Matérias | Entrevistão


Volnei Morastoni

"Estamos vivendo a politização da covid”

Volnei Morastoni - Prefeito de Itajaí (MDB)

Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]



prefeito Volnei Morastoni (MDB) foi sabatinado pelo DIARINHO aos 100 dias do seu terceiro mandato frente à prefeitura de Itajaí. Depois de uma eleição polarizada, como costumam ser as de Itajaí, Volnei enfrentou uma derrota histórica na eleição da mesa diretora da câmara de vereadores. O prefeito não conseguiu eleger o seu escolhido para a presidência da casa e precisou administrar interesses na própria base para garantir a “governabilidade”. Só que mais grave que a disputa política, tem sido a pandemia de covid-19 que já matou quase 530 itajaienses.

Os polêmicos tratamentos precoces contra o coronavírus e as participações dos governos do estado  e federal no combate à pandemia estão entre os assuntos abordados na entrevista. O prefeito ainda falou sobre o plano Diretor, a concessão do transporte coletivo, o porto e as brigas públicas na Codetran. A entrevista foi conduzida por Franciele Marcon. As imagens são de Fabrício Pitella.

O entrevistão completo, em áudio e vídeo, está disponível no portal www.diarinho.net.



 

DIARINHO – Qual o desafio que o senhor não conseguiu realizar no primeiro mandato e que pretende colocar em pauta neste segundo?

Volnei: O desafio do segundo mandato é justamente concluir o primeiro. Porque um mandato de quatro anos, a gente sempre diz que é insuficiente para fazer tudo que se pensa e se planeja. Principalmente todas as obras que nós concebemos dentro do planejamento estratégico do município, olhando Itajaí para 2040. Nós planejamos uma cidade moderna, sustentável e com justiça social. Também fomos buscar os investimentos do exterior. E nós estamos com muitas dessas obras em andamento, outras ainda por serem iniciadas e concluídas. Justamente uma das razões da reeleição era concluir esse trabalho. [...] A covid-19, por si só, é um outro desafio que nós temos, paralelamente a todas as outras atividades que a municipalidade precisa manter. Vencer a covid, que estamos numa segunda onda grave, é o outro objetivo grande.


DIARINHO – O senhor sofreu a primeira derrota do mandato na eleição do legislativo. O partido que apoiou o senhor nas eleições, o PSC, derrotou o candidato do governo à presidência, o Dedé. Marcelo Werner se alinhou à oposição para ser presidente da casa. Passados esses meses, como está a situação política? O senhor continua sem maioria na câmara ou o PSC está novamente com o governo? O senhor cortou relações com Werner?

Volnei: Não, eu mantenho um relacionamento normal com todos os vereadores dos partidos que você mencionou. Do PSC e PSB, são três vereadores, entre eles o vereador Marcelo Werner, que é o presidente da câmara de Vereadores, a vereadora Cris Stuart, e o vereador Mamão. A atitude deles, lá no dia 1º de janeiro, quando foi eleita a mesa diretora, pra mim foi inesperada, de que eles tomassem essa decisão de compor com a oposição para a eleição da mesa diretora. Como partidos fazendo parte da base do nosso governo, seria mais do que natural que perfilassem conosco numa composição eclética, como a câmara de Vereadores tem que ter, independente. Todo governo busca ter maioria na câmara para poder ter mais condições de governabilidade. Isso foi realmente um imprevisto que causou um impacto que se prolongou durante esses três primeiros meses. Nós temos dialogado constantemente. Os três vereadores, os tenho hoje como se fossem já base do nosso governo. Estamos aliados novamente. Outros vereadores, que não fazem parte assim, formal, da base do nosso governo, eu tenho procurado conversar. Por enquanto, eu posso dizer que na câmara nós mantemos um equilíbrio de bom senso, onde a maioria dos vereadores tem perfilado no interesse maior da cidade.

 

Tudo foi feito dentro da lei.  As contas [eleição] foram aprovadas. Ilações e especulações não vão prosperar mediante os todos esclarecimentos. Eu estou tranquilo.”

 


DIARINHO - O prefeito de Chapecó foi louvado, inclusive pelo presidente Jair Bolsonaro, por supostamente alcança resultados em Chapecó com o tratamento precoce à covid. O senhor também é um defensor da ivermectina, que foi distribuída em larga escala em Itajaí. Aparentemente, os casos não diminuíram e a letalidade da doença tem sido alta por aqui. Qual a explicação?

Volnei: Nós fomos pioneiros nessa grande iniciativa. Em junho do ano passado, Itajaí se destacou nacionalmente por termos assumido essa defesa dos protocolos precoces, através da homeopatia, cânfora, através da ivermectina e depois do ozônio. Nós tivemos uma grande adesão até agosto. Depois entramos no período das eleições municipais. Infelizmente, esse período eleitoral foi muito destrutivo para todo esse trabalho, para que pudesse ser compreendido de forma isenta, imparcial. Hoje um dos graves problemas que estamos vivendo é a politização da covid. No Brasil, em Santa Catarina, em Itajaí, na Amfri, em todos os lugares. Em função dessa politização da covid se estabeleceu um cabo de guerra, que foi muito além das opiniões científicas, meramente científicas, com bases científicas. Achismo, por não gostar de A, B, C, ou por qualquer motivo. As pessoas foram tomando posições antagônicas. Quando nós iniciamos, 133 mil pessoas retiraram a primeira dose de ivermectina. Quinze dias depois, a segunda dose e a terceira, só 96 mil pessoas retiraram. Depois de 15 dias começamos a distribuir a quarta dose. Já caiu pra menos de 10 mil pessoas que pegaram. E grande parte não continuou o tratamento porque começou esse cabo de guerra dos contra,  e dos a favor. As pessoas começaram a ficar perdidas e desorientadas. Veio o período eleitoral, começou essa politização do assunto e as pessoas foram se afastando. [...]

DIARINHO - Pelos dados oficiais, Itajaí já recebeu 21 mil doses de vacinas, mas até segunda-feira [passada] tinha vacinado 17.020 pessoas. Se compararmos com Balneário, que tem menos moradores e recebeu menos doses, vemos que Balneário já vacinou 19.518 pessoas, duas mil a mais que Itajaí. Por que Itajaí enfrenta dificuldades para a aplicação imediata das doses?

Volnei: Essas diferenças são normais. Porque as doses que vêm não são 100% aplicadas. Uma parte fica reservada para depois ir em casa, aplicar nos acamados, aqueles que não foram tomar no dia devido. Nós temos um calendário de vacinação. Naquele calendário se faz, naqueles dias, grande parte das vacinas disponíveis, mas nem todas são aplicadas. Sempre se estima, naquela faixa etária mais ou menos quantas pessoas acamadas poderão ter. Vai somando essas doses, então, que ficaram reservadas, que não foram aplicadas de imediato, porque depois elas vão sendo aplicadas a domicílio. Da mesma forma como aqueles que não compareceram no tempo devido e depois se dirigem a um dos locais onde está disponível a vacina.


DIARINHO – A logística da vacinação tem gerado críticas à secretaria de Saúde. Longas filas em carros, sistema online de agendamento falho, desencontro de informações sobre os locais de vacinação. As críticas acusam a Saúde de incompetência. O que o senhor acha desse desempenho?

Volnei: No começo, a preocupação era também que a gente pudesse concentrar as vacinas em poucos lugares para ter o mais absoluto controle da vacinação. Em dois pontos, eu tenho muito mais formas de controle. Por outro lado, o número de pessoas por faixa etária era menor. Porque se eu estou vacinando acima de 90 anos, eu tenho menos pessoas. Depois veio de 85 a 90, já tem mais do que de 90 a 95, e de 80 a 85 já tem mais do que de 85. Na medida que vem baixando a faixa etária, aumenta o número de pessoas. Só que uma coisa é o número de pessoas daquela faixa, o aumento, mas o número de vacinas que vinha não era suficiente. As pessoas, naquela ânsia natural de quererem garantir a sua vacina, começaram a ir de madrugada, e aí começaram aquelas filas quilométricas. Mas quando isso estava acontecendo, nós já estávamos planejando para aumentar o número de postos de vacinação, até porque nós temos 34 postos de vacinação no município, no dia a dia de vacinação normal, temos 90 vacinadores treinados. Não custava ampliar. Foi o que aconteceu. Também desenvolvemos um aplicativo para que se pudesse facilitar essa marcação da vacinas pela internet. [Esse modelo seguirá de agora em diante?] Entra no site, agenda e aí é automático. Esse sistema pode funcionar para primeira e segunda dose. Nós divulgamos também o 0800. Quem não tem internet ou não consegue acessar pela internet, possa acessar ali. Agora estamos montando um posto permanente de informações aonde a pessoa posse ir presencialmente. Eu não sei se vai ficar no CIS ou aqui no Centreventos. Não consegue agendar, não dá certo o cadastro, não conseguiu resolver no 0800, a pessoa poderá  fazer o agendamento presencial. Eu acho que isso é uma correção que vai se fazendo e melhorando o sistema. Porque na medida que as vacinas vão chegando, nós vamos aplicando, mas precisamos que tenha mais vacinas para acelerar o processo.

DIARINHO – Itajaí já registrou mais de 500 vítimas fatais da covid desde o início da pandemia. A média de mortes mensais deste ano chegou a 58,6 mortes contra 26,2 mortes/mês de 2020. Por que dobrou o número de vítimas fatais na cidade?

Volnei: O Brasil todo foi assim. Nós tivemos uma segunda onda muito mais perversa, muito mais grave, muito mais virulenta, muito mais maligna do que a primeira onda. Aquela pandemia que aconteceu no início do século passado, da gripe espanhola, ela teve três ondas, a primeira onda, a segunda foi muito pior que a primeira e a terceira foi mais branda. Nós estamos vivendo uma situação semelhante. Nós tivemos uma segunda onda muito mais grave, inclusive com a nova cepa de Manaus. Ela predominou e ela veio, e nós temos assistido, tem pego mais pessoas jovens, independentemente de comorbidades. Isso aconteceu, realmente, em todo Brasil, e aqui em Itajaí também. Itajaí ficou dentro do contexto nacional, em função de que grande parte da população não ter feito os seus protocolos precoces rigorosamente. Se maior parte da população tivesse seguido os protocolos precoces, preventivamente, ou mesmo quando iniciou o tratamento, com certeza nós poderíamos ter diminuído esse índice. Esse índice é uma comprovação, infelizmente, de que não foram feitos os protocolos precoces. As pessoas não fizeram o tratamento precoce massivamente como se esperava. Itajaí é uma das cidades mais vulneráveis. Porque nós somos uma cidade aero-portuária-praiana-turística. Estamos num entroncamento de rodovias federais e estaduais, temos um porto mercante, temos um porto pesqueiro. A semana passada eu tive que intervir, porque estavam chegando embarcações com vários positivos de covid [...] São situações pelo fato de ser uma cidade portuária e pesqueira, que nos expõem a muitos flancos que podem nos tornar vulneráveis numa pandemia. Esses pescadores chegavam, outros a princípio estavam bem, mas iam pra casa, passavam poucos dias, retornavam pro mar. Podiam estar bem, mas contaminados com o vírus e contaminando familiares em casa. São esses ciclos que nós temos que quebrar.

DIARINHO - O senhor defendeu o tratamento profilático com ivermectina contra a covid e a terapia do ozônio. Os tratamentos precoces continuam sendo questionados pela OMS e os índices de letalidade de Itajaí estão entre os maiores do estado. Fazendo uma autocrítica, o que o senhor faria diferente se pudesse rever, desde o início da pandemia, as políticas públicas de Itajaí no combate à covid?

Volnei: Teria apenas intensificado mais ainda, corrigido aquele período que perdemos toda aquela grande adesão inicial que teve ao tratamento precoce em função do calendário eleitoral. Essas eleições foram inoportunas do ponto de vista sanitário, do ponto de vista da pandemia. Elas agravaram a pandemia, porque a politizaram. Essa politização trouxe prejuízos a t um trabalho de planejamento, preventivo, isento, imparcial, um trabalho no interesse maior da sociedade. Tiveram um impacto negativo no comportamento das pessoas, além de que as eleições sempre promovem aglomerações.


DIARINHO - O município tem investido pesado no combate à doença, com a criação de mais leitos para pacientes e outras medidas para dar suporte local aos pacientes. Há omissão do governo federal e do estadual no combate à pandemia?

Volnei: Fizeram em parte, mas é lógico que sempre podiam ter feito muito mais. O município tá aqui embaixo, no para-choque, enfrentando o dia a dia, quer chova, quer faça sol. De segunda a segunda. O município tá no front, o prefeito tá no front. O prefeito amanhece e anoitece, não tem final de semana em relação a covid. Não tem como fugir, não tem como não fazer, não tem como não saber, não tem como não estar no enfrentamento. E muitas vezes lá nos outros níveis, eu imagino que poderia se fazer muito mais. É óbvio que no plano nacional faltou gestão, porque não teve uma coordenação nacional. Teve muitas mudanças de ministros, muitas mudanças de opiniões, opiniões muito contraditórias, de todos os tipos. Isso também deixa as pessoas em dúvida, não sabem o que seguir, qual é a orientação?! Por causa dessa politização, pelo fato do presidente da República, Jair Bolsonaro, defender o protocolo precoce, como ele defendeu a hidroxicloroquina, a ivermectina e outros. Ele foi, digamos assim, em grande parte enfrentado pelos contrários a essa posição, e isso tudo acabou “criminalizando” todos os protocolos precoces.  O presidente também teve comportamentos ambíguos em relação a essa questão do uso de máscara, de aglomeração, então essa atitude e o comportamento dele também acabaram gerando muitos desentendimentos e muita insegurança. [...] Infelizmente faltou aquilo que falei, faltou uma gestão, uma coordenação nacional.

DIARINHO – Como o senhor avalia o novo afastamento do governador Carlos Moisés para responder ao segundo processo de impeachment? A indefinição no governo prejudica nossa cidade?

Volnei: Com certeza. Essas alternâncias de poder no meio de situações como essa, no meio de uma pandemia, isso é a pior coisa possível. É uma pena, infelizmente, porque nós, além de tudo isso, ainda temos esse agravante de duas vezes o afastamento do governador. Muda dirigentes, muda secretário de Saúde, é óbvio ululante, isso prejudica sim o enfrentamento da pandemia.

DIARINHO – A Codetran vive uma polêmica envolvendo os agentes de trânsito e o coordenador. Os agentes denunciaram a falta de material de trabalho e ouviran do chefe “que alguns não gostam de trabalhar”. A briga se tornou pública num programa de rádio e se estendeu a um grupo de WhatsApp. Como o senhor pretende resolver o problema?

Volnei: Há uma semana eu tive uma reunião com o secretário Rui Garcia, secretário de Segurança Pública municipal, o coronel Otávio, que é o comandante da nossa guarda Municipal, e com o Robson, que é o coordenador da Codetran. Analisamos várias situações e até em função de alguns problemas como esse de falta de bloco de multas, porque é uma gráfica de São Paulo que faz. Está tendo um atraso de entrega desses documentos em função da pandemia, que tá interferindo lá nessa gráfica, que é referência nacional que produz o material. Outros equipamentos estão a caminho, uniformes novos para a guarda, para a Codetran, que também estão sendo substituídos. Eu lamento que o Robson, como coordenador, numa entrevista de rádio, foi abordar aspectos que acabam ocasionando todos esses conflitos. Porque há divergências naturais dentro dos órgãos públicos. Eu sempre trabalho no sentido de pacificar. Tem que colocar o interesse público em primeiro lugar. O servidor público tem que cumprir o seu horário, fazer bem o seu trabalho, se relacionar bem com os seus colegas. Ter a hierarquia devida. Tem que trabalhar nessa harmonia dos ambientes.

 

Trabalho no sentido de pacificar [Codetran]. Tem que colocar o interesse público em primeiro lugar [...]”

 

DIARINHO - O Semasa foi o ponto mais crítico do seu governo durante a eleição. Os problemas na autarquia seguem e não houve mudança drástica administrativa. O senhor pensa em conceder o Semasa à iniciativa privada?

Volnei: Por ora, o Semasa tá sob a nossa gestão. Sendo que tem serviços terceirizados lá dentro, mas a gestão é municipal. Os problemas crônicos do Semasa estão sendo enfrentados, tem muitas obras previstas. Agora estamos na fase final para em breve estar iniciando a chamada setorização de toda rede. A substituição da rede, que vai ser feita progressivamente. Isso vai resolver um dos problemas mais graves: que volta e meia tem muitas rupturas, muitos vazamentos. Cada vez que acontece isso dá todos aqueles transtornos, a falta de água e depois a água suja, e assim por diante. Estamos com o plano de trabalho intenso. Eu até pedi pra equipe que todo esse plano de trabalho que está previsto, fosse transformado num documento, num vídeo, para socializar com a população, pra população ter conhecimento de todas as etapas de trabalho e das obras que nós teremos daqui pra frente.

DIARINHO - O novo plano diretor de Itajaí vem sendo aguardado com expectativa nos últimos anos. Quando a consulta dessa mudança será discutida com a comunidade? A aprovação do novo plano diretor de Itajaí sai até o fim do ano?

Volnei: O Dalmo Vieira Filho está coordenando esse trabalho. Ele é um especialista nessa área, ele veio dar uma outra dinâmica, porque a empresa contratada lá trás, pra fazer todo esse trabalho de assessoramento, de consultoria, nos deixou no meio do caminho. Eles vêm participar de licitação, ganham pelo menor preço e depois não dão conta do recado. Isso aconteceu com várias obras. Participam de um certame, de uma disputa, e depois não tem pedigree pra dar acabamento, pra aquela missão que ganharam na licitação. Desde que o Dalmo veio nos ajudar, ele tem sido o condutor de todo esse processo que está em fase final. Vamos encerrar essas discussões e encaminhar o projeto pra câmara de vereadores em breve.

DIARINHO – Itajaí segue sem lançar o edital para o transporte público e está, desde dezembro do ano passado, sem empresa para administrar o sistema rotativo de estacionamento. As precariedades dos serviços prejudicam a mobilidade de Itajaí. Quando esses problemas serão solucionados?

Volnei: Isso tudo está na ordem do dia, sendo encaminhado. Está na câmara de vereadores um projeto de lei, que é uma autorização que a câmara precisa dar, para reconhecer essa questão do pagamento, tipo, complementar o que precisa ser feito. O pagamento que precisa ser feito para dar essa estabilidade para a empresa que vier. Porque nós sabemos que hoje em dia há uma grande defasagem em todo o transporte coletivo. O número de usuários caiu drasticamente. O número de usuários por si só não mantém, a passagem teria que ser muito alta. Teria que ser mais de R$ 6. Nós temos em torno de 10 mil pessoas/mês que andam de transporte coletivo gratuitamente, porque são pessoas com deficiência. Nós temos pessoas idosas,  mais de 60 mil idosos, acima de 60 anos, que andam sem pagar. Nós temos os estudantes que pagam meia passagem. Alguém tem que pagar! Não tem jantar de graça. O dono do transporte coletivo não vai vir aqui pra fazer caridade. Ele tem que ser ressarcido. O sistema tem que ter um equilíbrio. Veja só, eu vou fazer uma declaração aqui, que é até perigosa pra mim: desde o dia 1º de janeiro de 2017, o prefeito Volnei Morastoni não aumentou um centavo sequer na passagem de ônibus. A passagem de ônibus de Itajaí está congelada desde o dia 1º de janeiro de 2017. Então os que pagam também pagam muito abaixo do que custa. A prefeitura, para manter o sistema, é obrigada a “subsidiar” esses valores, fazendo um complemento que é baseado numa planilha rigorosamente controlada.

DIARINHO – Itajaí, com o potencial de votos que tem, não elegeu representantes à assembleia Legislativa e câmara Federal.  O senhor defende que o governo lance candidatos únicos à Alesc e câmara Federal no ano que vem?

Volnei: Uma cidade como Itajaí, com a importância que tem no cenário nacional e estadual... Uma cidade que tem o porto, com toda a importância da construção naval, da pesca. Esse tripé da economia do mar. Nesse entroncamento rodoviário, numa região tão próspera e importante...  É uma pena não ter uma representação estadual mais eficiente. Uma representação estadual mais ampla e, principalmente, federal. Isso realmente nos tira muita força. Veja só, Itajaí é a 12ª cidade do Brasil em arrecadação de impostos federais. De 5570 municípios, Itajaí é 12ª, Itajaí está caminhando para se tornar o primeiro município do estado na economia. Segunda-feira eu telefonei para o senador Jorginho Mello e falei: “Senador, precisamos que nos ajude com o presidente, porque nós estamos em todo esse processo de uma nova concessão pro porto, está em andamento todo esse ritual, que ainda vai envolver todo esse ano”. E tem um ponto que é extremamente importante, que é a autoridade portuária. Nós precisamos manter a autoridade portuária pública municipal!

DIARINHO - O senhor responde a um processo de cassação da sua chapa na justiça... Como se sente?

Volnei: Tranquilo, porque aquilo que foi alegado não existe. Uma eleição é um processo tão complexo, doloroso, difícil... As eleições foram difíceis. Toda a eleição tem que ser feita rigorosamente dentro da lei, se vai em busca de recursos de todas as formas, mas tem que obedecer rigorosamente a lei. Os recursos só podem ser doados por pessoas físicas dentro de limites estabelecidos. Tudo foi feito dentro da lei.  As contas foram aprovadas. Ilações e especulações não vão prosperar mediante todos os esclarecimentos que serão feitos. Eu estou tranquilo.

 

RAIO X

Volnei Morastoni

NOME:  Volnei José Morastoni (MDB)

 

Natural: Rio do Sul

 

Idade. 70 anos

 

Estado civil: casado

 

Filhos: cinco

 

Formação:  Medicina; pós-graduado em saúde pública

 

Trajetória: prefeito de Itajaí no terceiro mandato. Duas vezes vereador e quatro vezes deputado estadual




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