Itajaí completa 161 anos de emancipação política na terça-feira. A partir de hoje, o jornal traz história de moradores da cidade, como Ivo Carlos Nunes, da Rainha das Peças. O comércio surgiu há mais de 50 anos em uma pequena sala na rua Brusque, e em curto espaço de tempo se transformou em um “oásis” para quem precisa de peças de manutenção para fogões, geladeiras, aspiradores de pó e inúmeros outros eletrodomésticos ou utensílios de cozinha. Por trás destes milhares de itens, está a história do casal Viladino Liberato Nunes e Marlene Terezinha, itajaenses da gema.
“Meu pai estava desempregado e em 1968 a situação estava difícil em Itajaí. Tínhamos também uma lojinha, que ia de mal a pior. Diante disso, ele viajou em busca de algum trabalho. Ficou quatro dias na capital paulista e resolveu voltar. Só que, enquanto se dirigia para o terminal rodoviário, passou por distribuidora de peças para fogões a gás e entrou para comprar umas poucas peças para arrumar o fogão de casa. Esse fato mudou sua vida”, conta Ivo, que hoje está à frente da loja.
Ivo relata que em uma rápida conversa com o dono da distribuidora seu pai constatou que existia uma lacuna de mercado aberta em Itajaí, afinal, se paulistas usavam fogões a gás, itajaienses ...
“Meu pai estava desempregado e em 1968 a situação estava difícil em Itajaí. Tínhamos também uma lojinha, que ia de mal a pior. Diante disso, ele viajou em busca de algum trabalho. Ficou quatro dias na capital paulista e resolveu voltar. Só que, enquanto se dirigia para o terminal rodoviário, passou por distribuidora de peças para fogões a gás e entrou para comprar umas poucas peças para arrumar o fogão de casa. Esse fato mudou sua vida”, conta Ivo, que hoje está à frente da loja.
Ivo relata que em uma rápida conversa com o dono da distribuidora seu pai constatou que existia uma lacuna de mercado aberta em Itajaí, afinal, se paulistas usavam fogões a gás, itajaienses também. Só que aqui não havia peças de reposição.
Viladino foi convencido a trazer uma sacola de peças pra tentar revender. O sucesso foi tanto que ele colocou as peças na lojinha da rua Brusque e vendeu tudo em uma semana. “Retornou a São Paulo e comprou o triplo de mercadorias, e assim sucessivamente. Digo seguramente que a Rainha das Peças nasceu do nada”, diz Ivo.
O empresário, que após a morte do pai há mais de 30 anos assumiu a loja ao lado da mãe, lembra que nesses tempos, enquanto os país ficavam no comércio, ele enchia sacolas com peças e saía de bicicleta para vender também em Navegantes, Penha, Piçarras. “Além de fazer trabalhos de manutenção e reparos, era uma forma de divulgar a loja”, conta, destacando que os outros quatro irmãos auxiliavam nos negócios.
Hoje a Rainha das Peças é patrimônio da cidade e Ivo credita isso a fidelidade do povo itajaiense. “Temos clientes que estão já na quarta geração, meu pai atendia os avós e eu atendo os netos ou até bisnetos. Isso é muito positivo, mostra a valorização da nossa gente pelo que é da cidade”, acrescenta. E ser itajaense, na visão do empresário, é estar num polo onde todo mundo quer estar, é viver cercado de gente trabalhadora, de garra, que não desiste nunca de lutar por seus objetivos. “É ter o dom de valorizar e mostrar todo o potencial que a cidade tem de acolher e abraçar, de receber aqueles que vêm de fora e escolhem Itajaí para viver", conclui.