Matérias | Entrevistão


Marcelo werner

"Quando o Estado publica um decreto às 11 horas da noite para que no dia seguinte seja cumprido, está faltando sintonia com a sociedade”

Presidente da Câmara de Vereadores de Itajaí

Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]




vereador Marcelo Werner chega ao terceiro mandato na câmara de Vereadores de Itajaí em 2021. Na recém iniciada legislatura, ele já deixou um marco: é o primeiro cego na presidência de uma casa de legislativa em Santa Catarina.

Marcelo diz que estende a conquista a todas as pessoas com deficiência e que lutam por inclusão social, representatividade e pluralidade na política. Neste Entrevistão à jornalista Franciele Marcon, Marcelo falou sobre os desafios na presidência, a composição com o governo municipal, o legado que pretende deixar à frente do legislativo, a pandemia e o drama familiar que viveu. Marcelo descobriu que a filha tem uma severa doença cardíaca e que precisa de um delicado tratamento médico.

Você também pode conferir o conteúdo, em áudio e vídeo, acessando www.diarinho.net.



As fotos são de Fabrício Pitella.

 

 


DIARINHO – O senhor é o primeiro vereador cego a chegar à presidência da câmara de vereadores de Itajaí. Como o senhor avalia a questão da representatividade às pessoas cegas ou com baixa visão?

Marcelo: É um momento importante para as pessoas com deficiência ter os seus representantes. A pessoa que tem a sua deficiência, nesse caso a nossa representando a todos, muito embora eu seja cego, mas nós trabalhamos por todos os deficientes. E isso pode acelerar, sem dúvida nenhuma, a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade de maneira plena. [Falta muito o que avançar ainda, Marcelo?] Falta avançar bastante. Nós temos as melhores legislação do planeta. Um arcabouço legislativo que atende todas as necessidades, mas ainda falta a parte do Executivo, de implementar grande parte dessa legislação.

DIARINHO – O seu partido, o PSC, fez parte da chapa da coligação que reelegeu o prefeito Volnei Morastoni. Na eleição da câmara, o senhor montou uma chapa paralela a escolhida pelo executivo, incluindo no grupo vereadores de oposição. Porque o senhor não quis compor com o candidato do governo que o senhor ajudou a eleger?

Marcelo: Na verdade nós não tivemos essa oportunidade. Tentamos construir, não foi viável. A gente acabou construindo o processo da câmara, de eleição... Nós tivemos a construção com outros vereadores. A câmara tem que ser independente, é um processo que é dos vereadores e mesmo não tendo apoio do governo, a gente trabalhou sempre visando ajudar a cidade.

DIARINHO – O senhor nomeou o coordenador da campanha da chapa do candidato adversário, Robson coelho, que foi o ex-vereador Fernando Pegorini, como o atual procurador jurídico do legislativo. O senhor trouxe ao comando do legislativo a oposição ao prefeito. Qual a motivação?


Marcelo: O vereador Fernando é um vereador com muita competência, conhecedor do regimento, advogado de carreira... E nós trouxemos o vereador Pegorini para poder, com a sua experiência, contribuir com nosso mandato nesse biênio aqui na Câmara.

DIARINHO – Boatos alegam que, embora o senhor seja o presidente de fato da  câmara de vereadores, quem toma as decisões é a vereadora Anna Carolina. Como o senhor responder essas críticas dos bastidores?

Marcelo: Na verdade são apenas boatos. E eu entendo com naturalidade, porque a política tem muito disso, às vezes, esses bastidores, esses corredores é que criam um certo efeito do ponto de vista da divulgação. Nós temos total autonomia. A vereadora Anna é uma parceira, está conosco, mas não tem influência nenhuma nas decisões da presidência ou da mesa diretora.

DIARINHO – O senhor iniciou a vida política no PC do B e agora está no PSC. O senhor está mais afinado à ideologia cristã e conservadora no momento?


Marcelo: Ideologias cristãs, sim. Conservadoras também, mas depende do ponto de vista. Mas entendendo que sempre fiz política para fazer o bem, para atender as pessoas, para que a política possa transformar a vida das pessoas. E me mantenho com os mesmos sentimentos, acreditando que a política tem que servir ao bem.

DIARINHO – Consta que o senhor já deixou a sessão em votações importantes pelo fato de ser religioso e guardar o as noites de sextas-feiras e o sábado. Como enxerga essa questão, sendo que o estado é laico?

Marcelo: Claro que a gente precisa entender que o estado tem o seu papel, nós temos que respeitar as instituições, a legalidade das instituições assim instaladas. Mas entendo que enquanto cristão, aquilo que eu creio, enquanto fé, eu também acredito na Bíblia e entendo que esse é um momento que eu posso me retirar sem ter prejuízo na administração do estado, sem isso causar qualquer transtorno ao desenvolvimento da nossa cidade.

 

Percebo que os governantes e até a população não estão tendo essa compreensão [sobre a pandemia] por falta de alinhamento sob um único discurso”

 


DIARINHO – O vereador Beto Cunha (PSDB) tentou passar urgência em um projeto classificando igrejas, cultos e missas como essenciais. A câmara rejeitou a urgência e o projeto segue tramitando. Em tempos de pandemia, o que pensa a respeito desse projeto?

Marcelo: Na verdade, nós já tínhamos uma decisão que o próprio estado já atendia essa questão. Eu não tive oportunidade de votar esse requerimento, eu estava despachando no gabinete. Penso que nós temos que ter, não só com as questões religiosas, mas em época de pandemia, nós precisamos avaliar toda a circunstância, todas as necessidades para que a gente possa contribuir. A nossa igreja segue com rigor todas as determinações que são da área da vigilância Sanitária. Entendo que podemos abrir ou podemos não abrir, mas sempre precisamos estar, nesse momento, acompanhando a orientação da área técnica.

DIARINHO - Qual tem sido o papel institucional do legislativo itajaiense no combate à pandemia?

Marcelo: O nosso papel realmente é de estar fiscalizando as ações do executivo. Há um volume significativo de recursos empenhados na pandemia. Estamos acompanhando a necessidade das pessoas que hoje estão ficando em situação vulnerável. A Câmara também participou cedendo equipamentos e  veículos para a secretária de Saúde. Estamos aprovando todos os projetos com celeridade, especialmente de dotação orçamentária. E estamos também promovendo agora, a partir da Câmara de Itajaí, uma reunião com todos os presidentes da região da Amfri e com o secretário de Saúde para que a gente possa discutir isso de maneira institucional junto com o Executivo e também acompanhando o Governo do Estado, para saber o que está faltando. [Passou um ano do início da pandemia e a gente observa que os problemas recorrentes, com aglomerações, falta de uso de máscaras, falta de distanciamento social. Há falhas nas ações públicas para que as pessoas entendam a gravidade da doença?] Na verdade, a comunicação, nesse momento, aponta para dois caminhos. Alguém que defende o uso da máscara, outros não defendem. A comunidade, sem dúvida nenhuma, vai ficando sem saber o que fazer. Quando um Estado decreta ou publica um decreto às 11 horas da noite para que no dia seguinte ele seja cumprido, mostra que está faltando  sintonia com a sociedade. A sociedade desacredita e fica sem saber o que fazer. Mas também é parte e responsabilidade da sociedade contribuir para não ter aglomerações e não ter essas festas clandestinas, esses ambientes, ou idas à praia. É uma série de fatores. Percebo que os governantes e até a população não estão tendo essa compreensão por falta de um alinhamento sob um único discurso.

DIARINHO – O partido do senhor estaria numa tentativa de compor com o governo. Diz-se, nos bastidores, que pode haver uma composição por cargos no executivo. Isso é verdade?

Marcelo: Na verdade, o PSC sempre esteve com o governo. Nós não fizemos gesto nenhum pra deixar de ser base do prefeito Volnei Morastoni. Estivemos com ele na campanha e entendemos que podemos contribuir com o município de Itajaí. Estamos conversando com o prefeito Volnei para essa continuidade.

DIARINHO – O senhor tem pretensão de ser candidato a prefeito ou a deputado nos próximos anos?

Marcelo: Penso que quem está na política pode e deve sempre ter outros sonhos... Eu penso que nós não devemos ficar enraizados, ser vereadores seis, sete mandatos. Eu acho que nós temos que passar e seguir outros projetos. E estamos aí conversando para que possamos, em breve, talvez estar pensando em outro momento na nossa participação na política.

DIARINHO – Como está funcionando a câmara com menos vereadores este ano? Haverá mais verba para ser devolvida ao executivo, como tradicionalmente se faz todos os anos?

Marcelo: Na verdade entendo que a gente perdeu um pouco a representatividade, penso que se o político desejar trabalhar ele tem muito o que fazer. As verbas, sim, nós vamos fazer uma economia, com certeza a maior da história do poder legislativo, porque é um momento de pandemia e nós precisamos contribuir com o executivo também nesse momento desafiador.

DIARINHO – Qual o legado que o senhor quer deixar na presidência do legislativo de Itajaí?

Marcelo: A transparência nos atos, a conectividade, onde as pessoas possam participar mais conosco. Nós implantamos agora recentemente o QR Code, onde as pessoas podem, ao mesmo tempo que nós estamos debatendo, apontar o celular para a tela da TV e acompanhar o que está em nossos computadores. Tantos outros projetos que, no momento certo, vamos implementando, fazendo economias, buscando ser eficientes com poucos gastos. Esse é o nosso desejo. Principalmente que a população se sinta parte, sinta que pertença à câmara. Nós temos uma situação que as pessoas e os políticos se relacionam, muitas vezes, só naquele período de campanha. Nós queremos que a câmara possa ser essa casa, realmente, do povo. E que o povo possa participar dela tendo as oportunidades. [Com a pandemia existem restrições para o acesso na câmara. O senhor acredita que a população consiga acompanhar de forma online? Há visibilidade nas sessões online?] Sim, aumenta um pouco os indicadores das redes sociais, online, da TV que a gente tem, a TV a cabo. Estamos buscando, quem sabe em breve, ter o nosso sinal digital aberto. Em razão da pandemia percebo que sim, há um interesse maior da sociedade. Mas nós precisamos, enquanto presidente da Casa, desenvolver ferramentas e mecanismos para que as pessoas não só acompanhem como possam participar de maneira mais eficiente.

 

A câmara tem que ser independente [...]  A gente trabalhou sempre visando ajudar a cidade”

 

DIARINHO – O senhor viveu um drama familiar com a doença da sua filha. Como ela está?

Marcelo: Sim, a minha filha é cardiopata, com uma cardiopatia muito severa. Ela passou por quatro cirurgias já de peito aberto. Vai fazer quatro aninhos, agora, dia 14 de junho. Ela está bem. Sempre agradeço à população aqui de Itajaí que nos ajudou muito, e de outros municípios também. A gente conseguiu juntar recursos para fazer a cirurgia. Graças a Deus, uma experiência que a gente viveu enquanto pai, desafiadora... Mas se tivesse que escolher, procurar, faria tudo de novo. Porque ser pai é uma bênção. E ser pai da Maria Marcela é uma bênção dupla!

 

 

DIARINHO – O senhor é o primeiro vereador cego a chegar à presidência da câmara de vereadores de Itajaí. Como o senhor avalia a questão da representatividade às pessoas cegas ou com baixa visão?

Marcelo: É um momento importante para as pessoas com deficiência ter os seus representantes. A pessoa que tem a sua deficiência, nesse caso a nossa representando a todos, muito embora eu seja cego, mas nós trabalhamos por todos os deficientes. E isso pode acelerar, sem dúvida nenhuma, a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade de maneira plena. [Falta muito o que avançar ainda, Marcelo?] Falta avançar bastante. Nós temos as melhores legislação do planeta. Um arcabouço legislativo que atende todas as necessidades, mas ainda falta a parte do Executivo, de implementar grande parte dessa legislação.

DIARINHO – O seu partido, o PSC, fez parte da chapa da coligação que reelegeu o prefeito Volnei Morastoni. Na eleição da câmara, o senhor montou uma chapa paralela a escolhida pelo executivo, incluindo no grupo vereadores de oposição. Porque o senhor não quis compor com o candidato do governo que o senhor ajudou a eleger?

Marcelo: Na verdade nós não tivemos essa oportunidade. Tentamos construir, não foi viável. A gente acabou construindo o processo da câmara, de eleição... Nós tivemos a construção com outros vereadores. A câmara tem que ser independente, é um processo que é dos vereadores e mesmo não tendo apoio do governo, a gente trabalhou sempre visando ajudar a cidade.

DIARINHO – O senhor nomeou o coordenador da campanha da chapa do candidato adversário, Robson coelho, que foi o ex-vereador Fernando Pegorini, como o atual procurador jurídico do legislativo. O senhor trouxe ao comando do legislativo a oposição ao prefeito. Qual a motivação?

Marcelo: O vereador Fernando é um vereador com muita competência, conhecedor do regimento, advogado de carreira... E nós trouxemos o vereador Pegorini para poder, com a sua experiência, contribuir com nosso mandato nesse biênio aqui na Câmara.

DIARINHO – Boatos alegam que, embora o senhor seja o presidente de fato da  câmara de vereadores, quem toma as decisões é a vereadora Anna Carolina. Como o senhor responder essas críticas dos bastidores?

Marcelo: Na verdade são apenas boatos. E eu entendo com naturalidade, porque a política tem muito disso, às vezes, esses bastidores, esses corredores é que criam um certo efeito do ponto de vista da divulgação. Nós temos total autonomia. A vereadora Anna é uma parceira, está conosco, mas não tem influência nenhuma nas decisões da presidência ou da mesa diretora.

DIARINHO – O senhor iniciou a vida política no PC do B e agora está no PSC. O senhor está mais afinado à ideologia cristã e conservadora no momento?

Marcelo: Ideologias cristãs, sim. Conservadoras também, mas depende do ponto de vista. Mas entendendo que sempre fiz política para fazer o bem, para atender as pessoas, para que a política possa transformar a vida das pessoas. E me mantenho com os mesmos sentimentos, acreditando que a política tem que servir ao bem.

DIARINHO – Consta que o senhor já deixou a sessão em votações importantes pelo fato de ser religioso e guardar o as noites de sextas-feiras e o sábado. Como enxerga essa questão, sendo que o estado é laico?

Marcelo: Claro que a gente precisa entender que o estado tem o seu papel, nós temos que respeitar as instituições, a legalidade das instituições assim instaladas. Mas entendo que enquanto cristão, aquilo que eu creio, enquanto fé, eu também acredito na Bíblia e entendo que esse é um momento que eu posso me retirar sem ter prejuízo na administração do estado, sem isso causar qualquer transtorno ao desenvolvimento da nossa cidade.

DIARINHO – O vereador Beto Cunha (PSDB) tentou passar urgência em um projeto classificando igrejas, cultos e missas como essenciais. A câmara rejeitou a urgência e o projeto segue tramitando. Em tempos de pandemia, o que pensa a respeito desse projeto?

Marcelo: Na verdade, nós já tínhamos uma decisão que o próprio estado já atendia essa questão. Eu não tive oportunidade de votar esse requerimento, eu estava despachando no gabinete. Penso que nós temos que ter, não só com as questões religiosas, mas em época de pandemia, nós precisamos avaliar toda a circunstância, todas as necessidades para que a gente possa contribuir. A nossa igreja segue com rigor todas as determinações que são da área da vigilância Sanitária. Entendo que podemos abrir ou podemos não abrir, mas sempre precisamos estar, nesse momento, acompanhando a orientação da área técnica.

DIARINHO - Qual tem sido o papel institucional do legislativo itajaiense no combate à pandemia?

Marcelo: O nosso papel realmente é de estar fiscalizando as ações do executivo. Há um volume significativo de recursos empenhados na pandemia. Estamos acompanhando a necessidade das pessoas que hoje estão ficando em situação vulnerável. A Câmara também participou cedendo equipamentos e  veículos para a secretária de Saúde. Estamos aprovando todos os projetos com celeridade, especialmente de dotação orçamentária. E estamos também promovendo agora, a partir da Câmara de Itajaí, uma reunião com todos os presidentes da região da Amfri e com o secretário de Saúde para que a gente possa discutir isso de maneira institucional junto com o Executivo e também acompanhando o Governo do Estado, para saber o que está faltando. [Passou um ano do início da pandemia e a gente observa que os problemas recorrentes, com aglomerações, falta de uso de máscaras, falta de distanciamento social. Há falhas nas ações públicas para que as pessoas entendam a gravidade da doença?] Na verdade, a comunicação, nesse momento, aponta para dois caminhos. Alguém que defende o uso da máscara, outros não defendem. A comunidade, sem dúvida nenhuma, vai ficando sem saber o que fazer. Quando um Estado decreta ou publica um decreto às 11 horas da noite para que no dia seguinte ele seja cumprido, mostra que está faltando  sintonia com a sociedade. A sociedade desacredita e fica sem saber o que fazer. Mas também é parte e responsabilidade da sociedade contribuir para não ter aglomerações e não ter essas festas clandestinas, esses ambientes, ou idas à praia. É uma série de fatores. Percebo que os governantes e até a população não estão tendo essa compreensão por falta de um alinhamento sob um único discurso.

DIARINHO – O partido do senhor estaria numa tentativa de compor com o governo. Diz-se, nos bastidores, que pode haver uma composição por cargos no executivo. Isso é verdade?

Marcelo: Na verdade, o PSC sempre esteve com o governo. Nós não fizemos gesto nenhum pra deixar de ser base do prefeito Volnei Morastoni. Estivemos com ele na campanha e entendemos que podemos contribuir com o município de Itajaí. Estamos conversando com o prefeito Volnei para essa continuidade.

DIARINHO – O senhor tem pretensão de ser candidato a prefeito ou a deputado nos próximos anos?

Marcelo: Penso que quem está na política pode e deve sempre ter outros sonhos... Eu penso que nós não devemos ficar enraizados, ser vereadores seis, sete mandatos. Eu acho que nós temos que passar e seguir outros projetos. E estamos aí conversando para que possamos, em breve, talvez estar pensando em outro momento na nossa participação na política.

DIARINHO – Como está funcionando a câmara com menos vereadores este ano? Haverá mais verba para ser devolvida ao executivo, como tradicionalmente se faz todos os anos?

Marcelo: Na verdade entendo que a gente perdeu um pouco a representatividade, penso que se o político desejar trabalhar ele tem muito o que fazer. As verbas, sim, nós vamos fazer uma economia, com certeza a maior da história do poder legislativo, porque é um momento de pandemia e nós precisamos contribuir com o executivo também nesse momento desafiador.

DIARINHO – Qual o legado que o senhor quer deixar na presidência do legislativo de Itajaí?

Marcelo: A transparência nos atos, a conectividade, onde as pessoas possam participar mais conosco. Nós implantamos agora recentemente o QR Code, onde as pessoas podem, ao mesmo tempo que nós estamos debatendo, apontar o celular para a tela da TV e acompanhar o que está em nossos computadores. Tantos outros projetos que, no momento certo, vamos implementando, fazendo economias, buscando ser eficientes com poucos gastos. Esse é o nosso desejo. Principalmente que a população se sinta parte, sinta que pertença à câmara. Nós temos uma situação que as pessoas e os políticos se relacionam, muitas vezes, só naquele período de campanha. Nós queremos que a câmara possa ser essa casa, realmente, do povo. E que o povo possa participar dela tendo as oportunidades. [Com a pandemia existem restrições para o acesso na câmara. O senhor acredita que a população consiga acompanhar de forma online? Há visibilidade nas sessões online?] Sim, aumenta um pouco os indicadores das redes sociais, online, da TV que a gente tem, a TV a cabo. Estamos buscando, quem sabe em breve, ter o nosso sinal digital aberto. Em razão da pandemia percebo que sim, há um interesse maior da sociedade. Mas nós precisamos, enquanto presidente da Casa, desenvolver ferramentas e mecanismos para que as pessoas não só acompanhem como possam participar de maneira mais eficiente.

DIARINHO – O senhor viveu um drama familiar com a doença da sua filha. Como ela está?

Marcelo: Sim, a minha filha é cardiopata, com uma cardiopatia muito severa. Ela passou por quatro cirurgias já de peito aberto. Vai fazer quatro aninhos, agora, dia 14 de junho. Ela está bem. Sempre agradeço à população aqui de Itajaí que nos ajudou muito, e de outros municípios também. A gente conseguiu juntar recursos para fazer a cirurgia. Graças a Deus, uma experiência que a gente viveu enquanto pai, desafiadora... Mas se tivesse que escolher, procurar, faria tudo de novo. Porque ser pai é uma bênção. E ser pai da Maria Marcela é uma bênção dupla!

 

 

RAIO X

NOME: Marcelo Werner (PSC)

 

Natural: Itajaí

 

Idade. 42 anos

 

Estado civil: casado

 

Filho: uma filha

 

Formação: GRADUADO em Direito pela Univali

 

Trajetória:  coordenador do Paradesporto na Fundação Municipal de Esporte e Lazer (2005 a 2008) e coordenador especial de ações sociais da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST/SC), em 2015. Atualmente, é vice-presidente da Federação Catarinense de Entidades de Cegos. Foi eleito vereador pela primeira vez em 2008; em 2016 foi reeleito atuando até o final do mandato em 2020. Em janeiro de 2021 foi eleito presidente da Câmara de Vereadores de Itajaí.




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