NAVEGANTES
Morador precisa de ajuda para procedimentos de transplante de pulmão
Ajuda financeira é crucial para pagamento de suplementos para ganhar peso
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Sonhos comuns a um jovem de 25 anos são a estabilidade profissional e pessoal. Mas para Fabrício Cotinho Furtado, de 24 anos, morador de Navegantes, o sonho é ter saúde e respirar sem a ajuda de aparelhos.
Ele é portador de fibrose cística, uma doença genética crônica que afeta principalmente os pulmões, o pâncreas e o sistema digestivo. O primeiro obstáculo, que é chegar à idade adulta, Fabrício já venceu. Só que com o passar dos anos seu quadro vem se agravando. A única coisa que pode salvar sua vida é um transplante de pulmão. Além da espera por um órgão compatível, ele precisa atender alguns protocolos para ter direito à fila de espera.
Ele, que tem 1,80 de altura, l precisa atingir o peso mínimo de 61 quilos. Hoje ele pesa 55 quilos e necessita de uma dieta especial, via sonda, por meio de gastrostomia, para atingir o peso ideal.
O suplemento alimentar é caro e não é fornecido pelo SUS. “Hoje a única coisa que me exclui do protocolo é o baixo peso”, lamenta Fabrício.
Ele conta que já procurou a secretaria de Saúde de Navegantes, mas não teve uma resposta. Após sua última internação em Florianópolis, ele trouxe suplementos suficientes para alimentação durante 15 dias, mas a doação está se esgotando.
Procurada, a secretaria de Saúde de Navegantes ficou de verificar a situação, pois o caso de Fabrício já é conhecido.
O nutricionista do hospital Nereu Ramos, César Ricardo Ortiga, explica que muitos portadores de fibrose cística têm dificuldade de ganhar peso.
Como a quantidade ingerida de alimentos quase sempre fica abaixo das necessidades do paciente, é preciso a suplementação.
Fabrício também têm outras despesas além da compra do suplemento. “Não consigo trabalhar, a doença tem me consumido muito e meu tempo tem sido para o tratamento. Hoje eu faço uso do oxigênio praticamente 24 horas”, conta.
Embora ele receba os medicamentos do SUS e ganhado do estado equipamento de oxigênio portátil, suas despesas são altas e a única fonte de renda é o auxílio Benefício de Prestação Continuada (BPC), no valor de R$ 1.100. “Mas isso não é suficiente. Minha mãe, que faz trabalhos esporádicos como costureira, me ajuda, e meu pai (latoeiro em Belém) e minha irmã (técnica de enfermagem) me ajudam quando podem. Mas vivemos basicamente do meu auxílio e ainda pagamos aluguel”, explica.
Fabrício viaja com frequência para a capital gaúcha para os exames necessários para o transplante. Ele, acompanhado sempre da mãe, faz os deslocamentos em uma ambulância cedida pelo município. A viagem é longa e desgastante. A doação de passagens aéreas e também o auxílio com dinheiro seriam bem-vindos. O caso de Fabrício é acompanhado pelo ambulatório de Fibrose Cística, do hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, e o transplante deve ser realizado no hospital das Clínicas de Porto Alegre. Para conhecer mais sobre a história de Fabrício e ajudá-lo basta entrar no Instagram @fabriciocfk ou fazer contato pelo e-mail fabricio378@hotmail.com.