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Urbanismo

Desafio da praia Brava é crescer mantendo as características de paraíso

Região mais valorizada de Itajaí pode se destacar por crescimento em consonância com a natureza

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Masterplan propõe valorização da paisagem no desenvolvimento do bairro


A praia Brava sempre foi foco de polêmica quanto à sua ocupação territorial e constitui exemplo de como o mercado imobiliário, quando bem planejado, pode transformar uma localidade. “Em um passado não muito remoto, o local era deserto, desvalorizado, com problemas de segurança, infraestrutura e saneamento básico. Os primeiros empreendimentos começaram a transformar essa realidade”, defende o presidente do Sinduscon da Foz do Rio Itajaí, Bruno Pereira. “Hoje, temos na Brava saneamento básico e a infraestrutura está cada vez melhor. É um lugar seguro para se viver e um dos metros quadrados mais valorizados do país. E é assim que deve continuar”, acrescenta. Mas, para que isso ocorra, a revisão do plano diretor é defendida pelo setor.

Esta revisão tem como subsídio o masterplan proposto para a localidade, que tem como foco o equilíbrio entre a construção civil e a preservação ambiental. De acordo com estudo desenvolvido pelo arquiteto e urbanista Dalmo Vieira Filho, para nortear as mudanças propostas, a natureza é plenamente preservada, garantindo a integridade de águas, areias, restingas e morros com a sua mata nativa.

Os parâmetros construtivos propostos para a Brava também devem ser dos mais restritivos do município, garantindo aerações e insolações adequadas, inclusive na praia. “Entretanto, para cumprir essa vocação, não basta demarcar áreas verdes por decreto, prática que já foi comum no Brasil e em Itajaí, tendo se mostrado amplamente ineficiente”, destaca o especialista.



Dalmo defende o crescimento responsável e não o esvaziamento construtivo e a estagnação como forma de viabilizar a preservação verdadeira [e não apenas no papel] da Brava e da sua região. Ainda segundo o urbanista, a região é das mais preparadas para um crescimento baseado em cuidados com a natureza, valorizando as paisagens e a qualidade das praias, em harmonia com as novas construções que deve receber.

Parque com turismo sustentável

Para a associação Comunitária Praia Brava, a criação de parques no local é fundamental para o desenvolvimento do turismo e a preservação da qualidade ambiental. Segundo a instituição, faz-se necessária a implementação de processo de ocupação sustentável para evitar o sombreamento da praia e o superadensamento.


“A praia Brava é um local privilegiado que as pessoas adoram frequentar. Neste contexto, precisamos de parques que possibilitem estes acessos, que saiam do papel e sejam viáveis”, defende o presidente da Associação dos Proprietários Praia Brava Norte (Aprobrava), Celso Rauen. Ele assegura que a associação defende a implementação dos parques da Lagoa e do Morcego para a preservação da morraria, das encostas e das margens da lagoa. “Mas, para isso acontecer, precisamos também do desenvolvimento privado, que será o agente para transformar estes parques em realidade, já que o poder público tem muita dificuldade para implantá-los e, principalmente, para geri-los”.

O urbanista Dalmo Vieira diz que urbanização da Praia Brava é a oportunidade de criar um modelo exemplar de desenvolvimento urbano sintonizado com a natureza. “Preconizamos construções baixas na orla, que garantam a insolação da praia. Os recuos prediais devem ficar entre os maiores do litoral brasileiro: considerando a restinga, a avenida e os 50 metros de recuo das construções, são mais de 100 metros das areias,” exemplifica.

O especialista defende que as silhuetas dos morros devem estar salvaguardadas nas paisagens do futuro do Canto do Morcego. Já a planície, deve ser ocupada de forma sustentável, tendo como contrapartida os parques da Ponta do Farol [englobando parte do Canto do Morcego e de Cabeçudas] e da Lagoa do Guarani [Cassino]. “Parques verdadeiros, com preservação ambiental e intenso uso comunitário”, destaca o arquiteto. Dalmo acrescenta que a morraria deve preservar sua mata, admitindo-se apenas construções camufladas, entre as árvores.

A prefeitura de Itajaí informa que tem um parque ambiental em fase de projeto na Brava. “O potencial turístico vem sendo valorizado nos últimos anos, tanto que nunca se teve tantos visitantes como atualmente, pessoas de todas as partes do Brasil e também do exterior, que contribuem com nossa economia e fomentam o turismo”, diz.




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