briga em restaurante
Grupo denuncia homofobia em Balneário
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
Grupo de amigos que frequenta o restaurante Yujin, no Passeio San Miguel, em Balneário Camboriú, alega que foi vítima de homofobia, no sábado, dia 24 de janeiro. As agressões tiveram início por volta das 21h, após um dos rapazes lavar as mãos no banheiro feminino.
Uma das vítimas, que prefere não ter seu nome divulgado, contou que percebeu que o banheiro feminino estava disponível e foi até lá para “lavar as mãos e assoar o nariz”.
Um senhor passava com um menino e fez menção de entrar no banheiro também. Avisado pelo rapaz que lavava as mãos que se tratava do banheiro feminino, o senhor tomou outro caminho, mas realizou gestos com as mãos dizendo ao filho “que o banheiro é feminino e este aí é ... sabe como é... viadinho”.
O rapaz, que é homossexual, retornou à mesa, onde as chacotas do homem teriam continuado. Indignado, um dos amigos do rapaz se dirigiu ao senhor e questionou se esse era o exemplo de comportamento que ele estava dando aos seus filhos, com tamanha intolerância. Foi aí que a confusão começou. O grupo diz que ouviu frases homofóbicas. Eles diziam: “Não somos obrigados a aceitar vocês”; “Vocês são ‘putos’”; “Vocês são Drag Queens”; “Se querem ser homens de bigode, devem ser machos”; “Agora ficam aí com essa cara de bunda, vou arrebentar vocês”; “Você vai no banheiro feminino, seu merda? Seu bambi”; “Nós vamos pegar vocês”.
A situação chamou a atenção dos demais frequentadores do passeio San Miguel. Os funcionários do restaurante teriam formado uma “parede de proteção” impedindo que os homens agredissem os rapazes.
“Já estávamos de saída e, por isso, fomos embora, pois quem deveria ter se retirado eram os criminosos. Homofobia é crime. Somos clientes do local e frequentamos com a mesma tranquilidade que qualquer pessoa,” afirmou uma das vítimas.
Outro rapaz alega que independentemente do uso do banheiro feminino para lavar as mãos, os homens estavam cheios de ódio e prontos pra explodir. “Qualquer pessoa tem o direito de estar lá, mas ninguém tem o direito de agir assim. Nada justifica esse comportamento bestial, com qualquer ser humano, especialmente quando eles mesmos optaram por iniciar as provocações e hostilidade”, defendeu.
As vítimas querem identificar os agressores para registrar um boletim de ocorrência na polícia Civil por homofobia.
Ao DIARINHO a atendente do restaurante Yujin disse que seria impossível falar sobre o assunto no início da noite de segunda-feira, pois estava ocupada. Ela orientou que os questionamentos fossem enviados pelo WhatsApp. Até o fechamento desta edição, o restaurante não retornou o contato do DIARINHO.