Portos
Batalha é por autoridade portuária municipal
Leilão está marcado para 2022 e há mobilização por manter gestão municipal
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O município trabalha firmemente para garantir a gestão da Autoridade Portuária municipal até o ano de 2048, e, ao mesmo tempo, desenvolve estudos relacionados ao processo de desestatização do Porto Organizado de Itajaí, para compor os projetos prioritários do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) da União. A delegação do porto encerra-se no dia 31 de dezembro de 2022 e a previsão é de que o leilão aconteça em meados do próximo ano. E essa continuidade da gestão no município garantirá o processo de crescimento dos setores portuário e logístico.
Para justificar a manutenção da gestão municipalizada, o superintendente Fábio da Veiga destaca que, além do grande aumento nas operações do porto - de 1800% na operação de contêineres entre 1995, quando foi assinado o convênio de delegação provisória, até o ano passado -, a atividade coloca Itajaí entre as 12 cidades do Brasil com maior arrecadação de impostos federais. “Diante disso, renovar a delegação é a melhor proposta atualmente. Essa opção também dará maior tranquilidade para o processo de privatização, focado nas operações”, diz Veiga.
O diretor geral de Operações e Logística, Heder Cassiano Moritz, destaca que, além do crescimento nos volumes operados, a municipalização garantiu o surgimento de terminais privados, a retomada da atividade após longo período de inércia - enquanto o porto ficou delegado à Companhia Docas de São Paulo (Codesp) - e o surgimento de toda a infraestrutura logística não apenas em Itajaí, mas em toda a região. “Isso nos abre possibilidades ainda maiores para o futuro”, diz Moritz.
Batizado de “Itajaí: a Cidade Porto 2048”, o projeto já tem apoio nas esferas políticas municipal e estadual e da bancada catarinense em Brasília. Segundo o gestor, a manutenção da delegação ao município é crucial para garantir a eficiência da atividade. “Dentro dessa ótica, eu vejo Itajaí em 2048 um porto com eficiência e eficácia muito maiores comparado aos demais terminais brasileiros, com uma atração de carga de potencial financeiro e de distribuição de renda ainda maior e com a implantação definitiva da Hidrovia do Rio Itajaí-Açu”, arremata Veiga.