Tragédia
Carro de fiscal que sumiu é encontrado no fundo do rio
Carro içado do rio Piçarras tinha um corpo que pode ser de Edilson Couto
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
O carro encontrado no fundo do rio Piçarras, ontem de manhã, é o do fiscal desaparecido Edilson Joaquim Couto, 55 anos. As roupas, documentos e outros pertences encontrados no carro conferem com os do servidor da prefeitura de Navegantes, que estava desaparecido desde o dia 20 de janeiro. A polícia Civil aguarda os exames periciais pra checar a suspeita.
Além de fiscal da prefeitura, Edilson era proprietário do Bar do Negão que fica em Navegantes. Na noite em que sumiu, ele fechou o bar na rua Advogado Arão Rebelo, por volta das 20 horas, pegou o Cobalt, placa MCU 4164, mas não voltou mais para casa.
As últimas informações repassadas aos familiares foi que Edilson foi visto no Beach Bar, em Piçarras. As imagens das câmeras de segurança mostram Edilson sozinho no local. Desde então, a família não tinha tido mais notícias dele.
Na manhã desta segunda-feira, um homem que fazia pesca submarina encontrou o carro com o corpo no fundo do rio Piçarras. O Cobalt foi guinchado à superfície pelos bombeiros.
Segundo o delegado Saverio Sarubbi, tudo que tem dentro do carro pertence a Edilson. “Só não dá para afirmar em definitivo a identificação, pois depende de um laudo pericial. Estava com as mesmas vestes do desaparecimento, carteira, documentos, dinheiro, e nenhum sinal de violência”, informou o policial.
Pelo avançado estado de decomposição, pode ser necessário exame de DNA, para confirmar a identificação. A polícia trabalha com as hipóteses de acidente ou suicídio, mas ainda não descartou um possível homicídio.
“Era um pai maravilhoso”
A estudante de engenharia civil Izadora Couto, 20 anos, filha de Edilson, explica que o IML pediu fotos de Edilson sorrindo para analisar a arcada dentária. “Estou aguardando a resposta do dentista. Se não for o suficiente para identificar, precisa de DNA, porém isso causa demora na liberação. Estou na torcida para que apenas as fotos sejam o bastante”, explica.
Izadora lembra que no dia que Edilson sumiu chovia muito. Ela acredita que ele pode ter sofrido um acidente e caído no rio. “Ele era um ótimo pai. Eu tinha um irmão autista severo e ele cuidou do meu irmão até o fim da vida do meu maninho. Meu pai se manteve firme e nunca deixou faltar nada. Como pai ele era maravilhoso e eu vou sentir muita falta”, completa a a filha.