praia da Guarda do Embaú, em Palhoça.

Na terça-feira passada, o primeiro filhote de baleia-franca da temporada foi visto na praia da Ibiraquera, em Imbituba. Ainda com poucos dias de vida, ele estava acompanhado da mãe. Normalmente, a presença de filhos é observada a partir de meados de julho. O pico das ocorrências de observações costuma ser em setembro.



Neste ano, o monitoramento terrestre do projeto ProFranca será em 15 praias no sul de Santa Catarina, com equipe reforçada por 15 estagiários. O monitoramento sistemático começa em agosto, contemplando a área central da APA Baleia Franca, desde a praia da Pinheira, em Palhoça, até o cabo de Santa Marta, em Laguna.

A partir dos registros, o projeto consegue identificar os animais e monitorá-los a cada temporada. Os dados ficam num catálogo nacional. Conforme o gerente do ProFranca, Eduardo Renault, em 2021 o estado deve receber a visita das baleias que passaram por aqui em 2018, considerando que elas voltam para a área de reprodução a cada três anos.

“Isso nos deixa bastante ansiosos já que 2018 foi a temporada recorde de ocorrência de baleias no sul do Brasil. Mas ainda é muito cedo para tirarmos qualquer conclusão. Nosso monitoramento terrestre terá início em agosto, quando teremos mais informações sobre a ocorrência da espécie na região”, comenta.


Jubartes bombaram em nosso litoral

Saiba como diferenciar as espécies (foto: ilustração Instituto Australis)

 

Enquanto se aguarda a passagem de mais baleias-francas, as baleias-jubarte já estão sendo avistadas em número recorde no litoral catarinense. No mês passado, houve registros na costa de Itajaí, Balneário Camboriú, Tijucas, Floripa e São Francisco do Sul. Em maio, ao menos 13 delas foram avistadas. Na terça-feira, foram cinco foram vistas na região de Florianópolis.

Uma elevação de até 1,3 grau acima do normal na temperatura do mar estaria influenciando a aparição incomum das jubartes próximos das praias neste ano, segundo a Epagri. O litoral catarinense é corredor migratório para as baleias jubarte, que normalmente rumam em direção ao norte, mas elas costumam ficar mais afastadas da costa, diferentemente das francas, que chegam a se abrigar em praias e enseadas.


“Existe uma alta correlação entre a densidade de baleias no período de reprodução e a temperatura superficial da água, com picos de densidade em áreas onde as temperaturas se mantêm entre 24 e 25 graus C”, explica o biólogo da Epagri, Luiz Vianna. Conforme o instituto Australis, as jubartes migram pra se reproduzir, especialmente   para a região de Abrolhos, na Bahia.

“Hoje essas baleias não estão mais na lista de espécies ameaçadas de extinção e devido o aumento populacional estão aparecendo com mais frequência” ,explica a entidade.

 

Franca ou jubarte? Saiba quem é quem


Para facilitar o reconhecimento das espécies, o instituto Australis divulgou um material com as principais diferenças entre as baleias franca e jubarte. Também em processo de migração, as jubartes nadam para o sul da Bahia, onde tem a principal área de reprodução. Já as francas têm como principal área de reprodução o litoral sul de Santa Catarina.

Quem ver uma baleia-franca, pode avisar por mensagem direta no Instagram, no perfil @institutoaustralis. A pessoa também pode postar a foto e marcar a entidade ou preencher o formulário de avistamento pelo site http://baleiafranca.org.br. Os registros são divulgados nas redes sociais e no site do instituto.

Conheça as diferenças entre as duas espécies

 

Franca:

Comprimento: até 18 metros


Peso: até 60 toneladas

Corpo preto ou acinzentado, pode ter manchas branca e cinza no ventre e no dorso, sem pregas ventrais

Cabeça com calosidades colonizadas por “piolhos de baleia”

Dorso reto e liso, sem nadadeira dorsal

Nadadeira caudal, toda preta com borda lisa

Nadadeira peitoral lisa, curta e larga em forma de trapézio

Borrifo em forma da letra “V”

Língua da boca com perfil arqueado

Jubarte:

Comprimento: até 16 metros

Peso: até 40 toneladas

Corpo preto ou acinzentado no dorso, com mancha branca e pregas no ventre

Cabeça com pequenos tubérculos

Dorso com corcunda e uma pequena nadadeira dorsal sobre ela

Nadadeira caudal preta no dorso e branca e/ou preta no ventre, com borda serrilhada

Nadadeira peitoral longa, de até um terço do comprimento do corpo, com borda serrilhada

Borrifo em formato de balão

Língua da boca com perfil pouco arqueado

 

 

Redes ilegais são vilãs

Segundo o instituto Australis, até junho foram 14 casos de baleias-jubarte presas em redes de pesca no Brasil

A passagem das baleias também gera ocorrência de casos de ferimentos, encalhes e animais presos em redes ou equipamentos de pesca. O projeto de monitoramento de praias, na faixa litorânea entre Laguna (SC) e Guaraqueçaba (PR), coordenado pela Univali, tem foco no atendimento de animais marinhos, mortos ou vivos, encontrados nas praias.

Nessa temporada de 2021, o projeto já registrou o encalhe de baleias mortas em quase todas as áreas, com nove casos; oito eram jubartes. Foram uma na região de Laguna, duas em Florianópolis, três na região de São Francisco do Sul e três no litoral do Paraná.

Segundo o instituto Australis, até junho foram 14 casos de baleias-jubarte presas em redes de pesca no Brasil, das quais cinco acabaram morrendo. Em Santa Catarina, foram nove casos de emalhes de baleias, sendo que seis sobreviveram.

O número de casos pode ser maior. Foram considerados apenas acidentes documentados com fotos e identificação da espécie, que estão sendo investigados.

 

 




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