ITAJAÍ
Tem lixo acumulando no molhe e na Beira Rio
Parte dos resíduos é descartada irregularmente por visitantes, diz a prefeitura
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O acúmulo de lixo às margens da baía do Saco da Fazenda, em Itajaí, voltou a ser denunciada por moradores e visitantes. O problema se estende desde a entrada do molhe da Atalaia até a avenida Beira Rio, com diversos tipos de resíduos espalhados.
Um morador lamentou que a entrada do molhe, recentemente revitalizado, está virando uma “lixeira a céu aberto”. “Para além de ser uma questão de saúde pública, o local recém-reformado é um pedaço da imagem da nossa cidade que está sendo manchada pelo descuido de alguns”, comentou.
No local estão depositados garrafas pet, embalagens plásticas, garrafas de vidro, caixas de papelão, pedaços de madeira, fios e lixo. O trecho no acesso ao molhe não conta com lixeiras. Os resíduos também podem ser vistos jogados nos mangues ao longo da Beira Rio. No início do mês, até um tanque de lavar roupa estava jogado na área.
Alguns materiais são trazidos pela maré mas um dos frequentadores da Beira Rio relata que costuma flagrar quase todos os dias pessoas descartando lixo no local, mesmo com diversas lixeiras espalhadas pela avenida. A prefeitura colocou novas placas que alertam sobre a proibição de jogar lixo, mas a sinalização não inibiu a prática.
O presidente do instituto Itajaí Sustentável (Inis), Vilson Sandrini Filho, informou que o órgão não recebeu formalmente qualquer queixa mas reforçou a necessidade de que o lixo deve ser descartado adequadamente por quem produz os resíduos.
“Jogar o lixo no lixo é ainda a melhor forma e a mais barata de se tratar do problema. Além das implicações ambientais, o descarte inadequado do lixo gera problemas de saúde, como a procriação de ratos”, considerou.
Sandrini informou que na primeira semana de junho estão previstas ações de conscientização e um mutirão de limpeza na vegetação dos manguezais do Saco da Fazenda. A programação fará parte da semana do Meio Ambiente, que vai abordar temas como produção de lixo, proteção dos animais e alimentação.
Na Beira Rio será feita uma blitz educativa com quem estiver circulando pelo local. Serão distribuídos materiais sobre a necessidade de “lixo zero”. O mutirão de limpeza vai contar com a participação de comunidade. Vilson ressalta que, além dessa iniciativa, ações de limpeza são feitas por órgãos da prefeitura.
Faxinas
O secretário de Obras, Márcio José Gonçalves, o Dedé, disse que as equipes costumam fazer o recolhimento de resíduos tanto na Beira Rio quanto em trechos como na margem perto do ferry-boat, onde o lixo aparece na maré baixa. Ele informou que uma equipe deve passar novamente no Saco da Fazenda e providenciar a limpeza.
Dedé explica que esse trabalho é feito com frequência. “Às vezes o pessoal acha que não é limpo, mas como essa sujeita vem com a maré, do rio à montante, então tu limpas hoje e daqui a dois, três dias aquilo está tudo acumulado novamente”, considera. Além de lixo, o secretário destaca que também são retirados troncos e galhos de árvores trazidos pela maré.